terça-feira, 2 de março de 2010

Está na hora de renegociar os valores do vale-refeição

Hora de reajustar o vale refeição

A defasagem dos valores dos vales refeição nos preocupa. Pois interfere, diretamente, na qualidade de vida dos trabalhadores e trabalhadoras, afetando sua saúde e disposição para o trabalho.

O reajuste do vale alimentação deveria ser automático por parte das empresas, que têm a obrigação de acompanhar, através de pesquisas informais, os custos das refeições de seus trabalhadores, no dia-a-dia de suas operações. Afinal, através do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), do Ministério do Trabalho, só existem vantagens em se investir na alimentação dos que reproduzem as riquezas da empresa.

Para os trabalhadores, uma alimentação equilibrada e saudável melhora suas condições nutricionais e a qualidade de vida, afeta positivamente a capacidade física, com aumento da resistência à fadiga e às doenças. Com um impacto direto na redução dos acidentes de trabalho.

Só por estes aspectos, os patrões mais conscientes deveriam ser os primeiros a acompanhar de perto os investimentos em alimentação.

Para a empresa, os investimentos em alimentação retornam com aumento de produtividade, com a melhoria de integração entre seus funcionários e a corporação, reduz os atrasos e faltas e a rotatividade e, para completar, o PAT permite a insenção de encargos sociais sobre o valor da alimentação fornecida.

Até mesmo o governo tem ganhos com um trabalhador e trabalhadora bem alimentados, com a redução de despesas e investimentos na área da saúde, com o crescimento da atividade econômica e com o bem-estar social.

Mas, infelizmente, os patrões só agem se forem pressionados pelos sindicatos que representam seus trabalhadores. Por isso, a UGT vai orientar seus sindicatos filiados a retomar negociações específicas para renegociar os valores do vale refeição e do vale alimentação (usado para reforçar as compras do mês, nas empresas que não fornecem alimentação no local de trabalho).

É uma iniciativa a favor do Brasil, dos seus trabalhadores e trabalhadoras e tem o apoio de toda a sociedade. (Por Marcos Afonso de Oliveira)

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Pesquisa: vale-refeição só paga almoço até o meio do mês

Foram entrevistados 3.224 responsáveis por restaurantes em 23 cidades das cinco regiões do PaísEnviar por email Imprimir Comentar RSSAnúncios Google Viagens Trabalho.

Em São Paulo o vale-alimentação só dura até o meio do mês. Pesquisa realizada pela Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert) divulgada ontem mostra que o valor médio da refeição em São Paulo é de R$ 19, enquanto o benefício concedido por empresas para a alimentação dos funcionários é, em média, de R$ 10 por dia de trabalho.

A pesquisa entrevistou 3.224 responsáveis por restaurantes em 23 cidades das cinco regiões do País. Foram incluídos restaurantes filiados a pelo menos uma empresa operadora de benefícios e que trabalhem com pratos a la carte, prato feito, executivo ou refeições por peso. O resultado foi um preço médio nacional de R$ 18,20 para refeições que incluem prato principal, salada, uma bebida não alcoólica, sobremesa e cafezinho. O valor é 11% maior do que os R$ 16,30 encontrados por outra pesquisa da Assert realizada entre janeiro e fevereiro de 2009.

O levantamento confirma tendência demonstrada pelos números do IPCA do ano passado, que apontam a refeição fora do domicílio como uma das principais vilãs da inflação, encarecendo 9,05% e contribuindo com 0,37 ponto porcentual no índice anual de 4,31%.

Segundo a Assert, aproximadamente 6 milhões de trabalhadores recebem o benefício no Brasil, 80% deles têm remuneração abaixo de cinco salários mínimos.

O poder de compra do trabalhador no restaurante, no entanto, caiu nesse período. Segundo o presidente da Assert, Arthur Almeida, o valor médio do benefício não tem se alterado significativamente nos últimos anos, e se manteve em R$ 10. Se forem adotadas as médias de R$ 19 para a refeição e de R$ 10 para o vale, quem trabalha 20 dias por mês ainda precisa desembolsar R$ 180 por mês para se alimentar. "No ano passado, a prioridade, tanto dos trabalhadores quanto dos sindicatos nos acordos, era a manutenção do emprego. Houve pouco espaço para essa reivindicação", diz.

