sexta-feira, 5 de junho de 2009

Recuperação das vagas perdidas e geração de mais empregos devem ser a medida de superação da atual crise, na ótica dos trabalhadores

Lupi ressalta emprego na indústria da transformação em maio

O ministro Carlos Lupi participou, ontem, da mesma reunião do Conselho de Desenvolvimento Económico que a UGT tem assento e já adiantou para todos os presentes sua visão otimista em relação à superação da crise. Mas os indicadores internacionais, principalmente nos Estados Unidos e Europa, continuam preocupantes. E como nossa economia é integrada com a economia mundial, ainda tem muita água para rolar debaixo da ponte. Mas devemos acompanhar com otimismo realista as boas notícias. Sem deixar que a euforia tome conta e de olho principalmente nos indicadores de emprego. Perdemos muitas vagas, tivemos a massa salarial achatada e precisamos recuperar estas vagas perdidas assim como criar novas oportunidades para os jovens que chegam em busca de um espaço legítimo no mercado de trabalho.

Leia mais: Segundo o ministro do Trabalho, o mês passado foi o melhor do ano para geração de vagas de trabalho no setor

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse nesta quinta-feira, 4, que o mês de maio vai ser "o melhor mês do ano" em geração de emprego na indústria da transformação, que inclui o setor automotivo e a fabricação de equipamentos como eletrodomésticos, por exemplo. Ele não adiantou quais serão os números de novos postos de trabalho que serão divulgados, até o dia 20, no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Mas antecipou que maio será "muito bom" para a construção civil.

A indústria da transformação, segundo ele, foi o "grande vilão" no fechamento de postos de trabalho, desde o fim do ano passado, mas que já mostra reação. Lupi participou nesta manhã da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Itamaraty. (Leia mais no  Estadão)

MICROEMPREENDEDOR — Receita anual até R$ 16,47 mil não pagará IR

Demorou mas aos poucos surge no horizonte brasileiro ações concretas a favor do micro e pequeno empreendedor. A UGT ºe fervorosa defensora dos micro e pequenos empreendedores porque reconhece neles o potencial desbravador. São homens e mulheres que correm riscos enormes, que queimam as reservas que não possuem e que quando são bem sucedidos são os principais geradores de empregos. Por isso, merecem todo o apoio e reconhecimento.

Leia mais: Os microempreendedores individuais com renda anual até R$ 16.473,72 serão incluídos no grupo de pessoas físicas isentas do IR. A isenção vale desde que tenham apenas essa atividade como fonte de renda e não participem de sociedade em empresas. A mudança foi confirmada pelo Comitê Gestor do Simples Nacional.

Estão enquadrados nessa categoria feirantes, camelôs, sacoleiros, pipoqueiros, borracheiros, sapateiros e manicures, entre outros. A figura do microempreendedor individual foi regulamentada pela Receita em abril. (Folha online)

Dados do IBGE confirmam recuperação no País, diz Bernardo

Para ministro, Brasil vai chegar ao fim do ano com bom ritmo de crescimento, que se manterá em 2010.

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, comentou nesta quinta-feira, 4, o crescimento da produção industrial, em abril, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo ele, essa é mais uma demonstração de que a economia está se recuperando. "E acho até que de forma consistente", afirmou.

Bernardo reconheceu que os números desse quadrimestre, se comparados com os do mesmo período do ano passado, "são muito menores". Mas ressaltou que pelo quarto mês consecutivo a indústria apresenta recuperação. "Isto corrobora o que o governo vem dizendo. Vamos chegar no fim do ano com o crescimento em bom ritmo e vai se manter em 2010", afirmou.

O ministro avaliou que o Brasil já passou pelo pior da crise financeira, mas disse que o País ainda enfrenta sequelas, como o desemprego e queda nos investimentos privados. "O crédito está se restabelecendo. Mas temos empresas que ainda apresentam problemas", disse.

Para 'Economist', má qualidade da educação 'freia' desenvolvimento do Brasil

Revista britânica afirma que avanços do país na área da educação são 'vagarosos'.

