sexta-feira, 2 de outubro de 2009

UGT ajuda seus sindicatos filiados a se mobilizar em várias frentes simultaneamente, para buscar mais qualidade de emprego e de vida para todos

Secretaria da Saúde da UGT discute planos de saúde

(Postado por Cleonice Caetano Souza, Secretária de Saúde e Segurança no Trabalho da UGT) — Encerra hoje, em Porto Alegre, a Oficina de Formação para dirigentes Sindicais na Área da Saúde Suplementar promovida pela UGT. Apesar de a UGT defender a saúde pública, é crescente o número de empresas que adotam planos de saúde e é importante que os sindicatos estejam preparados para que os planos oferecidos aos trabalhadores estejam de acordo com a legislação e que garantam, de fato, à família do trabalhador o apoio de qualidade que é prometido. No evento foi mostrado para as lideranças sindicais presentes que não se trata de a empresa “dar” planos de saúde, como os empresários gostam de afirmar, mas que a saúde complementar faz parte de negociações coletivas e que os trabalhadores e seus sindicatos devem ser amplamente ouvidos. E estabelecer critérios em que o atendimento com qualidade seja um dos principais fatores de se adotar ou não o plano. Discutimos, também, uma espécie de portabilidade dos planos de saúde das empresas, para permitir aos trabalhadores escolher os planos que mais se ajustem às suas necessidades. E insistimos que se estabeleçam nas convenções coletivas a obrigatoriedade de se aceitar atestados de saúde do SUS, dos respectivos departamentos médicos dos sindicatos, além do fornecido pelo plano de saúde contratado. Porque muitas empresas só aceitam atestados emitidos pelos planos de saúde contratados por elas.

Coletivo de Mulheres da UGT participa de Seminário de Igualdade de Oportunidades e Não-Discriminação das Relações do Trabalho que também se encerra hoje e que foi promovido pela Organização Internacional do Trabalho, Dieese e Inspir (Instituto Sindical Interamericano pela promoção de Igualdade Racial)

Leia as notícias do dia:

Indústria brasileira continua em expansão, mostra PMI

A atividade industrial brasileira continuou a apresentar expansão em setembro, como mostrou o Índice Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), que marcou 52,3 pontos no mês passado, o nível mais alto desde julho de 2008.

Na apuração de agosto, o indicador tinha marcado 50,6 pontos, o que já significava um retorno do setor à situação de expansão, pela primeira vez em quase um ano. Pela metodologia do PMI, o nível dos 50 pontos marca a estabilidade da indústria, dividindo uma situação de crescimento, de uma situação contração da indústria.

O indicador referente ao Brasil é elaborado pela empresa internacional de pesquisas Markit Economics em parceria com o HSBC, e abrange cinco componentes que compõem a atividade: novos pedidos, produção, emprego, prazo de entrega dos fornecedores e estoque de insumos.

"O número de setembro do índice de gerentes de compras (PMI) HSBC revela um setor industrial em inquestionável aceleração e elevação em todos os seus componentes", afirmou o economista-chefe do HSBC no Brasil, Andre Loes.

O instituto destacou o acelerado crescimento do volume de novos pedidos e da produção, além do avanço do emprego na indústria pela primeira vez em um ano. Outro fator de destaque foi a alta da inflação de preço de insumos, depois de sete meses de queda de custos.

"Pela primeira vez desde janeiro, os fabricantes relataram custos mais altos de compra. A inflação foi sólida e a mais acentuada desde dezembro último. Os gastos maiores com matéria-prima, especialmente com aço, sustentaram o aumento", disse o instituto, em nota. (Leia mais em O Globo)

Rendimento médio do trabalhador teve correção de 2,6% acima da inflação em 2008, diz Ipea

Estudo apresentado nesta quinta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que o rendimento real médio do trabalhador brasileiro atingiu, em 2008, R$ 944,38, o patamar mais elevado desde 2001.

A constatação foi feita a partir da análise da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outra conclusão do Ipea é que o rendimento real médio do trabalhador, incluindo os ocupados remunerados e os não remunerados e considerando todas as fontes, cresceu 2,6% de 2007 para 2008

Os maiores ganhos foram observados entre a parcela de trabalhadores que tem pelo menos o ensino médio completo. Neste caso, o incremento médio foi de 8,5%.

De acordo com o técnico do Ipea Carlos Henrique Corseuil, esse panorama confirma a hipótese de aumento na demanda por trabalho no período, já evidenciada pelos dados relativos à taxa de desemprego, que apresentou em 2008 o menor percentual da década: 7,2%. Foi também a maior queda desde 2001. Segundo Corseuil, esse conjunto de dados aponta que o desempenho do mercado de trabalho, no ano passado, foi "bastante satisfatório", impulsionado pelo aquecimento na produção.

