quarta-feira, 6 de maio de 2009

Aos poucos, surgem sinais de que a crise está sendo superada. Ainda falta a geração de empregos.

Para CNI, queda livre da indústria foi interrompida

(Postado por Moacyr Pereira) As notícias começam a mostrar quase nas entrelinhas que se inicia uma recuperação da economia. Até a Confederação Nacional da Indústria já percebe algumas pequenas recuperações na produção industrial. Para os trabalhadores, a recuperação só acontecerá de fato quando retomarmos o crescimento da oferta de empregos. Sem a participação dos trabalhadores na economia, através de empregos que garantam um mínimo de dignidade, não há recuperação da crise. Pois são os trabalhadores que realimentam a economia, através da produção, da prestação de serviços e do consumo. Resta-nos, acompanhar de perto, continuar a exigir do governo as contrapartidas sociais, estimular a oferta de crédito para as pequenas e médias empresas, as grandes geradoras de empregos, e continuar a acreditar no Brasil, que como todos nós sabemos, é muito maior que a crise.

Leia mais: A alta de 0,7% da produção industrial brasileira em março ante fevereiro mostra que a queda livre experimentada pelo setor no fim do ano passado e no começo deste ano foi interrompida. A afirmação foi feita pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, durante audiência pública da comissão especial da crise mundial da Câmara dos Deputados, ao comentar os dados divulgados hoje pelo IBGE. "Há sinais tênues de que a atividade possa estar evoluindo de forma positiva neste segundo trimestre", disse, segundo nota divulgada pela assessoria da CNI.

Apesar de acreditar no início da recuperação, o presidente da CNI ressaltou que não se deve exagerar no otimismo. "No segundo trimestre teremos um desempenho melhor, mas há uma ponta de preocupação de que voltemos a ter uma forte queda na produção industrial, que consequentemente gerará forte queda no PIB industrial", afirmou. Monteiro Neto ainda lembrou que neste ano o PIB industrial será negativo na comparação com 2008. Segundo ele, o ano será de crescimento do PIB próximo de zero e "a indústria contribuirá de forma negativa, com queda de 2,5% a 3% na produção industrial". Para o presidente da CNI, os resultados divulgados hoje pelo IBGE não surpreenderam. "Eles vieram em linha com os indicadores antecedentes", resumiu. (Leia mais no Estadão)

Governo e grandes partidos articulam reforma política

Plano é aprovar até outubro financiamento público de campanha e voto em lista fechada. Proposta condensada por Ibsen Pinheiro tem o apoio das maiores siglas da Câmara e não depende de mudança constitucional.

Sob o patrocínio do governo federal e com apoio de cinco partidos -além de parte expressiva do PSDB- a Câmara dos Deputados se mobiliza para aprovar, até outubro, o financiamento público de campanha e a adoção do voto em lista fechada já para 2010.

Com autoria atribuída a PT, PMDB, DEM, PPS e PC do B, o texto propõe a criação de um fundo com recursos equivalentes a R$ 7 por eleitor para cobrir as despesas do primeiro turno, o que corresponderia a R$ 913.197.656 -tomando por base o eleitorado de dezembro de 2008. Para o segundo turno seriam reservados R$ 2 por eleitor -ou R$ 260,9 milhões.

A pedido do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e do líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), o deputado federal Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) condensou o texto, que prevê ainda a criação do voto em lista fechada para o Legislativo.

Pela proposta, o eleitor passa a votar numa sigla. Não mais no candidato. Os congressistas assumem a vaga segundo a votação obtida e a hierarquia previamente elaborada pelo partido ou pela coligação.

Como não requer mudança constitucional -o voto continuaria proporcional-, dependerá de maioria simples para aprovação. Segundo Ibsen, a minuta, à qual a Folha teve acesso, é produto do casamento entre "relevância e viabilidade". "Sou a favor do voto distrital misto. Mas exige emenda constitucional. Esse projeto, não. Dá para votar para as próximas eleições", disse Ibsen.

Ainda segundo o deputado, o "grau de unidade [em torno do projeto] é tão avançado" que será apresentado até a semana que vem. Hoje o tema será objeto de audiência pública na Câmara. Se aprovado, tem de ser submetido ao Senado e à sanção presidencial.

Além dos tradicionais adeptos, a proposta começa a conquistar apoio no PSDB, antes contrário à proposta. Na segunda, em reunião com a bancada do PSDB no Estado, o governador de São Paulo, José Serra, incentivou o partido a apoiar mudanças nas regras. "Ele passou posição de simpatia à ideia", contou o líder do PSDB na Câmara, José Anibal.

Serra manifestou, no entanto, oposição ao financiamento público: além de impopular, não coibiria doações ilegais.

