quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Boas notícias na economia mobilizam trabalhadores contra a recessão

(Postado por Canindé Pegado) Temos hoje, uma seqüência de boas notícias que confirmam, até o momento, os acertos do governo do presidente Lula. O que nos preocupa é a retomada da política de juros altíssimos, como único remédio amargo contra a inflação que volta a preocupar. É hora de continuarmos mobilizados a favor do Brasil e dos acertos do atual governo que apontam para a inclusão econômica e social. Sem nos esquecermos que falta muita coisa a ser feita. Principalmente, na área de Educação.
Já sentimos o gostinho da moeda estável. E nos últimos seis anos experimentamos, na prática, o que significa a inclusão como cidadão e consumidores. Qualquer retrocesso ameaça diretamente conquistas que são caras aos trabalhadores, como a crescente oferta de empregos formais, o aumento da renda e a possibilidade de consumir e sonhar com a casa própria, como registramos nas notícias postadas a seguir.
Registre-se que a tese que a classe trabalhadora sempre defendeu de que a geração de empregos formais aceleraria a velocidade do círculo virtuoso a favor do crescimento econômico.
A recessão apoiada em juros altos não nos interessa. Só facilita a vida dos especuladores financeiros. E prejudica os investimentos produtivos, um dos principais responsáveis pelo crescimento da oferta de novos empregos e pelo aumento de produtividade que, em última instância, melhora nossa capacidade de controlar a inflação e nos tornar, enquanto País, muito mais competitivos internacionalmente.

Classe média já é maioria no País
Estudo "A Nova Classe Média", divulgado ontem pelo Centro Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas mostra que a classe média já é mais da metade (51,89%) da população do País, com renda entre R$ 1.064 e R$ 4.591,00.
Desde 2002, a participação da classe média na população economicamente ativa (PEA) cresceu de 44,19% para 51,89% nas seis regiões pesquisadas: Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
Entre as principais razões para o crescimento da classe média está a expansão do emprego formal.
O crescimento da classe média melhorou também o Índice Gini, que mede o grau de desigualdade na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita. O índice varia de 0 a 1, no qual o 0 significa que não há desigualdade e 1, desigualdade máxima. De abril de 2002 a abril de 2008, o Índice Gini passou de 0,62 para 0,58.
A participação das famílias na faixa da miséria (renda próxima de zero) no total da população caiu de 34,93% para 25,16% nos últimos seis anos.
A pesquisa revelou ainda que a renda média domiciliar total da população saltou de R$ 1.784,08, em 2002, para R$ 1.956,90 para abril de 2008. Nos últimos seis anos, a participação das classes A e B (famílias com renda acima de R$ 4.591 mensais) também cresceu nas seis regiões, passando de 11,61% para 15,52%. E a participação das famílias de classe mais baixa, que tanham menos de R$ 1.064,00 por mês, caiu de 46,13% para 32,59%.

Em 6 anos, 3 milhões entram na classe média das grandes capitais
Estudo divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostra que entre 2002 e final de 2008 que 3 milhões de brasileiros que moram nas seis principais regiões metropolitanas do País -- São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife -- terão saído da pobreza.
A taxa de pobreza nessas seis capitais do País, onde vive um quarto da população e são produzidos dois quintos do Produto Interno Bruto (PIB), cairá de 32,9% para 24,1%.
Segundo Márcio Pochmann, presidente do Ipea e coordenador da pesquisa, "a pobreza está caindo nessas seis regiões por causa do crescimento da economia, do aumento do salário mínimo, dos programas sociais de transferência de renda do governo, como o Bolsa-Família e dos incentivos à agricultura famimliar".

Crédito da poupança para imóveis cresce 86% no primeiro semestre
A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) divulgou ontem balanço que mostra um expressivo crescimento da aplicação dos recursos da poupança no financiamento habitacional em relação ao primeiro semestre do ano passado.
De janeiro a junho de 2008, foram aplicados R$ 12,932 bilhões -- 86,66% a mais do que em 2007.
Ao todo, 128.439 unidades foram financiadas na primeira metade deste ano, ou alta de 58,9%. A poupança é a principal fonte de recursos do crédito imobiliário, com 70% do total de aplicação, ante cerca de 30% do FGTS

Brasil ostenta crescimento forte em meio à crise mundial
Brasil está finalmente equilibrado para usufruir de seu potencial como agente global, dizem economistas. O Brasil, a maior economia da América do Sul, está finalmente equilibrado para usufruir de seu já antecipado potencial como agente global, dizem economistas, enquanto o País registra sua maior expansão na economia em três décadas.
Esse crescimento está sendo sentido em quase todas as partes da economia, criando uma nova classe de super-ricos enquanto pessoas como Maria Benedita se elevam a uma classe média em expansão.
Ele também tem fornecido um novo posicionamento ao País, permitindo, por exemplo, que o Brasil negocie mais duramente com países como os Estados Unidos e a União Européia em discussões sobre o comércio global. Após sete anos, essas negociações finalmente fracassaram nesta semana, em meio a pedidos de China e Índia por salvaguardas para seus agricultores, um claro sinal do crescente poder dessas nações emergentes.
Amplamente conhecido por sua distribuição desigual de riquezas, o Brasil reduziu a desigualdade de rendimentos em 6% desde 2001, mais do que qualquer país da América do Sul nesta década, disse Francisco Ferreira, economista do Banco Mundial.
Enquanto os 10% mais ricos do País viram seus ganhos aumentarem cerca de 7% entre os anos de 2001 e 2006, os 10% mais pobres tiveram crescimento de 58% na renda, disse Marcelo Cortes Neri, diretor do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro. O Brasil está gastando muito mais que seus vizinhos latino-americanos em programas sociais, e seus gastos públicos totais continuam sendo quase quatro vezes maior que o que México gasta, em porcentagem do PIB, disse Ferreira, do Banco Mundial.