- Às vezes, a taxa de desemprego cai porque encolheu a população no mercado em busca de trabalho. Mas, com esses números, vemos que o pessoal não saiu para a inatividade. O que explica esse movimento é realmente o aumento na ocupação, na demanda de trabalho, puxado pelo aquecimento da produção. E o aumento da renda só corrobora isso. Podemos dizer que a economia brasileira atingiu em 2008 o seu melhor momento da década - afirmou.

O técnico do Ipea destacou que outro número que confirma essa fase favorável é o referente à taxa de informalidade, que registrou, no ano passado, 49,4%, também o menor nível desde 2001.

Conselho do FGTS eleva limites do programa Minha Casa

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), em reunião extraordinária realizada hoje, aprovou o aumento do teto de financiamento de programas habitacionais no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida. Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o teto de financiamento em cidades com mais de 250 mil habitantes passou de R$ 80 mil para R$ 100 mil.
Além disso, o Conselho Curador ampliou para todas as cidades com mais de um milhão de habitantes o limite de financiamento de R$ 80 mil para R$ 130 mil. Antes, apenas moradores do Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro poderiam ter acesso a um financiamento, no âmbito do programa, de R$ 130 mil.
Outra medida aprovada hoje é que, a partir de janeiro de 2010, todas as capitais terão esse teto de financiamento de R$ 130 mil. Lupi explicou que a mudança foi necessária devido à disparidade de preços de uma cidade para outra. Ele negou que o aumento do teto do programa Minha Casa, Minha Vida seja eleitoreiro. Para ele, essa é uma demanda da população e será atendida independente de eleições.
O Conselho Curador do FGTS também decidiu elevar de 30% para 100% a participação que o FI-FGTS (Fundo de Investimento do FGTS) pode ter em um empreendimento gerido pela Caixa Econômica Federal. Segundo o ministro do Trabalho, a maior participação do FGTS nesses investimentos não trará risco ao fundo. "O risco é zero. A Caixa garantirá 100%", disse o ministro. (Leia mais no Estadão)

Bancários retomam negociação com Fenaban no 8º dia de greve

Além de exigirem 10% de reajuste salarial, grevistas reinvidicam fim do assédio moral e das metas abusivas

Ao entrar no oitavo dia de paralisação representantes do Comando Nacional dos Bancários reiniciaram nesta quinta-feira, 1, as negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). De acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a reunião é a primeira depois do início da greve e ocorre a portas fechadas, sem horário definido para terminar. Ainda nesta quinta, os bancários fazem uma nova assembleia na quadra do sindicato, para decidir sobre a paralisação.

Até esta última quarta-feira, 38.950 bancários haviam aderido paralisação, em 770 locais de trabalho. Foram fechadas agências, prédios administrativos de bancos públicos e privados, além de empresas financeiras terceirizadas. Em todo o país, há 465 mil bancários, dos quais 134 mil fazem parte do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Os bancários reivindicam 10% de reajuste salarial, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850. Os trabalhadores também querem a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de uma cláusula de proteção ao emprego em caso de fusão. Os bancários exigem ainda o fim do assédio moral e das metas abusivas. (Leia mais no Estadão)

EMPREGOS
SHOPPINGS DE SÃO PAULO ABREM 6.700 VAGAS
Lojistas de 11 estabelecimentos esperam contratar 6.700 funcionários temporários para atender ao aumento da demanda causado pelas festas de fim de ano. A previsão para o restante do país também é positiva, segundo levantamento feito pela Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings), que prevê a geração de 130 mil postos temporários. Na capital, as maiores oferta de vagas são no Centro Comercial Aricanduva (zona leste), que pretende contratar 1.600 novos funcionários, e no Shopping Interlagos (zona sul), que prevê 1.000 contratações. Segundo os lojistas, há chance de efetivação. (Folha)

Daqui a 20 anos, Brasil será um país de muito idosos, com 80 anos ou mais

A forte e rápida queda na taxa da fecundidade vai fazer a pirâmide etária virar de cabeça para baixo. A população muito idosa (80 anos ou mais) vai crescer 6% ao ano, quando a população total brasileira começa a diminuir, em 2030. Esses cálculos foram feitos pela pesquisadora Ana Amélia Camarano do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ao se debruçar nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/2008) , divulgada no fim do mês passado.

- Nos anos 80, projetávamos que a população brasileira chegaria a 200 milhões no ano 2000. Com a queda na taxa de fecundidade, atualmente em 1,8 filho por mulher, devemos alcançar esse número em 2020. E se a fecundidade continuar caindo, talvez nem chegue a isso - disse Ana Amélia ao divulgar o estudo.

Como mostra reportagem de Cássia Almeira, publicada na edição desta sexta-feira do Globo, a população brasileira atual é de 190 milhões. Deve chegar a 206,8 milhões em 2030, caindo para 204,7 milhões dez anos depois. Nesse futuro próximo, a população de 80 anos ou mais já estará crescendo 6% ao ano (atualmente aumenta 4% por ano). Enquanto isso, a faixa entre 15 a 29 anos começa a diminuir já no ano que vem. (Leia mais em O Globo)