sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

É o momento de transferir para os empregos e salários os ganhos na economia

Desemprego tem a menor taxa para janeiro

Todas as previsões de um bom 2010 se confirmam desde o início do ano e são confirmados por um janeiro com o menor índice de desemprego desde 2002. É um fato que nos estimula, enquanto central de trabalhadores, a nos mobilizarmos, mais ainda, para transferir para os salários os aspectos positivos dos indicadores econômicos. Um exemplo do nosso setor, foi a conquista do Siemaco de São Paulo que negociou um reajuste de 10% diante de uma inflação menor do que 5% ao ano, o que mostra que é possível avançar e melhorar as negociações, pois o Brasil vive um momento único na sua história e precisa distribuir renda através dos salários e do emprego. E ampliar e consolidar as políticas públicas a favor do futuro com investimentos urgentes, este ano ainda, em Educação e na infra-estrutura.

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Índice de 7,2% registrado pelo IBGE no mês passado é o menor para esse período do ano na série histórica iniciada em 2002. Apesar de o período ser caracterizado pela dispensa dos temporários de Natal, índice ficou abaixo dos 8,2% de janeiro de 2009.
A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país ficou em 7,2% em janeiro, o menor patamar já registrado nesse mês desde o início da série histórica do IBGE, em 2002.
O aumento de 0,4 ponto percentual em relação aos 6,8% verificados em dezembro também é o menor já visto em uma passagem de ano -o período é caracterizado pela demissão de parte dos temporários contratados para o Natal.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a dispensa desses trabalhadores foi menor neste ano devido à retomada da economia. A indústria e o comércio foram os que mais demitiram.
Responsável pela pesquisa, Cimar Azeredo, do IBGE, diz que o resultado indica que o mercado de trabalho "deslanchou". Em 2009, por causa da crise que afetou principalmente a indústria, a taxa de desemprego fechou o ano em 8,1%, acima dos 7,9% de 2008.
Em janeiro deste ano, o desemprego já foi um ponto percentual menor do que o de janeiro do ano passado, quando bateu 8,2%. O aumento no número de trabalhadores com carteira assinada chegou a 3,5% sobre janeiro de 2009 e a 0,7% sobre dezembro.
O comportamento histórico do índice, porém, aponta para o crescimento do desemprego nos próximos meses -nas cidades turísticas, os temporários só costumam ser dispensados após a temporada de férias, o que é um dos fatores de pressão sobre a taxa.
Desta vez, outro componente deverá contribuir para isso: o fim do desalento provocado pela crise, que fez com que muitos desistissem de procurar emprego nos últimos meses.
Na sua pesquisa, o IBGE registra como desempregada apenas a pessoa que procura trabalho ativamente.
"Com perspectivas mais favoráveis no mercado de trabalho, as pessoas voltam a buscar uma atividade e a população economicamente ativa cresce. A gente esperava já ver isso em janeiro, mas ainda não aconteceu. A expectativa é que apareça nos próximos meses", diz o economista Rafael Baccioti, da consultoria Tendências.
Em janeiro, a população economicamente ativa (soma dos ocupados e desocupados) manteve-se praticamente estável (-0,5%) em relação a dezembro, totalizando 23,3 milhões de pessoas.
O número de desocupados (1,7 milhão), mesmo com aumento de 6% sobre dezembro, foi o menor já registrado em um mês de janeiro em toda a série. Já o de ocupados (21,6 milhões, queda de -1,0% em relação a dezembro) foi o maior para o período. O nível de ocupação chegou a 52,4% da população em idade ativa, outro recorde para janeiro. (Folha)

Com forte alta do crédito, BB amplia liderança e tem lucro recorde no País

Banco do Brasil lucra R$ 10,1 bilhões em 2009 e se distancia no topo do ranking, com R$ 709,5 bilhões em ativos