Aperto — Para quem ganha o vale, a briga para encaixar o preço da refeição no orçamento é diária. O webdesigner Bruno Alves, de 26 anos, trabalha na região da Avenida Paulista e recebe R$ 7 por dia para almoçar, valor insuficiente. "Dá pra almoçar só até o meio do mês. Gasto o dobro disso em cada almoço aqui na região", afirma ele.

A auxiliar administrativa Angélica Rodrigues, de 29 anos, recebe um vale maior, mas mesmo assim acha insuficiente. "Um prato com salada custa R$ 20, e meu vale é de R$ 14. Chega até o dia 20", conta. Sua estratégia para fazer o benefício render é migrar de restaurante, para opções mais baratas, conforme o mês avança. "Vou para um ali da rua de baixo, que sai mais em conta."

Já Adilson Queibre, de 25 anos, que trabalha em uma financeira e recebe R$ 16,88, consegue ainda levar um troco por dia após o almoço. "Sempre peço os pratos mais baratos, que custam R$ 12, tomo um refrigerante e gasto uns R$ 15", diz ele.

Dentre as categorias de trabalhadores, os bancários são os que recebem benefícios mais próximos da média: em todo o Brasil o valor é R$ 16,88 por dia. "Para o interior o valor é suficiente, mas para regiões como a Avenida Paulista, não", afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino.

"Consideramos esse o modo mais democrático de conceder a refeição. Nos acordos, priorizamos os reajustes de vale-alimentação e refeição ao salarial. Se eles aumentam, o bancário tem mais dinheiro para outras coisas", diz. A última revisão do valor, em setembro passado, foi de 6%.

Comerciários têm benefício garantido apenas de domingos e feriados, apesar de empresas de grande porte, geralmente, o concederem para todos os dias de trabalho. "Varia entre R$ 12 e R$ 21", afirma o presidente do sindicato da categoria, Ricardo Pattah. "Neste ano, para a convenção coletiva, vamos tentar caminhar rumo ao vale todo dia." Ele acrescenta que o vale-alimentação é a segunda reivindicação, atrás apenas de cesta básica, nas consultas a filiados.

Dentre os metalúrgicos a situação é diferente: o sindicato não negocia em convenção pois grande parte das empresas tem refeitórios. Caso contrário, o valor do benefício é avaliado pela própria empresa, com base nos preços de refeições na região.

Gripe suína: campanha contra vírus H1N1 vacinará 90 milhões de pessoas no país, diz Temporão

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou nesta segunda-feira que 90 milhões de brasileiros deverão ser vacinados contra a influenza A (H1N1) - gripe suína - em dois meses. A campanha de vacinação começa no dia 8 de março. ( Tire suas dúvidas sobre a gripe suína )

- Esta será a maior campanha do mundo. Estou confiante de que faremos a diferença este ano - declarou o ministro, durante o seminário complexo industrial da saúde, em São Paulo.

" É um longo caminho porque é uma doença complexa. (Mas), em 5 anos poderemos ter uma vacina "

Temporão afirmou também que os ministérios da Saúde e de Ciência e Tecnologia trabalham em busca de uma vacina contra a dengue.

- É um longo caminho porque é uma doença complexa. (Mas), em 5 anos poderemos ter uma vacina - disse.

Na semana passada, o Ministério da Saúde anunciou que adultos entre 30 e 39 anos poderão receber a vacina. Esse grupo estava fora da campanha nacional de imunização, que começa dia 8 de março. Além dos adultos saudáveis dessa faixa etária, o ministério vai vacinar profissionais de saúde, crianças de 6 meses a 2 anos incompletos, pessoas com problemas crônicos de saúde, povos indígenas, mulheres grávidas e jovens entre 20 e 29 anos.

Ao todo, serão 36 mil postos de vacinação em todo o país. A primeira etapa, quando os profissionais de saúde e os índios serão imunizados, acontece entre os dias 8 e 19 de março. O último grupo a ser vacinado é população que tem de 30 a 39 anos. A imunização será entre os dias 10 e 21 de maio. (O GLOBO)

Caixa recupera R$ 2,4 bilhões em créditos em 2009. Valor é 38% maior do que em 2008

A Caixa Econômica Federal recuperou em 2009 cerca de R$ 2,4 bilhões de créditos em inadimplência de suas carteiras comerciais e habitacionais por meio de liquidação e renegociação de dívidas. O desempenho é 38% maior em relação aos valores atingidos em 2008 e é apontado como conseqüência da implantação de diversas modificações no modelo de cobrança, promovidas ao longo do ano passado.

