quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Trabalhadores em prestaão de serviços se antecipam ao fim da crise e realizam seminário para discutir as saídas que nos interessam

Começa hoje e vai até o dia 30 o Encontro Nacional dos Trabalhadores em Prestação de Serviços, em Florianópolis, Santa Catarina

(Postado por Moacyr Pereira, presidente do Siemaco-SP e da Fenascon) — Com a participação de lideranças, sindicatos e entidades sindicais de 15 estados, da UGT, da Força e da CUT, começamos hoje o Encontro Nacional dos Trabalhadores em Prestação de Serviços com grande expectativa e com o apoio institucional da UGT. Os palestrantes são de altíssimo nível e foram convidados para ajudar os trabalhadores em prestação de serviços a se organizar de maneira consciente para superar a crise que pegou a todos de surpresa e que deixou um alto custo para os trabalhadores de todas as categorias, principalmente, com a perda de empregos e de rendimentos. Agora, começamos a superação e a presença de Márcio Pochmann, presidente do IPEA, nos ajudará a nos preparar para os próximos anos, que além de ter uma eleição para a presidente e para governador, vai ser muito importante por mudar a composição do Congresso Nacional e das Assembléias Legislativas. Portanto, precisamos estar muito bem preparados. Teremos também palestra com Paulo Sérgio Muçouçah, da Organização Internacional do Trabalho, que discutirá com a gente o trabalho decente e sobre a juventude no Brasil. Vamos interagir ainda com o deputado federal Roberto Santiago, vice-presidente da UGT, que falará sobre a Agenda Legislativa e Sindical. Portanto, os trabalhadores em prestação de serviços se antecipam ao fim da crise e se preparam para os próximos anos em que teremos, ao lado da UGT, cada vez mais voz ativa, com mais carteiras de trabalho em mãos e fazendo uso do nosso titulo de eleitor. O Encontro foi organizado pela Fenascon e Contrapres e tem o apoio institucional da UGT

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Bancos elevam juros cobrados ao consumidor após 10 meses de queda

Possibilidade de alta da taxa Selic no próximo ano já encarece taxa de empréstimos bancários neste mês

A possibilidade de o Banco Central (BC) elevar a taxa básica de juros (Selic) em 2010 já começa a se refletir no bolso do consumidor. Divulgado ontem pelo BC, um levantamento preliminar referente aos primeiros dias de outubro revela que os bancos estão pagando mais para obter dinheiro no mercado e passaram a cobrar mais dos clientes. É a primeira vez em dez meses que a taxa sobe.
Ao mesmo tempo, os bancos aumentaram a margem nos financiamentos - spread bancário - e os clientes estão tomando mais crédito em linhas caras, como o cartão de crédito e o cheque especial. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que é "quase" um assalto a taxa para o cheque especial e o cartão de crédito (ver ao lado).
Na média dos empréstimos para as pessoas físicas, o juro subiu de 43,6% ao ano em setembro para 46% em 13 de outubro. Antes dessa alta, o governo comemorava porque, no mês passado, a taxa ao consumidor estava no menor nível da série iniciada em julho de 1994. Nos empréstimos a empresas, a elevação foi menor: de 26,3% para 26,4% no mesmo período.
Parte do aumento é consequência da expectativa do mercado financeiro de que a Selic poderá subir em 2010, em reação à economia aquecida. A aposta ganhou força entre analistas em setembro, quando o mercado de juros futuros indicava que boa parte dos bancos já trabalhava com tal cenário.
Diante do quadro, os bancos começaram a pagar mais para captar dinheiro de investidores, principalmente nas operações com vencimento a partir de 2010. Por isso, o chamado custo geral de captação subiu em setembro pela primeira vez desde outubro de 2008. Na média, a taxa paga pelos bancos para conseguir dinheiro para emprestar às pessoas físicas passou de 9,8% ao ano em agosto para 10,2%, no mês passado. Em outubro, já está em 10,7%.
Para o chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, outro fator que explica o aumento do juro em outubro é a mudança na composição do crédito tomado pelos clientes, sobretudo pessoas físicas.
Segundo ele, empréstimos caros como cartão de crédito e cheque especial estão sendo mais usados. O movimento influencia os números globais do mercado, já que a média dos juros, por exemplo, é ponderada conforme as taxas e o volume de operações realizadas.
SPREAD Além de o dinheiro disponível estar mais caro, os bancos aumentaram o spread. Segundo o BC, a diferença entre a taxa de captação e o juro cobrado das pessoas físicas subiu 1,9 ponto porcentual entre setembro e 13 de outubro, para 35,3 pontos.
"Parte do mercado começou a especular sobre a possibilidade de a Selic subir em 2010 e quem concede crédito pode estar usando essa questão para ganhar, seja na captação como na margem", diz o economista Roberto Macedo, professor da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap) e vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo.
Ao apresentar os números, Maciel, do BC, afirmou que a alta das taxas ainda não representa a criação de uma tendência. "A alta do custo de captação reflete a expectativa de alguns agentes financeiros de que o juro pode subir em 2010. É um movimento ainda incipiente." (Leia mais no Estadão)