O crescimento de 33,8% da carteira de crédito turbinou os resultados do Banco do Brasil (BB) em 2009. Além de obter o maior lucro da história do setor bancário ? R$ 10,1 bilhões ?, o BB encerrou o ano com folga na liderança do ranking das maiores instituições financeiras do País. Em dezembro, possuía ativos totais de R$ 708,5 bilhões, ante R$ 608,3 bilhões do segundo colocado, o Itaú Unibanco ? ou seja, pouco mais de R$ 100 bilhões. No fim de 2008, a diferença era de R$ 111 bilhões a favor do banco privado.
Com o desempenho, o BB alcançou os dois principais objetivos traçados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para o banco em 2009: recuperar o posto de número 1 e funcionar como amortecedor da crise global no Brasil, por meio do forte crescimento na concessão de empréstimos. Ontem, o ministro comemorou os números do BB (ver abaixo).
O ritmo de expansão dos empréstimos no banco foi bem superior ao das instituições privadas. No Itaú Unibanco, o crescimento da carteira de crédito no ano foi de 2%, no Bradesco, de 10%, e no Santander, de 2%. "Não havia motivo técnico que justificasse não ocuparmos o espaço que a concorrência estava abrindo", afirmou o vice-presidente de Finanças do BB, Ivan Monteiro.
Segundo ele, os índices de inadimplência do banco, "inferiores aos do sistema", mostram que a estratégia foi acertada. O BB terminou 2009 com uma taxa de inadimplência de 3,3%. Segundo o Banco Central (BC), o índice médio do sistema era de 5,6% em dezembro.
"Estabelecemos como foco o crédito consignado e o financiamento de veículos", explicou Monteiro, referindo-se a dois segmentos nos quais a inadimplência é tradicionalmente mais baixa. "Compramos a Nossa Caixa em São Paulo para expandir o consignado e nos tornamos sócios do Votorantim para crescer na área de veículos."
O presidente do BB, Aldemir Bendine, afirmou que, em 2010, o ritmo deve desacelerar. A expectativa do banco é de uma alta entre 18% e 23%. Mesmo assim, o teto da estimativa é superior às projeções médias dos bancos privados para o ano, que estão na casa de 20%.
Segundo Monteiro, apesar da concorrência maior em 2010, o BB vai lutar para manter a participação de mercado no crédito alcançada em 2009. Ele disse que a fatia da instituição saiu de 13,8% para 20%.
No início da semana, o Banco Central indicou que as instituições públicas devem continuar puxando a alta do crédito em 2010. O discurso dos executivos do BB e a expectativa do BC contrariam a avaliação de analistas do setor, que esperam uma recuperação do espaço pelos bancos privados.
O comportamento dos bancos públicos preocupa um ex-dirigente do BC, que pede para não ser identificado. Sua análise está centrada no impacto que a manutenção do ritmo forte dos bancos públicos pode ter sobre o resto do setor.
"Mais do que a saúde do BB e da Caixa, que sempre terão o Tesouro para vir em socorro caso alguma coisa dê errada, me preocupa o comportamento que os outros bancos podem ter nesse cenário. Afinal, os privados não vão entregar o osso assim", disse. "Na ânsia de não perder mercado, podem ser agressivos e, com isso, colocar em risco os padrões de prudência do sistema. No auge da crise, o próprio governo celebrou a qualidade do setor no Brasil."
O presidente da Austin Rating (empresa especializada na avaliação de bancos), Erivelto Rodrigues, afirmou que, "por enquanto", o forte crescimento do crédito no BB não afetou negativamente os bancos. Ele ressaltou, porém, que só o tempo vai deixar claro se a expansão foi feita "com qualidade".
Monteiro rechaça a ideia de que o banco possa ter problemas em decorrência da alta dos empréstimos. "Alguns analistas diziam que a inadimplência ia aparecer três meses depois. Outros, seis meses depois. Agora, falam que o efeito só será sentido um ano depois", ironizou.
Em relatório, os analistas do Banco Fator consideraram o balanço positivo e disseram que os números ficaram dentro das expectativas. Destacaram, entre outros fatores, a "manutenção do ritmo de crescimento da carteira de crédito". No lado negativo, citaram o fraco desempenho das receitas de prestação de serviço e o forte aumento das despesas administrativas.
As ações ordinárias (ON) do BB perderam 1,48% na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Os papéis preferenciais (PN) do Bradesco caíram 0,16% e os do Itaú Unibanco, 0,03%.
DIVIDENDOS E EMISSÃO — O estatuto do BB prevê a distribuição de 40% do lucro para os acionistas. Como o Tesouro Nacional detém 68% do capital da instituição, estima-se que receberá R$ 2,7 bilhões.
O BB lembrou que está terminando estudos para fazer um aumento de capital de R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões. O objetivo é poder emprestar mais e se adequar às regras da BM&FBovespa no que diz respeito à quantidade de ações em circulação. Indagado pelo Estado, Monteiro não quis comentar o assunto. (Estadao)

