quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Na superação da crise, ficam as lições e bancos privados que sentaram em cima do dinheiro perdem espaço

Caixa amplia crédito no vácuo de banco privado

Desde o início da crise mundial que trouxe graves conseqüências para o Brasil, principalmente com o vertiginoso aumento das demissões, muitas delas desnecessárias, pois aconteceram dentro do contexto de terrorismo empresarial, a UGT manifestou sua preocupação com a oferta de crédito. Na época, apoiada em análise dos nossos economistas, destacamos que o crédito é moeda e que não poderiam os bancos privados e públicos reter crédito para aumentar o spread e o lucro. Seria um lucro em cima da crise e que agravaria ainda mais a situação econômica do País. Os banqueiros privados, que adotaram tais práticas, se aproveitando inclusive da redução do compulsório para investimentos no Tesouro, foram denunciados pela UGT continuadamente. Em nossos encontros com o presidente Lula, a UGT foi a primeira central a levar, formalmente, uma proposta de ampliação do crédito dos bancos públicos (CEF, Banco do Brasil e BNDES) e vincular a oferta de crédito a contrapartidas sociais. O resultado podemos ver agora, com a CEF tendo ampliado os empréstimos em 56% em 2009 em relação ao ano anterior. E os banqueiros privados terem perdido espaço que tentam agora, na superação da crise, retomar. Mas ainda com spreads altíssimos que a UGT continua a condenar.

Leia mais: No vácuo deixado pelos bancos privados no auge da crise, a Caixa Econômica Federal turbinou a oferta de crédito em 2009 e concedeu R$ 125 bilhões em empréstimos, alta de 56% em relação ao ano anterior, disse a presidente da instituição, Maria Fernanda Ramos Coelho.
A ampliação aconteceu a mando do governo, que instigou as instituições públicas a serem mais agressivas na concessão de empréstimos para amenizar os efeitos da crise, em um contexto de escassa oferta por parte dos bancos privados nacionais e estrangeiros.
Além disso, a maior concorrência de instituições federais na liberação de crédito teria a função de forçar a redução do "spread" (diferença entre o juro cobrado ao tomador e o custo de captação).
Além do aumento dos empréstimos para consumidores e empresas, o crescimento do crédito da Caixa em 2009 foi impulsionado pelo programa habitacional do governo Minha Casa, Minha Vida. O banco é responsável por 75% do volume de financiamentos de moradias. (Folha)

UGT é implantada em Rondônia e elege sua primeira diretoria

No último sábado, dia 16 de janeiro, sindicalistas de Rondônia e lideranças sindicais do país estiveram reunidos no Hotel Vila Rica, em Porto Velho, em solenidade que marcou a criação da representação da UGT em Rondônia, entidade que é uma das centrais sindicais mais importantes do país.

Diversas autoridades estiveram presentes ao evento, entre as quais o presidente da UGT nacional, Ricardo Patah, o vice-presidente Lourenço Ferreira do Prado, o Secretário de Organização e Políticas Sindicais, Francisco Pereira de Souza (Chiquinho), o Secretário da Diversidade Humana, Magno Rogério de Carvalho Lavigne, o Secretário de Turismo, Manoel Martins Meireles, o vice-presidente da FETHERJ, Luciano David de Araújo, o assessor de Organização Sindical, Luiz Alberto da Silva (popular Betinho), o presidente do Sitracom-RO, Francisco de Assis de Lima, o presidente do Sindecom, Denis de Oliveira, além de representantes de vários outros sindicatos e lideranças políticas e comunitárias.

O evento foi aberto oficialmente às 08 horas e se estendeu até às 13 horas, tempo em que foram debatidos diversos assuntos de interesses dos trabalhadores e também realizou-se gestões para a formação da primeira diretoria da UGT em Rondônia. No transcorrer do evento, diversas autoridades discursaram e falaram sobre a importância do evento.

O presidente da UGT, Ricardo Patah, saudou os presentes e falou de sua imensa alegria em estar presente em Rondônia pela primeira vez, verificando tratar-se de estado pujante e que está em franco desenvolvimento. Citou o caso do investimento nacional na construção de duas grandes usinas hidrelétricas que está impulsionando o comércio da capital e demonstrou a sua tristeza que apesar de crescimento notória, ainda existem alguns problemas serem sanados, principalmente em se tratando de questões ligadas à saúde, em particular as epidemias de dengue e hanseníase (lepra).

Quanto ao evento, ele disse estar muito contente em verificar a quantidade de sindicalistas vindo do interior do estado para somar-se aos da capital, o que possibilitou esse evento histórico para a classe trabalhadora. Ele enalteceu, sobretudo, o trabalho do Secretário Executivo da UGT Nacional e presidente do SITRACOM-RO, Francisco de Assis de Lima, bem como destacou a coragem do sindicalista Denis de Oliveira, presidente do SINDECOM, que coordenou o evento com muito êxito. Também fez um relato da UGT em nível nacional, enfatizando o crescimento da entidade em tão pouco tempo de criação e que hoje reúne mais de 700 sindicatos que representam milhões de trabalhadores, os quais sintetizam o lema “Sindicalismo cidadão, ético e inovador”.

