terça-feira, 8 de setembro de 2009

Brasil usa criatividade e inventividade de seu povo e sempre supera crises com mais produtividade e competitividade

Crise terá impacto positivo na competitividade do Brasil, diz pesquisa

(Postado Poe Laerte Teixeira da Costa) O Brasil sempre foi muito criativo nas crises com reflexos diretos na nossa competitividade. Sobrevivemos à primeira crise do petróleo com o pró-alcool, o que nos deu uma dianteira na produção de energia sustentável até hoje. As décadas perdidas de 80 e 90 serviram para que melhorássemos a produção industrial, notadamente, na indústria automobilística. E com o Plano Real conseguimos consolidar vários avanços tecnológicos com reflexos no aumento de produtividade e, infelizmente, com reflexos também no nível de emprego. Temos que estar atentos a este aumento de produtividade e de competitividade e investir com mais seriedade no treinamento e requalificação de nossa mão de obra. Senão corremos o risco de um apagão de mão-de-obra ou do aumento do desemprego para as faixas menos favorecidas. Temos uma enorme tarefa pela frente que é distribuir rendas e distribuir oportunidades de sobrevivência, de acesso ao emprego e à educação.

Leia mais: Levantamento do Fórum Econômico Mundial coloca Brasil antes de Índia e China.

Um levantamento do Fórum Econômico Mundial, em parceria com a Fundação Dom Cabral, aponta o Brasil como país que melhor sairá da crise financeira mundial, em termos de competitividade.
A pesquisa, realizada com 16 economistas de todo o mundo, foi divulgada nesta terça-feira, como um anexo ao Relatório de Competitividade Global 2009.
Os especialistas avaliaram se a atual crise terá um impacto negativo (nota zero) ou positivo (nota sete) sobre um grupo de 37 países.
O Brasil obteve a melhor média, seguido de Índia, China, Austrália e Canadá. Ou seja, para os economistas entrevistados, a crise financeira terá um impacto positivo sobre esses países.
'Destaque' — "O Brasil é o grande destaque do relatório este ano", diz o professor Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral e coordenador da pesquisa no país.
Segundo ele, os economistas entrevistados - que inclui acadêmicos e profissionais de mercado - viram de forma positiva a reação do governo brasileiro à crise econômica.
"O fato de as medidas terem priorizado o consumo interno, considerado um ponto forte do país, foi muito bem interpretado pelos economistas", diz Arruda.
Segundo ele, o Brasil foi o único país da pesquisa a receber uma nota sete de um dos entrevistados.
O Relatório de Competividade Global 2009, divulgado anualmente, mostra que o Brasil subiu oito pontos em um ranking com 133 economias, conquistando a 56ª colocação.
Segundo Arruda, o Brasil registrou melhorias nos quesitos de estabilidade econômica e sofisticação do mercado financeiro, ambos com ganho de 13 posições.
O professor lembra, no entanto, que o país continua obtendo avaliações negativas em estabilidade econômica (109º lugar), em função principalmente dos juros cobrados pelos bancos no país.
As melhores colocações do país são em tamanho de mercado (9ª posição) e em sofisticação empresarial (32º lugar), que leva em consideração fatores como a qualidade da cadeia produtiva. (Estadão)

DIAP divulga lista dos “Cabeças” do Congresso Nacional de 2009

É uma alegria muito grande a gente constatar que além do deputado Roberto Santiago, nosso vice-presidente, que a lista dos cem parlamentares mais influentes traz outros sindicalistas, como é o caso de Vicentinho, ligado à CUT e Paulinho, ligado à Força Sindical. O que mostra que os representantes dos trabalhadores no Congresso estão lá para trabalhar a nosso favor e trabalham. A ponto de conseguir tal destaque que muito nos honra.

Leia mais:

Publicação, que está na 16º edição, traz a lista dos "Cabeças", os parlamentares "em ascensão", e, ainda os critérios e metodologias adotados para escolha dos parlamentares. O deputado Roberto Santiago (PV-SP), vice-presidente da UGT está entre os cem parlamentares mais influentes do Congresso Nacional.

1.Definição e lista dos "Cabeças"

Os "Cabeças" do Congresso Nacional são, na definição do DIAP, aqueles parlamentares que conseguem se diferenciar dos demais pelo exercício de todas ou algumas das qualidades e habilidades aqui descritas.