Habitação popular deixa de receber R$ 6 bilhões do FGTS

Com a demora na execução do programa Minha Casa, Minha Vida, o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) deixará de aplicar R$ 6 bilhões que o governo previa gastar neste ano com financiamento de habitação popular.
Os recursos fazem parte do orçamento global de R$ 28,6 bilhões do fundo para aplicação em moradias, saneamento e infraestrutura em 2009.
A previsão do governo ao lançar o programa Minha Casa, Minha Vida, em março, era gastar R$ 18 bilhões do FGTS no financiamento de casas populares até dezembro. Com o ritmo lento das contratações, no entanto, até agora foram gastos R$ 10,5 bilhões. A estimativa é que esse valor atinja R$ 12 bilhões nos próximos meses.
Na avaliação do governo, a aplicação projetada para este ano já será um recorde. Em 2008, foram aplicados no financiamento de habitações populares R$ 5,8 bilhões.
"Estamos mais que dobrando a execução. É uma aplicação gigantesca", diz o secretário-executivo do FGTS, Paulo Furtado. "O que não sair do orçamento neste ano zera, não passa para o ano que vem. O que for repassado para os bancos operadores [principalmente a Caixa Econômica Federal] pode ser gasto em 2010", acrescentou.
Diante da não aplicação do orçamento integral do fundo neste ano, o Conselho Curador do FGTS aprovou para 2010 o mesmo valor para investimentos em 2009. "É um orçamento igual por prudência. Mas, se for preciso, em agosto fazemos uma revisão e ampliamos o montante", justificou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
A Folha apurou que a área técnica do conselho chegou a estudar um valor maior para o ano que vem e considerou a manutenção dos valores de 2009 uma atitude conservadora. Entretanto, uma das ponderações feitas foi a de que turbinar o orçamento para 2010 daria margem a acusações de uso político do fundo em ano de eleições presidenciais. (Leia mais na Folha)

Confiança da indústria é a maior desde setembro de 2008

Índice de outubro tem alta de 7,4% ante o mesmo mês do ano passado, na 1ª taxa positiva em 13 meses

A confiança da indústria brasileira melhorou em outubro para o maior patamar desde setembro do ano passado, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira, 28. O índice subiu 2,7% sobre setembro, para 112,2 pontos, com ajuste sazonal. Sobre outubro de 2008, a alta foi de 7,4%, na primeira taxa positiva em 13 meses, "comparação favorecida pelo fato de que a coleta de dados de outubro de 2008 já estava influenciada pelo aprofundamento da crise financeira internacional, ocorrida a partir de meados do mês anterior", segundo a FGV.
O ICI é composto por dois indicadores. O primeiro é o Índice da Situação Atual (ISA), que teve aumento 1,4% em outubro, para 111 pontos, em comparação com a alta de 2% em setembro. O segundo componente do ICI é o Índice de Expectativas (IE), que apresentou taxa positiva de 4,2% em outubro, para 113,5 pontos, em comparação com o avanço de 4,7% em setembro.

Outro ponto positivo apresentado pela sondagem refere-se ao Nível de Utilização de Capacidade Instalada (Nuci) da indústria da transformação, que alcançou 82,9% em outubro na série com ajuste sazonal, após registrar patamar de 81,9% em setembro. De acordo com série histórica fornecida pela FGV, o patamar de Nuci referente ao mês de outubro é o maior desde novembro do ano passado, quando o Nuci registrou taxa de 84,0%.

Além disso, as previsões do empresariado para aumento de produção no último trimestre deste ano tiveram o melhor resultado desde 1980, quando a série histórica deste indicador começou a ser apurada pela FGV. O indicador subiu 4,5% em outubro ante setembro.

