segunda-feira, 27 de abril de 2009

É o momento certo de acelerar o corte dos juros para aproveitar os cortes do IPI e deixar a classe trabalhadora consumir

Ritmo de corte de juros vai cair

(Postado Por Valdir Vicente) A discussão mais importante desta semana é a redução das taxas de juros. Basta a gente dar uma olhada atenta nas demais notícias reproduzidas abaixo e veremos que existe uma preocupação muito grande do governo com o consumo. Mas como manter o consumo com juros que ainda são os mais altos do mundo? Temos que reduzir os juros para aproveitar os cortes que o governo fez no IPI dos automóveis e da linha branca para permitir que os mais pobres tenham condições de comprar os produtos com o IPI reduzido. Do jeito que estão os juros, ainda fica muito difícil as famílias trabalhadoras terem acesso aos bens, que ajudaria a reaquecer a economia e a gerar e manter os empregos. Os níveis de desemprego começam a preocupar e temos que cortas juros para manter os empregos e o consumo. Essa é a reflexão que deve ocupar todas as lideranças das centrais sindicais nesta semana que antecede ao Primeiro de Maio.

Leia mais: Os sinais de recuperação da economia brasileira, que deve sair de uma recessão no primeiro trimestre deste ano, segundo técnicos do Ministério da Fazenda, levarão o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central a voltar a vestir sua carapuça mais conservadora e diminuir o ritmo nos cortes da taxa básica de juros (Selic), aponta reportagem de Patrícia Duarte publicada pelo GLOBO neste domingo.

- Já há sinais de recuperação da economia, e é preciso levar isso em consideração. A política monetária demora nove meses para surtir efeito e, se houver exagero agora, pode acabar obrigando a uma elevação de juros no próximo ano - defende o economista-chefe da corretora Concórdia, Elson Teles.

O Copom volta a se reunir nesta semana e, na avaliação da maioria do mercado, deve cortar a Selic, hoje em 11,25% ao ano, em 1 ponto percentual. No encontro anterior, o corte foi de 1,5 ponto, pegando de surpresa muitos analistas.

Além disso, avalia o economista-chefe da corretora Ativa, Arthur Carvalho, as recentes medidas do governo para estimular o consumo vão entrar na conta, e isso reduz os espaços para cortes mais fortes nos juros.

- A inflação está controlada, não é um problema. Mas o nível de juros que se está buscando (de um dígito) é desconhecido. É bom ter cautela - argumenta. (Leia mais em O Globo)

Lula diz que pânico na sociedade levou à queda no consumo

Para o presidente, notícias sobre a crise afetaram a economia.

Lula destacou medidas do governo para estimular diversos setores.

Governo anuncia redução do IPI de eletrodomésticos

'50% da crise é um pouco de pânico', diz Lula

Lula diz que governo vai ajudar municípios que perderam FPM

Dilma assina em BH o primeiro contrato do pacote habitacional

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (27) que as notícias sobre a crise financeira nos EUA e na Europa causaram pânico na sociedade brasileira, afetando diretamente o consumo no Brasil.

 “Houve em parte dos brasileiros um certo bloqueio na compra de produtos, que em uma situação normal eles continuariam comprando”, declarou.

Lula salientou que o governo foi rápido ao tomar medidas para reaquecer a economia nacional. Entre elas, ele destacou a liberação do compulsório; a ajuda à indústria automobilística, aos pequenos bancos e à agricultura e o lançamento de um programa habitacional.

 “Numa demonstração de que era necessário para enfrentar a crise fazermos mais investimentos, termos mais ousadia do que se teve em qualquer outro momento da história”, afirmou.

Para o presidente, os números que melhor refletem a melhora da economia são os da indústria automobilística, frizando que em março deste ano a produção foi maior do que em 2008. Outro ponto positivo, segundo Lula, é o varejo, que no último mês foi beneficiado com o corte do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)para os produtos da linha branca.

 “Posso assegurar que o Brasil continua sendo um país com maiores possibilidades de sair dessa crise muito fortalecido, porque a crise chegou aqui, mas não chegou na intensidade que ela está nos Estados Unidos”, disse. (G1)

Centrais sindicais sugerem medidas para preservar empregos na crise

Uma política de valorização do salário mínimo, a extensão do seguro-desemprego aos trabalhadores rurais e terceirizados e a ratificação da Convenção da OIT que trata da demissão sem justa causa.

Essas são algumas das propostas de combate aos efeitos negativos da crise econômica mundial nas taxas de emprego apresentadas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), em audiência promovida, quarta-feira, pela Comissão Especial da Crise Financeira - Área de Serviços e Empregos.

Redução da jornada - Presidente da CUT, Artur Santos sugeriu também a redução da jornada de trabalho, com carga horária de 40 horas, como forma de criação de novos postos de trabalho. Para ele, as empresas beneficiadas por incentivos fiscais deveriam se comprometer a não demitir empregados por certo tempo. Ele afirmou que alguns setores, como o dos bancos, se aproveitaram da crise para demitir sem justa causa, embora não tenham sido afetados, e citou como exemplo o banco Santander.

