segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Sindiapi-UGT avança para mobilizar os 25 mihões de aposentados e pensionistas brasileiros

É a hora do Estado cumprir os acordos sociais e respeitar os aposentados e pensionistas

(Postado por Edmundo Benedetti, presidente do Sindicato dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da UGT, Sindiapi-UGT) — O Sindiapi-UGT surge para mobilizar os 25 milhões de aposentados, pensionistas e idosos em torno de propostas claras, que fazem parte do projeto imediato de cada trabalhador em vias de aposentar, de cada aposentado e pensionista que vêm seus rendimentos diminuirem e dos idosos que foram abandonados pelo Estado e que hoje, sem um suporte, sobrevivem de favores da família. Para os aposentados e pensionistas, o programa imediato do Sindiapi é a recomposição do poder de compra. Vale lembrar que enquanto trabalhadores da ativa tínhamos isonomia no pagamento de nossos benefícios. Nada mais justo que protegemos, agora, nossos rendimentos. Vamos trabalhar também para que os reajustes dos aposentados e pensionistas sejam equivalentes aos do salário mínimo e continuar a trabalhar pela extinção do fator previdenciário que quer criar aposentados e pensionistas de segunda classe.
O Sindiapi será um sindicato a serviço de seus associados. Ou seja, vamos criar contrapartidas no formato de serviços para atender nossos associados. Além dos serviços jurídicos, que já faz parte da cesta básica de atendimentos, vamos usar o potencial sócio-econômico dos aposentados e pensionistas para estabelecer convênios com grandes corporações que estão ávidas para repassar, com vantagens, os serviços que oferecem para seus clientes. Teremos convênio médico, farmácias populares, clube de campo e de viagem, fornecedores de cesta básica etc. tudo com o objetivo de beneficiar os aposentados e pensionistas, os transformando em consumidores diferenciados e respeitados pelo Mercado.
Mas o mais importante, é que vamos contabilizar o número de votos vinculado a cada associado. Muito mais do que divulgar que temos tantos sócios, vamos deixar bem claro quantos votos representamos. E é em cima destes votos que vamos nos organizar para pressionar os deputados e senadores em Brasília. Até hoje, os aposentados e pensionistas vivem na dependência da boa vontade deste ou daquele politico. Com o Sindiapi vamos mudar a situação e exigir que se cumpra a vontade dos aposentados e pensionistas, que nada mais é do que cumprir os acordos sociais que estabelecemos e pagamos ao Estado ao longo de 30, 35 anos. Ou seja, fizemos nossa parte. Agora,
é a hora do Estado cumprir os acordos sociais e respeitar os aposentados e pensionistas.

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Mudanças no FGTS serão tema de audiência na terça-feira

O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) é relator de três projetos de lei, em tramitação na CAE) que ampliam os benefícios dos trabalhadores que têm conta no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Antes de apresentar seu voto, ele solicitou a realização de uma audiência pública para discutir o assunto. Esse debate será realizado na terça-feira (1º), por volta do meio-dia, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Os três projetos que tratam do assunto são o PLS 581/07, do senador Paulo Paim (PT-RS); o PLS 193/08, do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE); e PLS 301/08, do senador César Borges (PR-BA).

Um argumento comum aos três projetos é que os rendimentos do FGTS não têm sido suficientes para evitar perdas frente à inflação e a outras formas de aplicação financeira. César Borges, por exemplo, foi ao Plenário no mês passado para destacar a notícia de que o fundo teria registrado seu menor rendimento em 42 anos de existência. A rentabilidade do FGTS é dada pela Taxa Referencial (TR) mais 3% ao ano.

O projeto de Paulo Paim mantém os 3% ao ano, mas prevê a substituição da TR pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O projeto de Jereissati também mantém os 3% ao ano, substituindo a TR pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), outro índice calculado pelo IBGE.

O texto de César Borges não altera a fórmula atual, mas propõe que 50% do lucro líquido do FGTS seja destinado aos cotistas - ou seja, aos trabalhadores. Ele argumenta que o fundo vem obtendo "lucros extraordinários", pois as aplicações feitas com recursos do FGTS são remuneradas com taxas "bem mais elevadas" que aquelas pagas aos cotistas.

Convidados — Para o debate desta terça-feira, foram convidados Mario Alberto Avelino, presidente do Instituto FGTS Fácil; José Márcio Camargo, professor de economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ); Joaquim Lima de Oliveira, superintendente da Caixa Econômica Federal; Roberto Kaufmann, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio); Paulo Pereira da Silva, deputado federal (PDT-SP) e presidente da Força Sindical; Artur Henrique da Silva Santos, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT); Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT).