Falando sobre a acolhida que teve em Rondônia, ele destacou a recepção que teve ainda no aeroporto da capital rondoniense e a demonstração do carinho de todas as pessoas que participaram do evento. “São momentos assim que nunca esquecemos e que nos dão força para continuarmos a caminhada”, concluiu.

O presidente do SITRACOM-RO, Francisco Lima, presenteou os visitantes da UGT nacional com peças de artesanato local e na oportunidade falou da importância da vinda de tão importantes autoridades do sindicalismo brasileiro e que estava pronto a somar forças para o fortalecimento da UGT em Rondônia. Ele destacou ainda a presença de sindicalistas do interior, que não mediram esforços em participar do evento e que tiveram como recompensa o fato de testemunharem esse momento histórico para a classe trabalhadora de Rondônia.

Por fim, o coordenador do evento, Denis Oliveira, agradeceu a presença de todos os participantes e ressaltou a importância na unidade para o fortalecimento do sindicalismo brasileiro e falou do seu propósito em dar contribuição para a concretização desse sonho que é a fundação da UGT em Rondônia. Denis destacou a grande liderança que tem o presidente do SITRACOM-RO, Francisco Lima e agradeceu o empenho do companheiro Betinho, Assessor da UGT Nacional, bem como dos auxiliares locais, cujo trabalho foi importantíssimo para o sucesso do evento. Ao concluir o seu discurso, Denis Oliveira falou de sua alegria em ter recebido o presidente nacional, Ricardo Patah e toda a sua comitiva.

Eleição da Primeira Diretoria — Após o encerramento da primeira fase do encontro, realizou-se uma reunião plenária para a formação da primeira diretoria da UGT de Rondônia, que teve como presidente eleito, o presidente do SINDECOM, Denis Oliveira.

Confira abaixo as lideranças que fazem parte da primeira diretoria da UGT/RO, dentre outros

Presidente – Denis Souza de Oliveira; Primeiro Vice Presidente – José Bonifácio de Oliveira; Segundo Vice-Presidente – Santiago Ayden; Secretário Geral – Manoel Eraldo de Souza Soares; Secretário Geral Adjunto – Lucivaldo Evangelista de Souza; Secretário de Relações Institucionais – Francisco de Assis de Lima; Secretário de Finanças – Valdemar S. Medeiros; Secretário Adjunto de Finanças – Albertino Antonio Fortunato; Secretário de Relações Sindicais – Antonio de Oliveira; Secretário Adjunto de Relações Sindicais – Manoel Carlos Azevedo da Silva; Secretário para Assuntos do Trabalhador Rural – Jerônimo Elias da Silva; Secretário Adjunto para Assuntos do Trabalhador Rural – Melanias Vieira Neto; Secretário para Assuntos Jurídicos – Valnei da Silva Lins; Secretária da Mulher – Jacqueline Penedo Lucena; Secretária Adjunto da Mulher – Sonia Maria Rocca; Secretária para Assuntos do Meio Ambiente – Gizelia Penedo Lucena; Secretário para Assuntos da Seguridade Social – Teoginis Silveira do Nascimento; Secretário para Assuntos de Direitos Humanos e Sindicais – Francisco Neto Frota Junior; Secretário para Assuntos de Políticas Sociais – Mauricio F. da Silva; Secretário para Assuntos Econômicos e de Tecnologia – Elves da Silva Xavier; Secretário para Assuntos do Adolescente e da Juventude – Raimundo Cesar de Lima;

Secretario de Diversidade – Rafael Vargas Lara; Secretario Adjunto de Diversidade – Raimundo Erivan Carvalho da Silva; Secretários Executivos: Neira Alves da Guia e Francisco de Assis Calixto. Conselho Fiscal: Cleonice Fernandes Meireles; André Fernando de Oliveira; Adilson Victor da Cruz. SUPLENTE: João Bosco Silveira de Freitas. (Fonte Ariquemes online)

Setores de bens de consumo puxam contratações

No ano passado, apenas 5 dos 22 setores monitorados pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) na pesquisa de nível de emprego em São Paulo contrataram mais que demitiram.
Foram as indústrias de bens de consumo que apresentaram saldo positivo, entre elas a de vestuário, alimentos e produtos farmacêuticos.
"Os setores com mais perspectiva são justamente aqueles ligados ao mercado doméstico", disse o economista da Tendências Consultoria Bernardo Wjuniski.
Na outra ponta, as maiores baixas no nível de emprego no ano passado foram verificadas nas indústrias metalúrgica (-12%) e de máquinas e equipamentos (-10,5%).
"Esses segmentos mais atrelados às exportações ainda vão demorar mais para reagir", completou Wjuniski.
A expectativa da Fiesp é que as contratações neste ano sigam de forma mais generalizada, mas a valorização do câmbio, segundo o diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas da entidade, Paulo Francini, pode ter um impacto desfavorável.
"O problema é que o efeito cambial permite um crescimento menor do que poderia ocorrer. Nesse sentido, o câmbio joga contra", disse.
De acordo com ele, a decisão do governo de taxar com IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) a entrada de capital estrangeiro no país teve o efeito de ao menos "estancar o ritmo de valorização que estávamos vendo". (Folha)