 - Um artigo na edição mais recente da revista britânica The Economist traça um panorama da situação da educação no Brasil e afirma que a má qualidade das escolas, "talvez mais do que qualquer outra coisa", é o que "freia" o desenvolvimento do país.

Citando os maus resultados do Brasil no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), realizado a cada três anos pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a revista afirma que, apesar dos grandes investimentos e progressos em setores como política e economia, em termos de educação, o país está "bem abaixo de muitos outros países em desenvolvimento".

A publicação compara a situação brasileira à da Coreia do Sul, que apresenta bons resultados no Pisa.

"Até a década de 1970, a Coreia do Sul era praticamente tão próspera quanto o Brasil, mas, ajudada por seu sistema escolar superior, ela saltou à frente e agora tem uma renda per capita cerca de quatro vezes maior".

Sindicatos — Para a revista, entre os principais motivos para a má qualidade da educação no país está o fato de muitos professores faltarem por diversas vezes às aulas e os altos índices de repetência, que estimulam a evasão escolar.

Na opinião da Economist, o governo precisa investir mais na educação básica. "Assim como a Índia, o Brasil gasta muito com suas universidades ao invés de (gastar) com a alfabetização de crianças".

A publicação afirma ainda que o Brasil precisa de professores mais qualificados. "Muitos têm três ou quatro empregos diferentes e reclamam que as condições (de trabalho) são intimidadoras e os pagamentos baixos".

Afirmando que, apesar da situação, os governos de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva conseguiram avanços - embora vagarosos - no setor, a revista afirma que os sindicatos de professores "representam um grande obstáculo para melhorias".

"Quase qualquer coisa que atrapalhe sua paz causa greves", afirma a publicação britânica, dizendo que o sindicato dos professores do Estado de São Paulo, por exemplo, se opôs "a uma proposta que obrigava os novos professores a fazerem testes para assegurar que são qualificados".

A Economist defende que a receita para melhorar a educação no país seria "continuar reformando o sistema escolar, enfrentar os sindicatos dos professores e gastar mais em educação básica".

"A conquista do mundo - mesmo a amigável e sem confrontos que o Brasil busca - não virá para um país onde 45% dos chefes de famílias pobres têm menos de um ano de escolaridade", diz a publicação. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. (Estadão e BBC Brasil)

Produção cresce em 7 regiões, diz IBGE

Metade das regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) verificou avanço na atividade fabril entre março e abril. Das sete regiões com crescimento na produção industrial entre as 14 avaliadas, o destaque coube ao Espírito Santo, com 7,1% de elevação e uma inversão de direção ante março, quando houve recuo de 3,5%.

Na sequência, conforme o levantamento apresentado nesta quinta-feira pelo instituto, vieram Goiás e Rio Grande do Sul, com aumento de 2,3% cada no setor industrial, e Ceará, com acréscimo de 1,7%. Todos esses indicadores ficaram acima da média nacional, que foi de 1,1% entre março e abril, com ajuste sazonal.

Abaixo da média nacional, apareceram São Paulo, com ampliação de 1% na produção da indústria e quarta taxa positiva consecutiva, Minas Gerais (0,6%) e Santa Catarina (0,5%). No terreno negativo, figuraram Bahia (-11%), região Nordeste (-5,1%) e Amazonas (-5%).

Considerando o comparativo com abril de 2008, as 14 áreas analisadas pelo IBGE registraram baixa na atividade fabril. "Além da elevada base de comparação, abril de 2009 possui um dia útil a menos que abril de 2008", explicou o organismo.

Com queda de dois dígitos no quarto mês deste ano em relação a intervalo equivalente do exercício passado, ficaram Espírito Santo (-26,7%), Minas Gerais (-21,6%), Amazonas (-21,1%) e Bahia (-20,4%). Também se enquadram nesse caso Santa Catarina (-17,8%), São Paulo (-16,2%), Rio Grande do Sul (-15,2%) e Região Nordeste (-15,6%). A produção industrial brasileira declinou 14,8% nesse tipo de comparação. (Valor Online)