Consumidor acessa crédito mais barato

Com expansão do crédito, cai uso de empréstimos no cheque especial, mais caros, e cresce o de formas mais baratas. Nos últimos 3 meses, uso de crédito pessoal, de veículos e consignado avança até 8%, enquanto cheque especial cresce apenas 1%.
A normalização no mercado brasileiro de crédito tem ajudado muitos consumidores a trocar por modalidades de empréstimo com juros menores o cheque especial. Segundo dados do Banco Central, essa é a modalidade de financiamento que perdeu mais força neste ano, quando os bancos voltaram a abrir as portas para clientes que até então só podiam acessar essa linha emergencial.
No começo do último trimestre de 2008, após a quebra do banco americano Lehman Brothers, o Brasil sofreu uma redução de quase 10% na disponibilidade de crédito só no segmento pessoa física.
Naquela época, sem ter como renovar empréstimos antigos ou buscar novas linhas, muitos consumidores tiveram de recorrer ao cheque especial.
Entre outubro e dezembro do ano passado, por exemplo, mais de 43% dos novos empréstimos para pessoa física estavam relacionados a essa modalidade. Um ano depois, com o mercado de empréstimos voltando a crescer, esse percentual recuou para 37%.
Essa migração ocorreu, principalmente, para linhas como crédito pessoal, consignado e veículos. Nos últimos três meses, o total de dívidas no cheque especial cresceu apenas 1% e soma hoje R$ 17,4 bilhões. Nessas outras modalidades, o avanço ficou entre 6% e 8%.
"Nós tivemos um período, até março, em que os bancos botaram o pé no freio, e não sobraram muitas opções de crédito além das linhas pré-aprovadas, como o cheque especial e o rotativo do cartão de crédito. Agora, vem crescendo a oferta dessas linhas mais baratas, com uma maior competição entre as instituições financeiras", diz o vice-presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças), Miguel José de Oliveira.
Os dados do BC mostram que as taxas de juros tiveram queda nessa modalidade na mesma comparação. O custo do cheque especial chegou a quase 175% ao ano em dezembro e, embora continue entre as taxas mais caras, recuou para 160% ao ano dez meses depois.
Essa diferença em relação às taxas de outras linhas -cerca de 45% ao ano no crédito pessoal, por exemplo- se deve também ao custo de manter esse dinheiro disponível para os clientes a qualquer momento, independentemente de ele ser ou não utilizado. (Leia mais na Folha)

Vendas sobem até 20% com recebimento do 13º salário
A primeira parcela do décimo terceiro salário - cujo prazo de pagamento pelos empregadores se encerra nesta segunda-feira - ajudou a aumentar em até 20% as vendas nos shoppings do Rio e nas onze ruas da Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega (Saara) no fim de semana, mostra reportagem do GLOBO nesta segunda-feira. O tempo nublado favoreceu a ida às lojas. Entre os produtos mais procurados estavam roupas, acessórios e aparelhos eletroeletrônicos. Conforme antecipou a colunista do GLOBO Flávia Oliveira, o décimo terceiro vai injetar cerca de R$ 7 bilhões na economia do Estado do Rio este ano, segundo pesquisa da Fecomércio-RJ.

No Botafogo Praia Shopping, os corredores estiveram cheios sábado e domingo. De acordo com a administração, o movimento ficou 15% acima do registrado em igual período do ano passado e foi maior que o de um fim de semana regular. O Shopping Tijuca recebeu 150 mil pessoas entre sábado e domingo, uma alta de 10%.

Nas onze ruas que formam a Saara, no Centro do Rio, o movimento do sábado foi 20% superior ao de um sábado normal de vendas. As lojas do Saara vão abrir aos domingos em dezembro. (Leia mais em O Globo)

Indústria volta a buscar crédito para investir

Enquanto os bancos privados mostram a intenção de voltar a expandir suas carteiras de crédito com negócios mais arriscados, voltados para a pessoa jurídica, as instituições públicas lideram a concessão de empréstimos para a indústria. Segundo dados do Banco Central (BC), esse setor, que se retraiu durante período mais intenso da crise e passou a adiar projetos, volta a contrair empréstimos de longo prazo, o que sinaliza uma retomada nos investimentos para expansão.

Dados do BC indicam um crescimento do crédito para indústria no sistema financeiro nacional de 0,1%, em outubro em relação a setembro, a um saldo total de R$ 299,209 bilhões. No período comparado, a expansão do sistema financeiro público ficou em 1,4%, contra 0,1% do privado, a estoques de R$ 137,304 bilhões e R$ 117,223 bilhões, respectivamente. Os bancos estrangeiros registraram uma queda de 3,4% no período, a R$ 44,682 bilhões.

Na comparação anual, os números são ainda mais díspares. Em doze meses, o sistema financeiro nacional cresceu 7,1%. Nesse interím, os bancos públicos tiveram uma expansão de 22%, contra quedas de 0,8% e 8,3% das instituições privadas e estrangeiras, respectivamente.