Mantega pressiona bancos sobre juro

Elevação do compulsório para 15% não causará impacto nos bancos nem deve elevar taxas, diz ministro. "Não há razão para aumento de taxas de juros e de "spreads" no país, porque as condições são muito favoráveis", disse o ministro.

Depois que o Banco Central decidiu retirar de circulação da economia R$ 71 bilhões a partir do mês que vem, a equipe econômica tenta se eximir da culpa por uma alta de juros ao consumidor, empurrando a responsabilidade para os bancos.
Tanto no BC quanto no Ministério da Fazenda, o discurso é o de que a medida não causará impacto para as instituições financeiras e, portanto, não há motivo para uma elevação do custo dos empréstimos e dos financiamentos.
Os técnicos também evitam assumir que, ao enxugar uma parcela significativa de recursos da economia, o BC facilita seu próprio trabalho, já que numa economia com a liquidez mais equilibrada a alta de juros para conter pressões inflacionárias pode ser menor.
No final de 2008, no auge da crise financeira internacional, o BC liberou cerca de R$ 100 bilhões para os bancos manterem o volume de empréstimos, ajudando a retirar a economia de uma recessão.
Agora, a maior parte desse dinheiro será novamente recolhida pelo Banco Central, como depósito compulsório.
Apesar de os bancos perderem esses recursos, o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, afirmou, na última quarta-feira, que o governo não está "criando nenhum custo adicional" para as instituições financeiras.
Ontem, foi a vez de o ministro Guido Mantega (Fazenda) defender que "não há razão para aumento de taxas de juros e de "spreads" no país, porque as condições são muito favoráveis. Não sei dizer, quem tem que responder são os bancos".
Para o ministro, "o que o BC fez foi retornar ao status pré-crise. A medida é adequada e terá um efeito positivo". Para Rubens Sardenberg, economista-chefe da Febraban (entidade que representa os bancos), é inegável que a medida anunciada pelo BC "reduz a oferta de dinheiro e põe pressão sobre o custo".
Apesar de ser esperada por parte do mercado, a decisão, anunciada na noite da última quarta-feira, diminuirá a oferta de crédito e aumentará o preço.
O tamanho do impacto, avalia, vai ser determinado por vários fatores, entre eles a concorrência bancária.
"Uma coisa é o banco ter dinheiro disponível no caixa e decidir aplicar em títulos públicos no fim do dia. A outra é o recurso estar recolhido no BC como compulsório, o que não está disponível para o banco", argumenta Sardenberg, para rebater uma das justificativas apresentadas pelo BC em defesa das novas medidas.
Na avaliação da cúpula do BC, o governo está apenas recolhendo dinheiro que estava sobrando diariamente nos bancos e era usado para comprar títulos públicos no final do dia. Para a economista Zeina Latiff, do banco ING, a decisão do BC de retomar um patamar de depósito compulsório mais próximo do que o país tinha antes da crise financeira internacional de 2008 levou a instituição a "suspender estímulos monetários que não são mais necessários".
Com isso, tenta minimizar o risco de o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) iniciar um processo de alta de juros que pode não ser suficiente para conter a alta do crédito. (Folha)

