terça-feira, 2 de junho de 2009

Aos poucos, o Brasil, através de políticas públicas, constrói suas próprias saídas para a crise financeira mundial

População está mais confiante no enfrentamento da crise financeira pelo governo, diz pesquisa

(Postado por Silvana Mesquita) Acompanho de perto essa percepção da população em relação ao governo Lula. O presidente foi um iluminado ao decidir abrir nossos mercados para a África e o Oriente, nos tornando mais independente dos Estados Unidos e Europa. Agora, que a crise chegou forte no hemisfério norte, nossas alianças comerciais, mais o vigor do nosso mercado interno e as políticas públicas adotadas estão protegendo nossa economia e nossos empregos. Em Guarulhos, por exemplo, onde sou vereadora, o prefeito Sebastião Almeida determinou que as empresas de ônibus contratassem cobradores, função que antes era acumulada pelos motoristas. E de uma vez só gerou mais de mil empregos. Minha atuação na Câmara dos Vereadores é pela contratação dos profissionais com deficiência, afinal todos nós, de certa maneira temos alguma deficiência, e as pessoas mais diretamenta afetada por uma deficiência física têm enorme potencial e precisam ter a oportunidade de mostrar seu valor profissional e social. Acredito, também, que vamos sair desta crise muito mais fortes como Nação. Vamos dar muito mais valor a quem produz e trabalha, pois a especulação no cassino mundial não deu certo.

Leia mais: A população está mais confiante nas medidas tomadas pelo governo em relação à crise financeira internacional, segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes e do Instituto Sensus (CNT/ Sensus) divulgada hoje (1º).

Metade dos entrevistados responderam que o governo está lidando adequadamente com a crise, contra 40,1% na pesquisa anterior, feita em março.

O percentual dos que não consideram que o governo esteja lidando adequadamente com a crise ficou estável em 26,5%. E o percentual dos que não consideram que o governo esteja lidando muito bem com a situação ficou em 16,3%, sendo que, em março, esse índice foi de 26,4%.

Pouco mais de um terço dos brasileiros acredita que o Brasil está saindo da crise e 55,3% acreditam que o país ainda enfrenta problemas por causa da crise financeira internacional.

Metade dos brasileiros considera que o Brasil vai sair fortalecido da crise, contra 46,9% na pesquisa anterior. O índice de entrevistados que acham que o Brasil vai sair igual ao que estava antes da crise é de 14,5%, contra 21,8% na pesquisa anterior e 19,7% disseram que o Brasil vai sair enfraquecido, contra 23% em março.

Para o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, os números positivos mostram que a percepção da população sobre a crise é de que ela é um fenômeno “fundamentalmente internacional”. “A crise tem reflexo no Brasil, mas o governo está lidando de forma adequada”, disse.

Além da crise, a pesquisa também mediu a percepção da população sobre como o governo está lidando com a gripe A (H1N1) – gripe suína. Para 61% dos entrevistados, o Brasil está preparado para lidar com a doença e para 33,5%, o país não tem condições de lidar com o surto da gripe. O percentual dos que não responderam ou não sabem é de 5,5%.

A pesquisa também questionou se os entrevistados tinham algum conhecimento sobre a gripe suína e 73,4% disseram que têm acompanhado as notícias sobre o assunto; 24% disseram que ouviram falar sobre o assunto; 2% não têm acompanhado ou não ouviram falar e 0,7% não sabem ou não responderam.

A pesquisa foi realizada de 25 a 29 de maio nas cinco regiões do país. Foram entrevistadas 2.000 pessoas. A margem de erro da pesquisa é de 3% e o índice de confiança, de 95% (Agência Brasil)