Apesar dessa maior restrição do crédito nas instituições privadas, a indústria parece se preparar para um novo ciclo de crescimento, adquirindo crédito de prazo mais alongado. Segundo o BC, enquanto os financiamentos de curtíssimo prazo tiveram um crescimento de 1,2%, os de curto queda de 2% e os de médio prazo alta de 2,1%, o crédito de longo prazo cresceu 3,5%. O maior saldo em carteira ainda é das operações de curtíssimo prazo, com R$ 269,221 bilhões, seguido pelas de médio, com R$ 187,865 bilhões e de longo, R$ 166,946 bilhões. O menor estoque é o de médio prazo, com R$ 106,770 bilhões. Vale lembrar que, para o BC, as operações de menor prazo são até 180 dias; curto prazo, entre 181 e 360 dias; médio, de 361 a 1088; e longo prazo: acima de 1088. Para o analista-chefe da Gradual Investimentos, Paulo Esteves, esses dados corroboram a percepção de que as empresas estão voltando a planejar investimentos. (Leia mais no DCI)

Copa e Olimpíadas ajudarão a todos

Grandes obras movimentam áreas diferentes e, no final, todos os segmentos econômicos serão beneficiados.
Os olhos dos investidores estrangeiros estão voltados para o Brasil. Nosso país, para todos, foi o último a entrar na crise e o primeiro a dar sinais de recuperação econômica. Foi aqui, também, que ocorreram os dois maiores IPOs deste ano -o da VisaNet (atual Cielo) e o do banco Santander-, que movimentaram bilhões de reais.
Agora, com a escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, os investidores estrangeiros vislumbram novas e boas oportunidades de negócios, seja por meio de private equity ou investment grade.
Um estudo feito pela Fundação Instituto de Administração (FIA), da Universidade de São Paulo, para o Ministério do Esporte, mostra, por exemplo, que os Jogos vão movimentar pelo menos 55 setores da economia. Além disso, investimentos da ordem de R$ 130 bilhões devem ser injetados na economia até 2027.
Sem dúvida, a maior parte dessa verba irá para obras de infraestrutura, tanto que a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) assinou um termo de cooperação técnica com o governo federal -representado pelo Ministério do Esporte- e com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com o objetivo de elaborar estudos e projetos para o setor.
A demanda será grande. Para sediar os dois mais importantes eventos esportivos, o País precisa construir estádios, ampliar a rede hoteleira, melhorar estradas, portos, aeroportos etc. Grandes obras movimentam áreas tão diferentes quanto seguros e comércio. No final, todos os segmentos econômicos serão beneficiados.
O setor de infraestrutura, já fortemente demandado em virtude de projetos governamentais para facilitar o acesso à casa própria, em especial aqueles voltados para as classes econômicas mais baixas, já está no centro das atenções.
As obras de construção de estádios estão programadas para começar em março do próximo ano, e a indústria da construção civil estima um aumento substancial das contratações de pessoal, movimentando a economia das cidades que foram escolhidas para ser sede dos Jogos.
Os escritórios de advocacia e as consultorias, por sua vez, já notaram um aumento da consulta de estrangeiros sobre oportunidades de negócios para a Copa de 2014. É certo que assistiremos a muitas operações de fusão e aquisição nesta área.
Duas empresas pequenas, por exemplo, podem juntar-se para formar uma companhia média e, desta forma, conseguir mais negócios. As médias, por sua vez, podem se unir para virar grandes. E todas estarão sendo observadas por organizações internacionais que também vão querer participar dos negócios gerados por estes eventos esportivos. Daqui para a frente, haverá muitas novidades neste segmento.
Não podemos nos esquecer de que os setores de indústria de base e de infraestrutura também terão impactos positivos por causa do pré-sal. Para atingir a expectativa de produzir 1,8 milhão de barris de petróleo por dia até 2020, na região recém-descoberta, a Petrobras terá de investir bilhões de dólares no período, movimentando o segmento e atraindo mais capital externo.
Dessa forma, o empresário deve atentar para o fato de que a regularidade da empresa nas esferas contábil, tributária, fiscal e previdenciária seguramente valorizará as oportunidades de negócio para o futuro e possibilitará que o negócio acompanhe o crescimento da economia previsto para os próximos anos.
Neste sentido, é fundamental possuir demonstrações contábeis auditadas por empresas independentes, ter transparência na apresentação de informações e um plano estratégico definido. Quem atingir este patamar certamente obterá melhores resultados e taxas de crescimento mais expressivas. O mercado, hoje, exige essa transparência. Por isso, quanto mais cedo a companhia se adequar, maiores serão as chances de sucesso.
Assim como os setores de infraestrutura e de indústria de base estão na mira, outros segmentos que têm ligação com os eventos esportivos, como hotelaria, lazer e varejo, dentre muitos outros, também serão alvo dos investidores. Portanto, quem quiser ganhar este jogo tem de começar a se preparar desde já. (DCI)