quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Economia vai bem para os patrões é hora dos trabalhadores terem sua parte

Pequeno varejo de SP fatura 8,4% a mais no 1º semestre

Apenas no mês de junho o crescimento representou 10,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

É hora de todos os trabalhadores, especialmente os que são comerciários que estão em negociação salarial, prestarem bastante atenção aos números apresentados nesta reportagem. É o fim do chororô patronal quando nos próximos meses, sentarmos nas mesas de negociação salarial e buscar a nossa parte. Que queremos na forma de reposição cheia da inflação; do aumento real e participação nos lucros.
Veja o texto divulgado hoje na imprensa: As empresas do pequeno varejo paulista encerraram o primeiro semestre do ano com alta acumulada de 8,4% no faturamento, segundo dados da Pesquisa Conjuntural do Pequeno Varejo (PCPV), realizada pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). Apenas no mês de junho o crescimento representou 10,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
O destaque do semestre ficou por conta do segmento de lojas de material de construção, com aumento acumulado de 31,2%. Impulsionado pelo aquecimento da construção no País, o setor apresentou também a maior elevação no faturamento do mês de junho: 32,4% em relação ao mesmo período de 2007.
Em seguida, aparecem as lojas de vestuário, tecidos e calçados, com crescimento acumulado de 9,4% nos primeiros seis meses de 2008, apontando alta de 10,4% em junho no contraponto ao mesmo período de 2007, desempenho estimulado pelas boas vendas em datas como o dia das mães. Já o setor de lojas de móveis e decorações, puxado pela expansão do mercado imobiliário, registrou elevação de 7,9% no semestre, e alcançou em junho alta de 8% na mesma base de comparação.

Inflação desacelera na primeira semana de agosto em SP
Queda dos preços foi puxada pelos grupos Alimentação, Despesas Pessoais e Educação.
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) no município de São Paulo recuou de 0,45% em de julho para 0,38% na primeira quadrissemana de agosto. O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado, que iam de 0,36% a 0,41%.
Apresentaram alta de julho para a primeira leitura de agosto os grupos Habitação (de -0,09% para 0,04%), Transportes (de 0,32% para 0,37%) e Saúde (de 0,56% para 0,57%). Recuaram os grupos Alimentação (de 1,07% para 0,69%), Despesas Pessoais (de 1,19% para 0,95%) e Educação (de 0,05% para 0,04%). No campo negativo, o grupo Vestuário avançou de -0,03% para -0,15%). Veja como ficaram os grupos que compõem o IPC: Habitação: 0,04%; Alimentação: 0,69%; Transportes: 0,37%; Despesas Pessoais: 0,95%; Saúde: 0,57%; Vestuário: -0,15%; Educação: 0,04%; Índice Geral: 0,38%


Lula diz que petróleo da área pré-sal é do povo
Gostaria que os companheiros e companheiras da UGT, no Brasil, refletissem sobre a iniciativa do presidente Lula de mexer via Constituição na Petrobrás. As intenções são boas (redirecionar o investimento para Educação). O debate é importante para a gente não correr o risco de ter boa intenção e interferir no funcionamento de uma das mais importantes estatais do Brasil e que está dando certo.
Veja a notícia: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, 12, que a camada pré-sal - onde foram feitas as últimas descobertas da Petrobras - não pode ficar na "mão de meia dúzia de empresas. Em discurso após a segunda reunião do grupo interministerial criado para discutir a questão da exploração das jazidas de petróleo na área do pré-sal, Lula afirmou que o "petróleo não é do governo do Rio, não é da Petrobras, é do povo".
Após as declarações de Lula, a alta das ações da Petrobras começou a diminuir. As ordinárias (ON, com direito a voto), que chegaram a valer R$ 41,40 no patamar máximo, recuam para R$ 40,21, em alta de 0,88%. As preferenciais (PN, sem direito a voto) são vendidas a R$ 32,94, em alta de 0,73%. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tenta reduzir a queda e às 16h49 opera com baixa de 0,50%.
Em frente ao terreno da antiga sede da União Nacional dos Estudantes (UNE), Lula pediu o apoio da entidade para alterar a lei do petróleo. "Precisamos mexer na lei do petróleo deste País. Este petróleo, a seis mil metros de profundidade, é um patrimônio do País", disse Lula referindo-se as descobertas na camada de pré-sal.
De acordo com o presidente, é preciso que parte da riqueza do petróleo seja destinada "à educação deste País, para os pobres deste País". Lula lembrou que constituiu por decreto um grupo interministerial para estudar como tratar a questão da descoberta na camada de pré-sal.


Bancos repassam Selic e juros sobem pelo 3º mês
Os juros já chegam ao consumidor final. Tememos, conforme sempre alertamos, que os juros gerem mais lucros ainda para os banqueiros, sempre insaciáveis, continuem a aumentar seus lucros. Devemos continuar a exigir que o Governo Federal retome a política de juros baixos, a favor do Brasil e do Emprego.
Leia a notícia: Pelo terceiro mês consecutivo, os juros cobrados dos consumidores e das empresas subiram em julho e já mostram tendência de alta também este mês. Duas pesquisas revelam que os bancos e as financeiras estão repassando gradualmente a elevação de 0,75 ponto porcentual da taxa básica de juros, a Selic, determinada pelo Banco Central (BC) no fim do mês passado.
A taxa média de juros das pessoas físicas atingiu 7,35% ao mês ou 134,22% ao ano em julho, segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Foi o maior nível desde abril de 2007. Já a taxa média de juros para as pessoas jurídicas alcançou 4,23% ao mês, ou 64,4% ao ano, em julho, o nível mais elevado desde novembro de 2006. Em ambos os casos, a variação sobre o mês anterior foi de 0,02 ponto porcentual.