Ainda de acordo com a FGV, das 1.065 empresas consultadas, 49,8% preveem aumento e 4,3% redução da produção no trimestre outubro-dezembro. Em setembro, os porcentuais para estas mesmas respostas haviam sido de 49,9% e de 10,7%, respectivamente.

Outro fator que ajudou a formar a taxa positiva do ICI para outubro foram as respostas do empresariado quanto à avaliação da demanda atual. A parcela de empresas entrevistadas que avaliam o nível de demanda atual como forte aumentou de 20,2% para 21,9%, de setembro para outubro. Ao mesmo tempo, a fatia dos pesquisados que o consideram como fraco diminuiu de 16,6% para 12,5%, no mesmo período.

Entenda o ICI — O ICI é um indicador que utiliza para cálculo uma escala que vai de 0 a 200 pontos, sendo que o resultado do índice é de queda ou de elevação, se a pontuação total das respostas fica abaixo ou acima de 100 pontos, respectivamente. O levantamento para cálculo do índice foi entre os dias 5 e 26 deste mês, em uma amostra de 1.065 empresas informantes. (Leia mais no Estadão)

Desemprego em SP fica estável em 14,1% no mês de setembro

Rendimento médio real dos ocupados da região metropolitana paulista subiu 2,3%, segundo Seade/Dieese

A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo ficou em 14,1% em setembro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 28, pela Fundação Seade e pelo Dieese. O desemprego ficou praticamente estável em relação aos 14,2% registrados em agosto. Em setembro de 2008, o desemprego estava em 13,5%.

O contingente de desempregados foi estimado em 1,482 milhão de pessoas, 19 mil a menos que no mês anterior. O nível de ocupação caiu 0,4% em setembro e o contingente de ocupados foi estimado em 9,032 milhões de pessoas, 36 mil a menos que em agosto. O comércio eliminou 51 mil postos de trabalho, o que correspondeu a uma queda de 3,5% no nível de emprego da região.

Indústria e serviços ficaram praticamente estáveis, ambas com variação positiva de 0,2% e criação de, respectivamente, 3 mil e 8 mil postos de trabalho. O agregado Outros Setores, que inclui construção civil e serviços domésticos, teve alta de 0,4% no nível de ocupação. É o que correspondeu à criação de 4 mil postos de trabalho.

O rendimento médio real dos ocupados da região metropolitana de São Paulo subiu 2,3% em agosto ante julho, para R$ 1.280,00. Em relação a agosto de 2008, a renda subiu 1,5%. A massa de rendimento dos ocupados aumentou 3,3% em agosto ante julho e 2,3% em relação a agosto de 2008.

Regiões metropolitanas — A taxa de desemprego em seis das principais regiões metropolitanas do País ficou em 14,4% em setembro. O desemprego ficou praticamente estável em relação ao 14,6% registrados em agosto. Em setembro de 2008, o desemprego estava em 14,1% nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Distrito Federal (DF).

O contingente de desempregados nas seis regiões foi estimado em 2,889 milhões de pessoas, 43 mil a menos que em agosto. O desemprego diminuiu para 10,4% em Belo Horizonte, 19,4% em Salvador e 11,3% em Porto Alegre; e a taxa ficou estável em São Paulo (14,1%), Recife (19,7%) e Distrito Federal (15,3%).

O nível de ocupação ficou praticamente estável em setembro e variou 0,1% e na comparação com setembro de 2008 oscilou -0,2%. No mês, foram criadas 16 mil ocupações. O nível de ocupação subiu 3,2% na construção civil, o que significou a criação 34 mil vagas, e 0,4% no setor de serviços, o que correspondeu à criação de 39 mil postos de trabalho. O nível de ocupação caiu 1,1% no comércio, o que significou o fechamento de 30 mil postos de trabalho, 0,9% no agregado Outros Setores, com eliminação de 14 mil vagas, e 0,5% na indústria, com a supressão de 13 mil vagas.

O rendimento médio real dos ocupados subiu 1,2% em agosto ante julho, para R$ 1.233,00. A renda aumentou 1,3% na comparação de agosto de 2008. A massa de rendimento dos ocupados subiu 2% em agosto ante julho e 2% em relação a agosto de 2008. (Leia mais no Estadão)