quinta-feira, 17 de setembro de 2009

UGT reivindica junto ao governo mais crédito para setores de comércio e serviços para ajudar a superar a crise

Sindicalistas, empresários e economistas cobram mais ações do governo
O que fiz questão de ressaltar, em nome da UGT, que represento no Conselho, foi que ainda precisam ser adotadas algumas medidas urgentes para confirmar a superação da crise. Até o momento, os grandes beneficiados foram os banqueiros privados e a indústria. É a hora de se oferecer crédito aos serviços e comércio para garantir aos pequenos e micro empresários, os grandes geradores de emprego do País, mais facilidade pois eles se mantiveram firmes e ajudaram o Brasil a superar a crise. É preciso olhar para toda a cadeia produtiva, internamente. E do lado de fora, ajudar o Brasil a se posicionar em relação às grandes questões que já preocupam o mundo como é a regulamentação bancária e o excesso de ousadia que já se percebe em alguns setores especuladores. Se a gente deixar esse pessoal vender sonhos, vamos colher pesadelos novamente.

Leia mais: O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, afirmou durante a reunião do extraordinária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) que a crise econômica atingiu principalmente o crédito, sem os bancos oficiais o país não teria saído da crise. Segundo ele, a indústria já foi beneficiada com crédito, chegou o momento de olhar para outros setores.
- Precisamos valorizar o comércio, chegar o crédito ao comércio e serviços - disse.
O economista-chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcelo Néri, cobrou uma política para o setor de serviços, que é o grande empregador da população brasileira e do mundo. Ao avaliar do ponto de vista social a crise econômica, ele disse que a classe média (a classe C) subiu 2,5% até julho deste ano.
- As periferias foram as que menos sofreram com a crise - disse ele.
Já o presidente da Federação das Indústrias do Paraná, Hermes de Luna, disse que o país superou a parte aguda da crise quando houve numa atenção ao crédito. Para ele, a questão do câmbio é crucial a partir de agora. No entanto, ele chamou atenção também para um terceiro aspecto, a inovação tecnológica.
- Devemos estimular a inovação, as melhorias de produtos, o plano de ciência e tecnologia - destacou. (Leia mais em O Globo)

Lupi: geração de empregos foi recorde para agosto
O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse hoje, ao comentar o resultado da geração de empregos formais em agosto, que há uma recuperação generalizada dos empregos na economia brasileira. Em agosto, segundo ele, a criação de 242.126 postos de trabalho formais foi recorde para o mês na série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), iniciada em 1992.
De acordo com os dados do Caged, o setor de serviços criou 85,6 mil postos formais, o segundo melhor resultado da série para o mês e o melhor do ano. Já a indústria gerou 66,6 mil vagas, também o melhor resultado de 2009 e o segundo melhor da série para o mês. O comércio registrou 56,8 mil novas vagas, um recorde da série para agosto, com destaque para o setor varejista, que registrou 47,3 mil novos empregos. A construção civil criou 39,9 mil postos, resultado recorde para o setor em toda a série do Caged, enquanto a administração pública criou 3,3 mil vagas, o segundo melhor resultado para agosto.
Somente a agricultura registrou queda na geração de empregos formais no mês. Segundo o ministro, isso ocorreu em função de fatores sazonais no Centro-Sul do País, relacionados à entressafra de produtos agrícolas, como o café.
Indústria -- Lupi afirmou ainda que a indústria deverá registrar resultados positivos recordes de geração de empregos formais nos meses de setembro a novembro. Segundo ele, já no resultado de setembro, o emprego formal industrial vai entrar em terreno positivo no acumulado do ano e fechar 2009, mesmo com a tradicional queda de dezembro, com criação de vagas. Para o ministro, as indústrias, no momento mais agudo da crise, se precipitaram ao demitir e, atualmente, estão praticamente sem estoques, o que as levará a contratar novos funcionários. Isso deve puxar a geração de empregos formais no setor. Ao ser questionado sobre se seria importante manter a desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, Lupi disse que o setor não teve sensibilidade e cortou vagas na crise. Agora, uma eventual renovação do benefício fiscal dependeria de uma análise do comportamento do segmento na geração de empregos.(Mais informações no Estadão)

