quarta-feira, 24 de março de 2010

UGT quer acabar com tarifas para liberação de FGTS para casa popular até R$ 130 mil

O ideal seria não ter tarifas do FGTS para casas populares

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) concorda com as medidas adotadas pelo Conselho Curador do FGTS, no qual temos assento. Mas o ideal pelo qual continuaremos a lutar é que se elimine toda e qualquer tarifa para as casas populares, com valores até R$ 130 mil. O dinheiro do FGTS trata-se de uma reserva que os trabalhadores levam anos para acumular, com os menores juros do mercado, e na hora do financiamento da casa própria ainda têm que pagar tarifa. Qualquer tarifa neste caso é custosa e substitui outros investimentos inadiáveis. Desde a mudança para a nova casa, como a instalação de um chuveiro. O dinheiro para os mais pobres é algo real, custoso de ganhar e que não pode ser transformado em tarifas para se verificar este ou aquele documento. Vamos desburocratizar o país e acabar com estas tarifas para a liberação do FGTS para as casas com valor até R$ 130 mil reais. (Ricardo Patah, presidente nacional da UGT)

Tarifas para liberação do FGTS serão tabeladas

Banco cobrará no máximo R$ 1.600 para liberar dinheiro; média hoje é de R$ 3.000. Valor é para imóveis cuja avaliação for acima de R$ 130 mil e até R$ 500 mil; tarifa será de R$ 800 para avaliações até R$ 130 mil.

O comprador da casa própria que usar o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço para adquirir um imóvel pagará no futuro, no máximo, R$ 1.600 pela liberação do dinheiro. As tarifas para prestação do serviço hoje são livres.
No mercado, o preço médio cobrado pelos bancos é de R$ 3.000. Mas é a Caixa Econômica Federal que realiza a maior parte das operações, cobrando R$ 1.000 do comprador. O serviço inclui desde a avaliação do imóvel até a análise jurídica do contrato de compra e venda.
Ontem, o Conselho Curador do FGTS decidiu tabelar a cobrança de tarifas, já que o assunto nunca foi regulado pelo BC. Pelas novas regras, que entrarão em vigor 60 dias após publicadas no "Diário Oficial da União", haverá dois tipos de taxação. Para imóveis avaliados em até R$ 130 mil, a tarifa máxima será de R$ 800. Essa faixa compreende as famílias de baixa renda, segundo os critérios de classificação do FGTS.
No caso de unidades cujo valor de avaliação seja acima de R$ 130 mil e até R$ 500 mil, o teto da tarifa será de R$ 1.600. Pela legislação do SFH, o saque do FGTS para compra de imóvel só é permitido para aqueles avaliados em até R$ 500 mil.
Na prática, a medida adotada pelo conselho deverá desonerar as famílias de baixa renda, mas pode acabar pesando mais no bolso da classe média.
Isso porque, como é a Caixa Econômica Federal o banco que concentra a maioria das operações, o novo teto para a chamada habitação popular -que fica abaixo do valor único cobrado hoje pela instituição- poderá ser compensado com aumento de tarifa para os imóveis de valor mais elevado.
Custo menor — "É uma medida que preserva o caráter social adotado hoje no programa de habitação do FGTS", disse o vice-presidente de fundos e loterias da Caixa, Wellington Moreira Franco.
Para o ministro Carlos Lupi (Trabalho), o tabelamento das tarifas deverá reduzir custos para o trabalhador, pois os preços fixados estão abaixo da média do mercado.
A cobrança de tarifa para a liberação de recursos do FGTS para compra de imóveis à vista existe porque o fundo exige a comprovação de várias informações sobre a transação para permitir que o trabalhador saque o dinheiro. Esse serviço pode ser realizado e cobrado por qualquer agente financeiro.
Nos financiamentos habitacionais em que há uso dos recursos do FGTS, essa cobrança já está embutida no custo do empréstimo. "Hoje o mercado não se interessa por esse serviço. Quem acaba fazendo a maior parte é a Caixa", disse o superintendente nacional do FGTS, Joaquim Lima.
Com a regulação das tarifas, foram reduzidas as exigências de comprovação no caso de imóveis de baixa renda. (Folha)

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Bancos públicos e mercado interno ampararam recuperação, diz Paulo Bernardo

Segundo ministro, fato de o País ter 3 grandes bancos estatais facilitou processo de retomada do crédito na economia.

O fato de o Brasil possuir três grandes bancos públicos facilitou a retomada do processo de crédito na economia do País, mas o mercado interno foi fundamental para a recuperação depois da eclosão da mais recente crise financeira internacional, afirmou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

"No Brasil estamos otimistas porque as medidas que o governo adotou quando sobreveio a crise, no fim de 2008, foram até muito parecidas com as tomadas por outros países, mas no Brasil funcionou muito bem", disse. "Temos três grandes bancos públicos no País. Isso facilitou a retomada do processo de crédito na nossa economia. Mas acho que, sobretudo, o que nos sustentou foi o mercado interno."