Consignado para aposentados dispara

Oferta de crédito com desconto em folha cresce 70% em janeiro ante dezembro; ritmo deve continuar forte no ano. Fim da restrição de bancos a empréstimos por causa da crise e mudança de regras para facilitar contratações estimularam crescimento.
As operações de empréstimo de crédito consignado para aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) dispararam em janeiro. O número de contratos assinados com os bancos alcançou no mês passado a marca de 1,145 milhão, o que representa um aumento de 154% em relação a janeiro de 2009. Na comparação com dezembro, o crescimento foi de 70%.
A expansão do crédito consignado também afetou o volume de recursos emprestados. No primeiro mês do ano, os aposentados e pensionistas do INSS tomaram R$ 2,16 bilhões nas instituições financeiras. O valor é 119% superior ao registrado em janeiro de 2009. Se for considerado o mês de dezembro, o crescimento foi de 17%. E a expectativa é que as contratações continuem em ritmo acelerado nos próximos meses.
Na avaliação do Ministério da Previdência, o comportamento de alta do crédito consignado em janeiro se deve a dois fatores. O primeiro motivo apontado pelo governo é a crise que dominava o cenário econômico mundial em janeiro de 2009.
As turbulências provocaram na época uma redução da oferta de crédito por parte dos bancos, que tinham dificuldades de captar recursos para emprestar. Isso fez com que o volume de operações de crédito consignado registrado em janeiro do ano passado encolhesse.
"A crise afetou principalmente os bancos pequenos e médios, que eram as instituições mais agressivas nessa modalidade de crédito. Muitos bancos venderam suas carteiras por conta da falta de liquidez", acrescenta o vice-presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel de Oliveira.
Mudança de regras — E foi justamente por conta da crise que, em abril do ano passado, o governo mudou as regras do crédito consignado dos aposentados. A intenção era flexibilizar as regras dessa modalidade de empréstimo para estimular o consumo e reativar a economia.
Com as alterações, os aposentados foram autorizados a comprometer até 30% de sua renda com o crédito consignado na modalidade empréstimo pessoal -que é a mais utilizada.
O limite anterior era 20%, mas os segurados podiam usar mais 10% no cartão de crédito.
A medida adotada pelo governo surtiu efeito, elevando o volume de operações do crédito consignado desde então. Em um primeiro momento, houve um pico de contratações, mas os números depois caíram, atingindo estabilidade. Para o Ministério da Previdência, esse foi o segundo motivo para o aumento das operações no mês.
O crescimento na comparação com dezembro, afirmam técnicos da Previdência, deve-se ao fato de janeiro ser um mês típico de refinanciamento de dívidas, com a oferta de várias vantagens aos aposentados por parte dos bancos.
"É um mês em que há maior demanda por crédito porque as pessoas trazem dívidas das férias e há o pagamento de escola, de IPTU", afirmou Oliveira.
O estoque do crédito consignado chegou a R$ 109,897 bilhões em janeiro de 2010, segundo o Banco Central -aumento de 37,9% em 12 meses.
No setor público (funcionários públicos ativos e inativos e INSS), alcançou R$ 94,851 bilhões -crescimento de 37,8%.
A participação do consignado no crédito pessoal chegou ao patamar recorde de 60,7% em dezembro, percentual que foi mantido em janeiro. Um ano antes, estava em 54,9%.
De janeiro de 2009 a janeiro de 2010, os contratos de consignado envolvendo apenas os aposentados do INSS alcançaram R$ 24,6 bilhões.
A quantidade acumulada de operações nesse período foi de 10,6 milhões. (Folha)

Nova descoberta da Petrobras reforça tese da existência de reserva semelhante à da Bacia de Campos no pré-sal do Rio

As duas novas descobertas de petróleo anunciadas nesta quinta-feira pela Petrobras, reforçam a possibilidade de existir um grande reservatório abaixo da camada de sal sob a Bacia de Campos, responsável por 80% da produção petrolífera nacional. A descoberta indica a existência de óleo tanto na camada de pré-sal como na de pós-sal, em um único poço no campo de Barracuda - localizado na Bacia de Campos, a cem quilômetros do litoral do Estado do Rio.