CCJ da Câmara aprova legalização de bingos e casas de jogos
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou por 40 votos a 7 a legalização de bingo e videopôquer (máquinas caças-níqueis) dentro das casas de bingo. O texto aprovado não inclui os cassinos. O projeto será votado pelo plenário da Câmara antes de ir para o Senado. Os jogos de bingo e as máquinas caça-níqueis estão proibidas no Brasil desde 2004. (Você concorda com a liberação dos bingos?)
Em uma votação acalorada, deputados favoráveis ao projeto de lei alegaram que a atividade já existe e que é preciso legalizá-la, o que vai gerar empregos e mais recursos para o governo. Já os contrários argumentaram, principalmente, que o jogo de azar está frequentemente ligado ao crime e a lavagem de dinheiro.
Criminalizar o jogo não resolve porque o jogo é da natureza humana. Jogar não é crime
"- Criminalizar o jogo não resolve porque o jogo é da natureza humana. Jogar não é crime. Se jogar não é crime, temos que discutir a regulamentação desta atividade. Não vamos esconder o sol com a peneira. (Senão) a Câmara fica corresponsável pela regulamentação do faz de conta - defendeu o deputado José Genoino (PT-SP), que votou a favor.
No texto aprovado, 17% do imposto cobrado para exploração da atividade seria destinado a fundos sociais, sendo 1% para a educação, 1% para cultura, 1% para esportes e segurança pública e 14% para saúde. Casas de bingos deverão também ficar a uma distância mínima de 500 metros de escolas e templos religiosos. Deve ser regulamentado também um cadastro nacional de jogadores. (Leia mais em O Globo)

Encomendas por Sedex são suspensas por conta da greve dos Correios
No primeiro dia da greve dos funcionários dos Correios, a empresa decidiu suspender temporariamente os serviços de entrega rápida (Sedex 10 e Sedex Hoje) e de coleta domiciliar (Disque-Coleta). A greve, porém, poderá terminar nesta quinta-feira, segundo a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), que apresentou nova proposta ao comando de negociação do movimento.
A g reve dos Correios, que começou à meia-noite de terça-feira, teve adesão quase total no país. Dos 35 sindicatos da categoria, 33 aderiram ao movimento.
Na quarta-feira, quem foi às agências recebeu atendimento, mas ficou sem saber quando a correspondência chegará ao destinatário: enquanto o sindicato da categoria (Fentect-RJ) informa que o setor de entrega está parado, os Correios dizem que a paralisação está restrita a uma parcela dos empregados dos centros de tratamento de cartas e de distribuição.
Se a proposta dos Correios for aprovada pela Fentect, será levada para votação nos sindicatos. O diretor de Recursos Humanos da ECT, Pedro Magalhães, disse que ficou acordado que o ponto dos trabalhadores não será cortado e que eles voltarão ao serviço na sexta-feira.
A proposta consiste em aumento salarial de 9%, válido para 2009 e 2010, retroativo a agosto, além de reajuste linear de R$ 100 sobre o piso do salário da categoria, que é de R$ 620, a partir de janeiro. (Leia mais em O Globo)

Brasil caminha para se tornar exportador de petróleo, diz Lobão
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, durante coletiva após cerimônia de lançamento das regras de exploração do pré-sal, em agosto. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta quarta-feira (16) que a descoberta do petróleo na camada pré-sal poderá levar o Brasil a se tornar exportador do produto. Ele participa de uma audiência nas Comissões de Minas e Energia e Desenvolvimento Econômico na Câmara dos Deputados. “O Brasil caminha para se tornar exportador de petróleo. Com os recursos do pré-sal, o Brasil tem condições de se tornar importante ator da geopolítica internacional”, afirmou o ministro. Lobão destacou a possibilidade de crescimento da produção nacional nos próximos anos. Segundo o ministro, sem o pré-sal, as reservas brasileiras atenderiam o consumo interno por no máximo 20 anos. Com a descoberta, o Brasil teria petróleo por mais 50 anos. De acordo com Lobão, o Brasil deverá ser em breve o oitavo país em número de reservas de petróleo. Ele destacou que daqui a dez anos o Brasil poderá estar produzindo 3,8 milhões de barris por dia, quase o dobro da produção atual. Isto abriria a possibilidade da exportação. Ele destacou o trabalho da Petrobras na descoberta das reservas. “A tecnologia da Petrobras é invejável no mundo inteiro. Nenhum país avançou tanto como o Brasil, por causa da Petrobras”. Ele destacou que o trabalho da estatal foi importante para tornar o país autosuficiente e agora auxiliará o Brasil a se tornar exportador.
Projetos -- Lobão fez aos deputados um resumo dos projetos apresentados pelo governo. Ele defendeu a mudança do modelo de concessão para partilha de produção. Lobão destacou que dos 24 maiores produtores de petróleo, 16 adotam o regime de partilha, o que seria equivalente 80% da produção mundial. Sobre a criação da Petro-Sal, ele declarou que a intenção é que o governo tenha mais informações sobre a exploração do petróleo. Ele destacou que a Agência Nacional de Petróleo (ANP) continuará com diversas funções, atuando como reguladora da produção. O ministro destacou também a importância da criação do fundo social para evitar a chamada “doença holandesa”, quando o excesso de dólares resultantes da exploração de petróleo enfraquece outros setores da economia. O fundo poderá fazer investimentos no Brasil e no exterior. Ele defendeu também a capitalização da Petrobras. Disse que a empresa precisará de mais recursos para poder investir no pré-sal. A capitalização permitiria ainda a obtenção de mais financiamentos para viabilizar a exploração. (Leia mais no G1)