Entre os atributos que caracterizam um protagonista do processo legislativo , destacamos a capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações, seja pelo saber, senso de oportunidade, eficiência na leitura da realidade, que é dinâmica, e, principalmente, facilidade para conceber idéias, constituir posições, elaborar propostas e projetá-las para o centro do debate, liderando sua repercussão e tomada de decisão.

Enfim, é o parlamentar que, isoladamente ou em conjunto com outras forças, é capaz de criar seu papel e o contexto para desempenhá-lo.

Lista dos "Cabeças" 2009 por estado

São Paulo

Deputados

Aldo Rebelo (PCdoB)

Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB)

Antônio Carlos Pannunzio (PSDB)

Antônio Palocci (PT)

Arlindo Chinaglia (PT)

Arnaldo Faria de Sá (PTB)

Arnaldo Jardim (PPS)

Arnaldo Madeira (PSDB)

Cândido Vaccarezza (PT)

José Aníbal (PSDB)

José Eduardo Cardozo (PT)

Luiza Erundina (PSB)

Márcio França (PSB)

Michel Temer (PMDB)

Paulo Pereira da Silva (PDT)

Regis de Oliveira (PSC)

Ricardo Berzoini (PT)

Roberto Santiago (PV), vice-presidente da UGT

Vicentinho (PT)

Senadores

Aloizio Mercadante (PT)

Eduardo Suplicy (PT)

Demais estados:

Acre

Senadores

Geraldo Mesquita Júnior (PMDB)

Marina Silva (PV)

Tião Vianna (PT)

Alagoas

Senador

Renan Calheiros (PMDB)

Amapá

Senador

José Sarney (PMDB)

Amazonas

Senador

Arthur Virgílio (PSDB)

Bahia

Deputados

ACM Neto (DEM)

Daniel Almeida (PCdoB)

José Carlos Aleluia (DEM)

Jutahy Júnior (PSDB)

Sérgio Barradas Carneiro (PT)

Ceará

Deputado

Ciro Gomes (PSB)

Senadores

Inácio Arruda (PCdoB)

Tasso Jereissati (PSDB)

Distrito Federal

Deputados

Magela (PT)

Rodrigo Rollemberg (PSB)

Tadeu Filippelli (PMDB)

Senadores

Cristovam Buarque (PDT)

Gim Argello (PTB)

Espírito Santo

Deputada

Rita Camata (PMDB)

Senador

Renato Casagrande (PSB)

Goiás

Deputados

Jovair Arantes (PTB)

Sandro Mabel (PR)

Ronaldo Caiado (DEM)

Senador

Demóstenes Torres (DEM)

Maranhão

Deputado

Flávio Dino (PCdoB)

Mato Grosso do Sul

Senador

Delcídio Amaral (PT)

Minas Gerais

Deputados

Gilmar Machado (PT)

Mário Heringer (PDT)

Paulo Abi-Ackel (PSDB)

Rafael Guerra (PSDB)

Virgílio Guimarães (PT)

Pará

Deputado

Jader Barbalho (PMDB)

Senador

José Nery (PSol)

Paraná

Deputados

Abelardo Lupion (DEM)

Dr. Rosinha (PT)

Gustavo Fruet (PSDB)

Luiz Carlos Hauly (PSDB)

Ricardo Barros (PP)

Senador

Osmar Dias (PDT)

Pernambuco

Deputados

Armando Monteiro (PTB)

Fernando Ferro (PT)

Inocêncio Oliveira (PR)

Maurício Rands (PT)

Pedro Eugênio (PT)

Roberto Magalhães (DEM)

Senadores

Jarbas Vasconcellos (PMDB)

Marco Maciel (DEM)

Sérgio Guerra (PSDB)

Piauí

Senador

Heráclito Fortes (DEM)

Rio de Janeiro

Deputados

Antônio Carlos Biscaia (PT)

Brizola Neto (PDT)

Chico Alencar (PSol)

Eduardo Cunha (PMDB)

Fernando Gabeira (PV)

Miro Teixeira (PDT)

Rodrigo Maia (DEM)

Senador

Francisco Dornelles (PP)

Rio Grande do Norte

Deputado

Henrique Eduardo Alves (PMDB)