Aumento de produção da Vale já reflete na readmissão de funcionários

Devido à retomada da economia mundial a Vale está aumentando sua produção, o que representa a recontratação de trabalhadores demitidos no ano passado. O diretor executivo de ferrosos da mineradora, José Carlos Martins, informou que a companhia espera este ano superar o volume de produção de 2008, que foi de 280 milhões de tonelados de minério de ferro.

Ao participar da apresentação sobre o pavilhão do Brasil na Expo Xangai, evento que acontece em maio na China e será patrocinado pela Vale, o executivo adiantou que a companhia, assim como outras do setor, já estão admitindo mais trabalhadores

- Toda cadeia do setor de mineração está recontratando. A Vale também já está readmitindo alguns trabalhadores - disse Martins

Mas ao longo de 2009, sindicatos do setor espalhados por regiões onde há filiais da Vale continuaram a denunciar maior volume de demissões feitas pela companhia.

Segundo o diretor de ferrosos da Vale, no ano passado a produção da empresa caiu em relação a 2008 e só não foi menor por conta das exportações de minério de ferro para a China. De acordo com o executivo, até setembro a Vale exportou para a China cerca de 110 milhões de toneladas de minério de ferro, o que compensou a queda das exportações para Europa e Estados Unidos.

Neste ano, segundo José Carlos Martins, o mercado mundial de minério de ferro deverá ficar em torno de 900 milhões de toneladas, superando os níveis de 2008, que foi de 850 milhões de toneladas

- Este ano pretendemos operar no limite de nossa capacidade, que é de 300 milhões de toneladas- disse Martins. (O Globo)

Déficit previdenciário deve voltar a cair na relação com o PIB

Mesmo com uma despesa já assegurada em torno de R$ 11 bilhões pelo aumento do salário mínimo, o secretário de Políticas Sociais, Helmut Schwarzer, acredita que o déficit previdenciário no ano pode ficar "menor ou ao redor" do verificado em 2009, quando somou R$ 43,6 bilhões.

Mas na relação com o Produto Interno Bruto (PIB), Schwarzer acredita que deve voltar à tendência de queda. Em 2009, o déficit do INSS ficou em 1,41% do PIB, ante 1,2% em 2008. Ele lembrou que ainda foi menor do que o pico de 2006, quando foi equivalente a 1,77% do PIB.

O secretário destaca que todas as previsões apontam para o crescimento da economia em 2010. Com isso, o mercado de trabalho também deve se ampliar. Maior número de trabalhadores com carteira assinada aumenta a contribuição previdenciária, assinala, "e eu espero que o aumento de despesa seja coberto por maior arrecadação".

Schwarzer confessou ainda não ter uma previsão para o resultado da Previdência Social em 2010. Ele justificou que, por causa das férias, aguarda reunião com as secretárias de Política Econômica, da Fazenda e do Orçamento Federal, do Planejamento, para definição de parâmetros macroeconômicos comuns, como estimativa para a variação real da massa salarial no ano.

Com o aumento do salário mínimo para R$ 510,00 desde 1º de janeiro, o reajuste dos benefícios acima do mínimo custará R$ 3 bilhões adicionais, pela nova regra que agrega metade do PIB de dois anos antes, mais o INPC. E as demais aposentadorias de um salário mínimo (pagos a 18 milhões de pessoas) irão acrescentar cerca de R$ 8 bilhões às despesas previdenciárias.

Ao divulgar os números fechados em 2009, o secretário apontou que as projeções do Ministério da Previdência para o ano passado foram subestimadas, porque o comportamento positivo do fim do ano "superou nossas expectativas".

A surpresa "positiva" maior foi em dezembro. Schwarzer disse que no último mês do ano passado, a receita do INSS ficou R$ 800 milhões acima do esperado, totalizando R$ 25,591 bilhões.

No total, a estimativa do secretário para a arrecadação líquida no ano, que situava-se em R$ 178 bilhões, ficou maior, fechando em R$ 182 bilhões em termos nominais e R$ 184,57 bilhões corrigidos pelo INPC.

No caso das despesas, ele estimava R$ 223 bilhões, número menor do que o registrado em R$ 224,87 bilhões nominais ou R$ 228,19 bilhões pelo INPC.

A recuperação do mercado de trabalho no segundo semestre de 2009 e as receitas acima do esperado fizeram com que o resultado previdenciário ficasse abaixo dos R$ 45 bilhões que o secretário esperava em junho. Em termos nominais, o déficit ficou em R$ 42,867 bilhões. (O Globo)