De 16 deputados, só Mendes Thame opôs-se à proposta. A começar pelo líder, os tucanos começam a se render a Ibsen. Segundo repete o deputado, depois de operações que investigam as doações de empresas, como a Castelo de Areia, "nenhum contribuinte vai querer recibo nas próximas eleições".

"Concordo com lista como instrumento de valorização do partido. O que eu lamento é que não consigamos mover nem um palmo na direção do voto distrital. O financiamento, preciso analisar", disse Anibal.

"Sou a favor da proposta. Mas precisamos ouvir o partido", disse o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). O presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), reafirmou ontem apoio à proposta. Assim como o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP): "O PT é a favor. Se der para aprovar para 2010, queremos".

Entre os avalistas da proposta também está o ministro da Justiça, o petista Tarso Genro.

Pelo projeto, 14% dos recursos do fundo serão dados aos partidos com assento na Câmara, e 85%, de acordo com o desempenho dos partidos na eleição passada. "Essa proposta beneficia os grandes partidos", admite Maia. O próprio Ibsen admite que a proposta alimenta o "caciquismo". "Cada sistema tem seus inconvenientes", afirmou Ibsen, para quem "o financiamento privado esgotou". (Leia mais na Folha)

Shoppings projetam vendas 6% maiores para Dia das Mães

Os shopping centers esperam vender 6% mais em decorrência do Dia das Mães, segundo levantamento da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings). O Dia dos Mães é a segunda melhor data para o comércio, ficando atrás apenas do Natal, conforme a entidade.

Pouco mais da metade dos empresários (53%) acredita que o desempenho poderia ser melhor não fosse a crise financeira que, para eles, "trouxe um fluxo menor de pessoas e menos motivação para gastar".

Como estratégia para impulsionar as vendas, o estudo apontou que 58% dos lojistas recorreram a descontos, divulgações e lançamento de novos produtos. Os presentes mais caros estão sendo trocados por lembranças de custo menor, como artigos para o lar, CDs e DVDs. (Folha)

BB diponibiliza a clientes acesso a extratos do INSS

Já está disponível aos clientes do Banco do Brasil (BB), a consulta e impressão de extratos com histórico junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Poderão ser visualizados todos os vínculos, como tempo de contribuição desde 1976, e as remunerações mensais que serviram de base para tais contribuições desde julho de 1994.

Ao facilitar um serviço que, para quem não é cliente do BB, só é disponível nas agências do INSS, o presidente do BB, Aldemir Bendine, afirmou ser "parte do compromisso social" do banco.

Mas a medida também é parte da meta de ampliação de negócios do banco público.

Ele explicou que, inicialmente, o número de extratos será ilimitado. O cliente não terá que pagar nada, pois o BB assumirá o custo operacional. "Será bom para ampliar os vínculos com esses clientes", disse Bendine. Além de vender novos produtos a quem já é cliente, o banco espera atrair trabalhadores que ainda não são clientes do BB.

Ao assinar o convênio com o Banco do Brasil, o ministro da Previdência Social, José Pimentel, revelou que a medida é parte do processo de melhoria do atendimento do INSS. "Essa solução nos permitiu antecipar em dois anos, o que estava programado para começar em 2011", disse o ministro.

Ele informou ainda que há tratativas em curso para a Caixa Econômica Federal começar a oferecer o serviço até o fim do ano. A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou que não há interesse em convênio com o INSS para estender a facilidade aos clientes da rede privada. A menos que haja interesse de alguma instituição financeira privada, em particular.

Segundo Bendine, para a consulta bastará ao segurado do INSS usar a senha de acesso à conta no BB para retirar o extrato em qualquer um dos 39.714 terminais de auto-atendimento, ou via internet. Haverá um link para "extrato de informações previdenciárias", onde o segurado terá que digitar o número do CPF (Cadastro de Pessoa Física).

Pimentel lembrou que, desde o fim de 2008, o trabalhador da iniciativa privada deixou de ser obrigado a comprovar com documentação, vínculos e contribuições para pedir aposentadoria. Agora, o INSS passou a fazer o reconhecimento automático, com base no cadastro da Central de Atendimento da Previdência Social criado em 1989. (O Globo)

Comerciário negro é discriminado, diz presidente da União Geral dos Trabalhadores

O empresário do comércio prefere contratar brancos, pelo dobro do salário, do que contratar um negro. A afirmação é do presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, que participa de audiência pública na Subcomissão de Defesa do Emprego e Previdência Social, da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), que debate a regulamentação da profissão de comerciário.

Conforme afirmou, o negro sofre discriminação racial por parte dos comerciantes,

que dão preferência a funcionários brancos. Ricardo Patah denunciou também que os comerciários, de maneira geral, são os trabalhadores que mais horas trabalham por semana, chegando alguns a cumprir jornada de até 53 horas semanais, sem receber pelo trabalho em hora-extra. Ainda segundo o sindicalista, é nessa categoria que existe o maior número de trabalhadores informais. (Agência Senado)