Senadores

Garibaldi Alves (PMDB)

José Agripino Maia (DEM)

Rio Grande do Sul

Deputados

Beto Albuquerque (PSB)

Eliseu Padilha (PMDB)

Henrique Fontana (PT)

Ibsen Pinheiro (PMDB)

Marco Maia (PT)

Mendes Ribeiro Filho (PMDB)

Onyx Lorenzoni (DEM)

Pepe Vargas (PT)

Vieira da Cunha (PDT)

Senadores

Paulo Paim (PT)

Pedro Simon (PMDB)

Roraima

Senador

Romero Jucá (PMDB)

Santa Catarina

Deputados

Fernando Coruja (PPS)

Paulo Bornhausen (DEM)

Vignatti (PT)

Senadora

Ideli Salvatti (PT)

Tocantins

Deputado

Eduardo Gomes (PSDB)

Senadora

Kátia Abreu (DEM)

Mercado ainda resiste a cota para deficientes

Lei que determina que as empresas contratem percentual mínimo de pessoas com deficiência completa 18 anos sem trazer consenso. Sindicatos e organizações querem vê-la aplicada, empresários defendem modificações e deficientes continuam sem trabalho.
Mesmo chegando à maioridade, a Lei de Cotas para contratação de pessoas portadoras de deficiência nas empresas ainda está longe de gerar consenso. Sindicatos e organizações afirmam que a lei tem de sair do papel, entidades empresariais defendem uma ampla reformulação em seu conteúdo e, enquanto isso, uma parcela relevante dos deficientes no país continua sem trabalho.
A Lei de Cotas (artigo 93 da lei 8.213, de julho de 1991) diz que empresas com mais de cem funcionários têm que contratar um percentual mínimo de deficientes, de 2% a 5% de seus quadros, de acordo com seu porte. Apesar de sujeitas a multa, são raras as empresas que cumprem essa determinação.
Segundo levantamento do Espaço da Cidadania, a partir de dados do Ministério do Trabalho e Emprego, a média de cumprimento da lei no país em 2008 foi de apenas 15,4%. Em São Paulo, Estado com o maior índice de cumprimento, esse número chega a 39,7%. Em Santa Catarina, na Paraíba e em Roraima, fica abaixo de 3,5%.
Embora a lei seja considerada um avanço no processo de inclusão dos deficientes na sociedade, os números mostram que seu objetivo ainda está longe de ser alcançado.
Os motivos geram controvérsia. Há quem afirme que a falta de informação e o preconceito ainda são os grandes empecilhos para que as empresas contratem mais deficientes. E há quem alegue que faltam profissionais no mercado de trabalho, sobretudo os com alguma qualificação.
"O grande problema é que ainda existe muita desinformação sobre o potencial da pessoa portadora de deficiência em trabalhar, inclusive em cargos executivos. Se as empresas concentrassem os esforços que gastam em recorrer das multas na inclusão dessas pessoas, poderíamos duplicar os deficientes empregados no país nos próximos cinco anos", diz Carlos Aparício Clemente, dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região e coordenador de várias publicações sobre o tema.
"Não há profissionais com deficiência disponíveis no mercado de trabalho para cumprir as cotas. Isso é muito claro", rebate o gerente-executivo de Relações do Trabalho da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Emerson Casali. Ele atribui essa situação a um conjunto de motivos: o grande número de aposentados por invalidez e de deficientes que preferem receber os benefícios de prestação continuada a trabalhar, a preferência pelas vagas no setor público, em que a média salarial é mais elevada, e, principalmente, a diferença entre o que a Lei de Cotas e o que o IBGE, responsável pelas estatísticas oficiais, consideram como pessoa portadora de deficiência. "Os critérios da lei são muito mais rígidos do que os do IBGE. Isso responde, sozinho, por uma diferença de milhões de trabalhadores", diz Casali.
Falta de qualificação — Os representantes das empresas alegam ainda que a falta de qualificação desse trabalhador é um sério problema, motivo pelo qual defendem que o período de treinamento e capacitação do deficiente em organizações especializadas, patrocinado pela companhia, deveria ser contabilizado para efeito de cumprimento da lei.
"A qualificação é o maior problema. O que vemos no mercado é uma verdadeira disputa entre as empresas para contratar um deficiente qualificado, quase uma "pirataria'", aponta o superintendente de Relações de Trabalho da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Magnus Ribas Apostólico. (Leia mais na Folha)

Bancos Centrais vão criar regras mais rígidas para o sistema financeiro

Os presidentes dos 27 principais bancos centrais e reguladores do mundo concordaram no domingo em criar regras mais rígidas para o setor, a fim de fortalecer a indústria bancária e evitar mais quebras de instituições financeiras. O acordo foi fechado quase um ano depois do colapso do banco de investimentos Lehman Brothers, que acabou provocando o agravamento da crise global.