Um das ações teve início em junho de 2009, quando a Caixa reforçou sua atuação em telecobrança para a carteira de créditos com poucos dias de atraso, abrangendo clientes dos segmentos Pessoa Física e Microempresa. A telecobrança passou a ser feita por empresa especializada, com equipe capacitada em realizar contatos e prestar atendimento aos clientes.

Segundo o vice-presidente de Pessoa Física da Caixa, Fabio Lenza, a fase da telecobrança é muito importante para evitar que a situação de atraso dos contratos se agrave. "Muitas vezes o cliente precisa apenas ser lembrado para realizar o pagamento da prestação", avalia Lenza.

A Caixa também encerrou o ano de 2009 sendo responsável por 8,8% do crédito ofertado pelo Sistema Financeiro Nacional, frente aos 6,5% de participação em 2008. O saldo da carteira de crédito da Caixa alcançou R$ 124,4 bilhões, um incremento de 55,3% em relação ao registrado em 2008. No mesmo período o mercado teve um crescimento de 14,9% no estoque de crédito.

A expansão da carteira de crédito ocorreu com a elevação em sua qualidade. Ampliou-se a participação dos créditos classificados de AA a B (baixo risco de crédito) de 69,8%, em 2008, para 78,7%, em 2009. Em igual período, a inadimplência (atrasos superiores a 90 dias) reduziu-se de 2,4% para 2,2% e o percentual de provisão com relação ao saldo da carteira de crédito caiu 1,5 p onto percentual, baixando de 8,6% para 7,1%, indicando a melhoria da qualidade da carteira.

O saldo da carteira comercial alcançou R$ 44,9 bilhões, um aumento de 55,7% frente a dezembro de 2008. O segmento de Pessoas Jurídicas obteve saldo de R$ 23,5 bilhões e o de Pessoa Física, R$ 21,4 bilhões, crescimento de 55,8% e 55,7%, respectivamente, em relação a 2008.

Em Habitação, a Caixa bateu recorde histórico de contratações. Nos doze meses, os recursos concedidos chegaram a R$ 47,3 bilhões e a R$ 49,3 bilhões, se considerados os R$ 1,4 bilhão em repasses e os R$ 573 milhões realizados por meio de consórcio, aumento de 105,2% frente a 2008. O saldo da carteira habitacional registrou R$ 70,5 bilhões em 2009, valor 56,5% maior do que o ano anterior. (O Globo)

Datafolha: apenas 14% aprovam atuação do Congresso

Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira pelo jornal "Folha de S. Paulo" mostra que apenas 14% aprovam a atuação do Congresso Nacional, palco de uma série de escândalos no ano passado. Na última pesquisa, realizada em dezembro de 2009, o percentual do eleitorado que considerava o desempenho dos parlamentares como "ótimo ou bom" era de 15%. Há um ano, chegava a 16%.

De acordo com o levantamento, 39% acham o trabalho do Congresso "regular", percentual que se manteve estável desde março de 2009. Já uma fatia de 39% do eleitorado avalia como "ruim ou péssima" a atuação dos parlamentares. Esse percentual, que era de 37% há um ano, havia subido para 40% na pesquisa anterior.

A sondagem mostra ainda que, dos entrevistados que simpatizam com o PSDB, apenas 7% consideram ótimo ou bom o desempenho do Congresso, enquanto 56% dizem que é "ruim ou "péssimo". Dos que preferem o PT, segundo a pesquisa, 17% acreditam que é "ótimo ou bom", e 35%, "ruim ou péssimo".

Segundo o Datafolha, a melhor avaliação foi dos entrevistados que têm preferência pelo PMDB, partido dos presidentes do Senado, José Sarney (AP), e da Câmara, Michel Temer (SP). Entre eles, 20% dizem que o desempenho dos parlamentares é "ótimo ou bom", e 37%, "ruim ou péssimo".

O Datafolha ouviu 2.623 pessoas acima de 16 anos nas cinco regiões do país, entre os dias 24 e 25 de fevereiro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para mesmo.