Horas extras - Já o representante da UGT, Antônio Maria Cortizo, defendeu a limitação das horas extras para criação de novas vagas. Ele assinalou que a UGT, assim como a Força Sindical e a CUT, quer a ampliação da faixa de renda com direito a isenção do Imposto de Renda, como meio de se aumentar os ganhos dos trabalhadores, o consumo e a produção no País.

O relator da comissão especial, deputado Vicentinho (PT-SP), afirmou que deve acatar algumas das sugestões apresentadas pelas lideranças sindicais, como a redução da jornada de trabalho e das horas extras e o compromisso de empresas beneficiárias de incentivos fiscais de suspender demissões. Para Vicentinho, algumas das demissões efetuadas nos últimos meses não têm relação direta com a crise financeira internacional.

O deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE), que participou do debate, defendeu mudanças na estrutura de gastos e investimentos do governo federal. Ele lembrou que, nos últimos 10 anos, o governo manteve os indices de superávit primário, em prejuízo dos investimentos.

Na opinião do deputado, os reajustes para adequar a economia à crise devem se concentrar no setor financeiro, que tem lucrado com títulos do governo e altas taxas de juros há muitos anos. Sobre as sugestões dos sindicalistas, ele considerou as mudanças urgentes, pois a participação dos trabalhadores na renda nacional já foi de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) e hoje está perto de 38%. “Corremos sérios riscos de ver essa participação ser ainda mais diminuída”, completou. (Fonte: Jornal da Câmara do Deputados. 24/04/2009.)

Os sinais de recuperação da economia brasileira, que deve sair de uma recessão no primeiro trimestre deste ano, segundo técnicos do Ministério da Fazenda, levarão o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central a voltar a vestir sua carapuça mais conservadora e diminuir o ritmo nos cortes da taxa básica de juros (Selic), aponta reportagem de Patrícia Duarte publicada pelo GLOBO neste domingo.

- Já há sinais de recuperação da economia, e é preciso levar isso em consideração. A política monetária demora nove meses para surtir efeito e, se houver exagero agora, pode acabar obrigando a uma elevação de juros no próximo ano - defende o economista-chefe da corretora Concórdia, Elson Teles.

O Copom volta a se reunir nesta semana e, na avaliação da maioria do mercado, deve cortar a Selic, hoje em 11,25% ao ano, em 1 ponto percentual. No encontro anterior, o corte foi de 1,5 ponto, pegando de surpresa muitos analistas.

Além disso, avalia o economista-chefe da corretora Ativa, Arthur Carvalho, as recentes medidas do governo para estimular o consumo vão entrar na conta, e isso reduz os espaços para cortes mais fortes nos juros.

- A inflação está controlada, não é um problema. Mas o nível de juros que se está buscando (de um dígito) é desconhecido. É bom ter cautela - argumenta. (Leia mais em O Globo)

Centrais organizam 4 eventos distintos para 1º de Maio

As centrais sindicais estão organizando quatro eventos diferentes em São Paulo para a comemoração do Dia do Trabalho, em 1º de Maio. O da Força Sindical, que pretende reunir 1 milhão de pessoas, será realizado na praça Campo de Bagatelle (zona norte da capital). A União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras Brasileiros (CTB) e a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) farão juntas uma comemoração na Avenida São João (região central), para o qual são esperadas 200 mil pessoas.

Além dessas entidades sindicais, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) também prepara sua festa. Este ano, a direção da CUT São Paulo decidiu descentralizar a comemoração. Na capital, por exemplo, ocorrerão dois eventos separados, um na zona sul, na Avenida do Arvoreiro, e outro na zona leste, na Avenida Barão de Alagoas. A previsão da central é que os dois eventos deverão reunir cerca de 150 mil pessoas.

O evento da Força Sindical terá shows, sorteio de carros e um ato político, para o qual foram convidados o ministro do Trabalho, Carlos Lupi; a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT); os governadores de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e de São Paulo, José Serra (PSDB), além do presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP) e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. De acordo com a entidade, a comemoração custará R$ 2 milhões e será paga com recursos dos sindicatos filiados e também de empresas patrocinadoras.

A comemoração unificada da UGT, CTB e Nova Central também terá shows e um ato político, para o qual foi convidado o ministro do Trabalho, entre outros. Essas centrais estimam que a comemoração custará R$ 1,3 milhão e será patrocinada por algumas empresas.

O custo das comemorações da CUT está estimado em R$ 500 mil e será bancado pelos sindicatos vinculados à central. Além da capital, a central prevê a realização de eventos no interior do Estado. Além de shows e do debate político, a CUT prevê a prestação de serviços na festa da zona sul, como a emissão de carteira de trabalho e orientação sobre doenças sexualmente transmissíveis. A CUT convidou para o evento o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), o governador Serra e o ministro do Trabalho. (Estadão)