O Comitê da Basileia determinou que os bancos terão de melhorar a qualidade de seu capital. As instituições financeiras também terão de estabelecer maneiras de elevar suas reservas quando a economia estiver em expansão.

Segundo o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, o sentimento entre os presidentes dos bancos centrais reunidos em Basileia, na Suíça, em paralelo ao encontro do G-20 em Londres, era de um otimismo maior, mas também de cautela. Trichet acrescentou que uma grande parte da economia global provavelmente não está mais em queda livre, e os indicadores mais recentes têm ficado acima do esperado.

Os presidentes dos BCs afirmaram, nesta segunda-feira, que novas regras globais para a supervisão do setor bancário devem ajudar a aliviar ciclos de altos e baixos e a prevenir a formação de bolhas de ativos.

Ainda de acordo com Trichet, que presidiu conversas sobre a economia global no Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), a perspectiva para a economia global melhorou, mas que os responsáveis pela política monetária não podem se dar ao luxo de serem complacentes e que pressionaria por reformas a fim de fortalecer o sistema financeiro.

- Nós precisamos preparar o caminho para retirar todas as lições do que observamos no passado e evitar precisamente os fenômenos de altos e baixos que temos notado - disse Trichet, resumindo as discussões. - Nós (precisamos) evitar esses tipos de bolhas, falta de atenção aos riscos, riscos anormais sendo tomados, preparando o caminho para bolhas anormais de crédito e ativos. (Leia mais em O Globo)

Unctad não vê recuperação rápida da economia global

Economistas das Nações Unidas disseram nesta segunda-feira que não haverá uma recuperação rápida da recessão global e alertaram que qualquer movimento para retirar rapidamente os programas de estímulos governamentais pode fazer a crise piorar.

Em seu relatório anual, a agência de comércio e desenvolvimento da ONU, a Unctad, também pediu pela criação de um novo sistema mundial de reserva, utilizando várias moedas em lugar de apenas o dólar norte-americano, e por controles mais rigorosos nos fluxos financeiros internacionais.

"A probabilidade de uma recuperação nos principais países desenvolvidos, que seria suficiente para trazer a economia mundial de volta ao ritmo de crescimento pré-crise nos próximos anos. é bastante baixa", diz o documento.

Em uma entrevista coletiva, o secretário-geral da Unctad, Supachai Panitchpakdi, e o assessor-sênior Heiner Flassbeck declinaram de sugerir que sinais de recuperação, chamados de "green shoots", têm emergido das economias ricas este ano.

"Nós não vemos nenhuma retomada real", disse Supachai, ex-presidente da Organização Mundial do Comércio (OMC), tendo sido também uma vez vice-primeiro-ministro da Tailândia. "Não há nenhum sinal de fortalecimento dos fatores econômicos."

As conclusões da Unctad seguem contra pesquisas e dados econômicos recentes que sugerem que as economias dos Estados Unidos e Europa podem estar recuperando-se, enquanto o setor manufatureiro da China também está acelerando sua velocidade.

"A alta sincronizada em uma ampla faixa de mercados que normalmente não se movem na mesma direção mostra que o que nós temos visto no primeiro semestre do ano é determinado por especulação", disse Flassbeck a jornalistas.

"O que está acontecendo é especulação de uma recuperação, uma tentativa de antecipar a retomada. Mas é uma ficção, ainda não está aí", disse. "Seria bastante perigoso se os governos começassem a falar sobre estratégias de retirada das políticas de estímulo."

O relatório de 181 páginas de 2009 da Unctad é sua principal publicação anual e diz que o que a agência chama de inverno econômico está longe de acabar. (Leia mais em O Globo)