Diferença entre Dilma e Serra cai para quatro pontos — Já pesquisa Datafolha divulgada no domingo mostra que a distância entre a ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), caiu de 14 para apenas quatro pontos percentuais desde dezembro. De acordo com a sondagem, Dilma pulou de 23% das intenções de voto, em dezembro passado, para 28%. Já Serra, que ainda não confirmou sua candidatura, caiu de 37% para 32% no mesmo período.

O crescimento de Dilma fez a oposição entrar em estado de alerta . Os tucanos temem que isso reforce as especulações de que Serra poderia trocar a acirrada disputa nacional por uma reeleição mais tranquila em São Paulo. Outra preocupação para a oposição é a redução da diferença entre ele e Dilma no Sudeste, de 22 para 14 pontos. Com isso, aumentam também as pressões para que o governador de Minas, Aécio Neves, aceite ser vice na chapa de Serra. (O Globo)

Lula presta solidariedade a Bachelet em breve visita ao Chile

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve reunido, no início da noite desta segunda-feira, com a presidente do Chile, Michelle Bachelet, em Santiago.
Lula mudou sua agenda ao longo do dia e resolveu seguir viagem de Montevidéu, onde compareceu à posse do presidente José Mujica, rumo a Santiago, para se encontrar brevemente com Bachelet no aeroporto da capital chilena.
O presidente expressou sua "solidariedade com o povo chileno, com (a presidente) Michelle (Bachelet)" e também ofereceu suas "condolências com os familiares das vítimas do terremoto".
Lula retorna ainda hoje ao Brasil e deve chegar por volta das 23 horas em São Paulo, onde cumpre agenda oficial amanhã, segundo a assessoria do Palácio do Planalto.
O Brasil deverá enviar profissionais de saúde, hospitais de campanha e estruturas para montar pontes móveis para atender às vítimas do terremoto de 8,8 graus que atingiu o Chile no último sábado.
Bachelet disse que o número de mortos deve aumentar. Oficialmente, o governo chileno confirma que o terremoto matou 723 pessoas até o momento, mas ainda há desaparecidos e feridos.
O país enfrenta ainda confrontos envolvendo saqueadores e as forças de segurança. As autoridades chilenas mobilizaram as Forças Armadas para conter a onda de saques, que já levaram à prisão ao menos 160 pessoas.
Desde ontem, por determinação de um decreto de Bachelet, está em vigor o toque de recolher na região de Concepción, segunda maior cidade do Chile, a 400 quilômetros de Santiago. O local, que tem cerca de 500 mil habitantes, foi um dos mais atingidos pelo sismo.
De acordo com o governo chileno, aproximadamente 1,5 milhão de casas foram danificadas e 2 milhões de pessoas foram afetadas pelo tremor. Há pessoas que estão nas ruas porque perderam suas casas. O medo também afasta alguns chilenos de suas residências, pois tremores secundários continuam ocorrendo.
Bachelet apelou para que a população mantenha a confiança no governo porque todos os esforços estão sendo feitos. Segundo ela, as autoridades federais, estaduais e municipais se uniram em busca da execução de medidas para evitar o agravamento da situação.
"Estamos fazendo tudo que precisa ser feito, em casos mais urgentes, para que, logo que possível, a situação global seja normalizada", disse a presidente chilena.
O mandato de Bachelet termina no próximo dia 11, quando Sebastián Piñera assumirá o posto. Os dois já se reuniram para discutir as providências que deverão ser tomadas em relação às consequências do terremoto.

Governo prevê parceria de empresas públicas e privadas em banda larga

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirmou hoje, que o Plano Nacional de Banda Larga, cuja meta é universalizar o acesso à internet rápida no país, está na dependência de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na qual serão discutidas soluções para alguns problemas levantados na última reunião.
"Acho que está tudo bem. A pretensão é a de fazer uma joint venture entre as empresas públicas e privadas para que possamos cobrir as áreas que lamentavelmente não têm ainda internet." A reunião com o presidente está prevista para a próxima semana,
A existência de pontos de atendimento para os jovens usarem a banda larga gratuita é um dos detalhes que serão discutidos mais adiante, informou Costa. De acordo com ele, a internet chegará aos pontos públicos, embora seja "praticamente impossível" pensar em internet gratuita para todos.
"Isso nenhum país conseguiu fazer até agora. Não tem estrutura que aguente uma carga dessa natureza. O que se pretende é fazer com que a internet esteja disponível nos principais pontos de acesso, atendendo nas escolas, entidades, associações comunitárias e universidades". (Agência Brasil)