Governo quer acabar com o "gato" no campo
O presidente Lula deve lançar, em 15 dias, um projeto que, seguido à risca, poderá eliminar do setor sucroalcooleiro uma figura tida como responsável por parte dos problemas enfrentados por migrantes: o "gato".
Segundo o ministro interino da Secretaria Geral da Presidência, Antonio Lambertucci, a meta é valorizar boas práticas de trabalho nas usinas do país e dar prazo para quem está inadequado ajustar sua situação.
Lambertucci citou quatro problemas a serem resolvidos pelo setor. "A contratação do trabalhador deve ser direta, eliminando o intermediário nefasto [o "gato"], que tanto mal faz ao conceito do setor; contratar migrante por meio do Sine [Sistema Nacional de Emprego]; dar transparência na aferição da cana cortada e, finalmente, valorizar as negociações trabalhistas." (Leia mais na Folha)
Bill Clinton adverte: Brasil precisa provar que não desmata Amazônia para não ter barreiras comerciais
O Brasil vai ter que fazer a lição de casa sobre o meio ambiente antes de conseguir por fim às barreiras internacionais e ampliar suas exportações de biocombustíveis. Foi esse o recado dado nesta segunda-feira pelo ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton durante o Ethanol Summit, a cúpula sobre biocombustíveis organizada pela União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica), em São Paulo.
O país terá primeiro que parar de desmatar a Floresta Amazônica, provar que sua agricultura é sustentável e, por fim, não prejudicar os países mais pobres, segundo Clinton.
- O problema é que se o Brasil exportar mais, vai plantar mais, e expandir suas fronteiras agrícolas. Com isso, vai expandir ainda mais o gado para a floresta. Vocês têm que provar antes que podem reduzir as emissões de gás carbônico sem afetar a sua própria sustentabilidade e ainda sem prejudicar os países mais pobres - disse Clinton, que frisou várias vezes a necessidade de o Brasil reduzir o impacto ambiental da sua agropecuária e do desmatamento, responsáveis por 75% das emissões de gás carbônico do país.
- O mundo inteiro vai pensar e vai apoiar se o Brasil conseguir resolver a equação com as suas florestas. Vocês terão o apoio do mundo todo se resolverem esse problema. Agora, vocês precisam realmente acreditar na inovação. Não têm que combater os carros elétricos, pois logo todos vão preferir os biocombustíveis.
- Vocês têm uma eficiência grande na redução de emissões dos transportes e na produção de energia a partir de hidrelétricas. Mas vocês são o oitavo maior país em emissões e estão próximos de Índia e China - disse Clinton.
- O fato é que a crise econômica mostra a nossa interdependência. Vivemos um momento muito instável. A desigualdade aumentou muito - lembrou, reafirmando que as mudanças climáticas e seus efeitos não podem mais ser ignorados. (Leia mais em O Globo)
Venda de veículos cresce 5,38%
As vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus novos no País subiram 5,38% em maio ante abril, para 246.981 unidades, segundo dados divulgados pela Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Na comparação com maio de 2008, a alta é de 2,04% (DCI)
BRICs buscam alternativas para comércio internacional
Os países que integram o Bric – Brasil, Rússia, Índia e China – pretendem desenvolver alternativas ao uso do dólar como moeda comercial. O tema foi largamente discutido durante reunião realizada neste fim de semana em Moscou, entre responsáveis pela área de assuntos estratégicos e conselheiros de segurança dos países que formam o grupo. O Brasil foi representado pelo ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Roberto Mangabeira Unger.
Segundo o ministro, há grandes preocupações com o futuro do dólar entre os países integrantes do Bric. "A primeira está relacionada ao temor dos países com as grandes reservas em dólar. Eles correm o risco de ter desvalorizadas suas reservas a partir de uma eventual queda abrupta ou substancial da moeda norte americana”, disse o ministro nesta segunda-feira (1º), durante entrevista coletiva em seu gabinete.
Para Mangabeira Unger, os países do grupo estão convictos de que o mundo sofre com os efeitos de subidas e descidas econômicas na maior economia do planeta. “Todos sabemos que esses efeitos podem acabar agravados em muitos países, em decorrência dos problemas monetários de um único país. Isso representa risco para essas economias.”
A segunda grande preocupação dos países do Bric em relação ao dólar é que a moeda não seja substituída por uma burocracia monetária internacional, como um “banco central europeu global”, com poderes discricionários muito grandes.
“Há outras soluções que foram discutidas, como uma cesta de moedas reservas que valorize as moedas nacionais, ou a criação de uma 'quase-moeda', com direitos especiais de saques desenhados da forma mais simples e mecânica possível”, informou o ministro. “Mas é importante minimizarmos os poderes discricionários dos que administrariam esse grande sistema”, completou.
Mangabeira manifestou expectativa de que esse debate não agrave a volatilidade já existente em decorrência do momento de crise.
 “As grandes mudanças não ocorrem sem crise. O problema é que, quando há crise, costuma-se dizer que o momento é perigoso para fazer mudanças. Por esse raciocínio, as mudanças não poderiam ocorrer nunca, com ou sem crise. No entanto, mudanças ocorrem no mundo, e esse assunto precisa ser encarado”, argumentou Mangabeira Unger.
De acordo com o ministro, Brasil e China vêm operando, há duas semanas, um sistema inovador em matéria de compensações das transações comerciais, permitindo que cada parte receba os pagamentos em sua moeda local. “Os dois bancos centrais têm feito operações noturnas em caráter especial. Esse sistema de transações não passa pelo dólar”. (DCI)
Copa vai injetar R$ 155 bilhões na economia brasileira, diz FGV
Levantamento estima geração de 18 milhões de empregos até a partida final. A Copa do Mundo deverá injetar na economia brasileira pelo menos R$ 155 bilhões. Levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) também projeta a geração de 18 milhões de empregos até a partida final, em 2014. (Zero Hora)