Se a tese se confirmar, é como se o Rio tivesse, em frente a seu litoral, duas bacias de Campos. Isso significaria mais petróleo e mais royalties para o estado. Em janeiro, a produção de petróleo no estado foi de 1,61 milhão de barris por dia, para uma produção nacional de 1,97 milhão de barris diários. Até agora, as descobertas feitas no pré-sal têm se concentrado na região da Bacia de Santos, que fica em frente a São Paulo.

" A Petrobras não precisará fazer nenhum grande esforço de investimentos em infraestrutura, com isso, a descoberta vai se transformar mais rapidamente em recursos financeiros "

O fenômeno ocorrido em Barracuda é semelhante ao que se verificou no campo de Jubarte, igualmente localizada na Bacia de Campos, porém em frente ao litoral do Espírito Santo. Lá também foi encontrado petróleo no pós-sal e no pré-sal na mesma área, embora por meio de perfuração de poços distintos.

Volume pouco significativo, porém mais viável

O óleo encontrado no pré-sal é leve (de maior valor comercial), e as reservas recuperáveis são de 40 milhões de barris, em reservatórios com boa produtividade, confirmada pelos testes da estatal. Já a estimativa de volume recuperável - 25 milhões e 40 milhões de barris de petróleo respectivamente - representa menos de 0,5% das reservas brasileiras, volume considerado pouco significativo.

Mesmo assim, pode ser mais vantajosa para a Petrobras do ponto de vista econômico. A boa infraestrutura de produção da Bacia de Campos - área localizada entre os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo - pode levar à produção mais rápida de petróleo do pré-sal do que na Bacia de Santos, onde atualmente se encontra o poço gigante de Tupi.

- A plataforma P43 é bem próxima ao poço descoberto. Fazer a ligação e passar a produzir os barris será mais ágil. A Petrobras não precisará fazer nenhum grande esforço de investimentos em infraestrutura, com isso, a descoberta vai se transformar mais rapidamente em recursos financeiros do que as perfurações na Bacia de Santos, que ainda precisa desenvolver a estrutura para extração do óleo - avaliou Luiz Otávio Broad, analista de Petróleo da Ágora Corretora.

Por enquanto, a Bacia de Santos dispõe apenas de uma plataforma, operando em fase piloto. Especialistas da área acreditam que será preciso construir pelo menos mais 10 plataformas, só para extrair o volume estimado, de mais de 1 bilhão de barris.

- Essa descoberta de um poço com capacidade de produção tanto no pós-sal quanto no pré-sal na Bacia de Campos pode até ser economicamente mais interessante para a empresa, mas tudo vai depender do tamanho da descoberta - comentou Edmar Almeida, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Mercado aguarda capitalização da empresa — O professor da UFRJ e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, considera o volume das reservas até significativo e diz que a descoberta do pré-sal confirma as boas perspectivas para a Petrobras. Mas ele destaca que o mercado está mais atento agora ao desenrolar do projeto de capitalização da Petrobras e a sua capacidade de explorar as descobertas que estão sendo anunciadas.

- O volume é considerável e anúncio de descoberta é sempre uma boa notícia. Mas o mercado está cansado de tanto anúncio de descoberta. É preciso confirmar que vai haver capital para explorar isso - afirma Pires.

A Petrobras ainda não divulgou seu plano de investimentos para os próximos cinco anos por causa do atraso em seu projeto de capitalização. Nesta quinta-feira, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que aprovar a capitalização da Petrobras é prioridade do governo.

Na véspera, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, revelou que a Petrobras fará este ano uma oferta pública de ações de US$ 50 bilhões. Ele classificou a oferta como a maior da história do capitalismo. O dinheiro será usado para equipar a empresa e dotá-la de infraestrutura. (O Globo)