Segundo ele, o Brasil, nos últimos oito anos, teve um processo vigoroso de crescimento do mercado interno e isso foi decisivo. "Nós temos, calcula-se, 30 milhões de novos consumidores de 2003 pra cá. No ano passado, mesmo com a crise, tivemos a criação de 1 milhão de empregos formais. Este ano, mesmo com a crise, temos a previsão de criação de 2 milhões de empregos", argumentou o ministro.

China é mais importante do que Europa — A recuperação da China é mais importante no momento para a América Latina do que a situação na Europa, mais especificamente na Grécia. A opinião foi emitida nesta terça pelo ministro Paulo Bernardo durante um seminário promovido pela Corporação Andina de Fomento (CAF) em Cancún, México.

"Em algum grau, todos na região estão surpresos com o vigoroso processo de recuperação da China. Com a crise, acreditava-se que ela cresceria um pouco menos, mas o crescimento chinês é muito rápido e, do nosso ponto de vista, muito mais importante do que o que vem acontecendo na Europa neste momento", declarou. "Talvez metade dos países da região tenha na China, atualmente, o maior parceiro econômico", prosseguiu Bernardo.

Para o ministro, "hoje parece pouco provável que problemas como esse na Grécia sejam capazes de provocar algum dano específico na América Latina e no Caribe". (Estado)

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Após duas altas seguidas, juro do crédito cai e atinge menor patamar da série histórica

Redução ocorreu principalmente nas operações para pessoas físicas, cujo juro médio passou de 43% para 41,9%, no período.

O juro médio cobrado no crédito livre - parcela de empréstimos não obrigatórios concedida pelos bancos - caiu em fevereiro, após duas altas mensais seguidas. Dados divulgados pelo Banco Central (BC), mostram que a taxa média dessas operações recuou de 35,1% ao ano em janeiro, para 34,3% anuais em fevereiro.

A redução ocorreu principalmente nas operações para pessoas físicas, cujo juro médio passou de 43% para 41,9%, no período. Nas operações para pessoas jurídicas, o juro médio cedeu 26,5% para 25,9%, no mês passado ante o mês anterior.

O juro médio e o spread bancário praticados nos empréstimos às pessoas físicas atingiram em fevereiro os menores patamares da série histórica, iniciada em julho de 1994, informou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.

No spread, que é a diferença entre a taxa de captação e juro do empréstimo, a margem cobrada pelas instituições financeiras nos créditos às pessoas físicas caiu de 31,8 pontos em janeiro para 30,8 pontos no mês passado, também o menor nível da série.

A queda das taxas de juros nos empréstimos teve relação direta com a redução dos spread bancários no período. O spread é a margem cobrada pelo banco e consiste na diferença entre as taxas de captação e de aplicação. Na média, o spread do crédito livre caiu de 25,1 pontos porcentuais para 24,3 pontos porcentuais, entre janeiro e fevereiro.

Caiu também a taxa média de inadimplência nas operações de crédito livre - quando a taxa de juro é livremente pactuada. A inadimplência foi de 5,5% em janeiro para 5,3% em fevereiro, segundo o Banco Central. A redução dos atrasos foi liderada pelas operações das pessoas físicas, cuja taxa de inadimplência caiu de 7,6% para 7,2% No crédito para as empresas, o porcentual das operações com atrasos superiores a 90 dias nos pagamentos recuou de 3,8% para 3,7%.

Empréstimos — operações de crédito do sistema financeiro apresentaram em fevereiro expansão de 0,8% na comparação com janeiro. O volume total de crédito teve crescimento de 16,8% em 12 meses terminados em fevereiro. No último dia do mês passado, o total de financiamentos somava R$ 1,435 trilhão.

"A evolução do crédito em fevereiro, além de refletir a sazonalidade característica do período, revelou comportamentos similares entre as carteiras por segmentos, constatando-se expansão tanto na parcela relativa aos recursos livres, quanto nos financiamentos com recursos direcionados, os quais registraram desaceleração comparativamente ao mês anterior", informa o documento divulgado pelo BC.

Entre os segmentos, os empréstimos ao setor privado cresceram 0,8% em fevereiro ante janeiro e 14,4% em 12 meses. No âmbito privado, chama a atenção a expansão de 2,7% no mês da carteira de empréstimos para habitação, que acumula crescimento de 46,4% em 12 meses. Ao fim de fevereiro, o volume de empréstimos ao setor privado era de R$ 1,374 trilhão e a habitação acumulava financiamentos de R$ 96,759 bilhões.

BC também informou que a participação do crédito no Produto Interno Bruto (PIB) atingiu 44,9% em fevereiro, ante 45% em janeiro. Um ano antes, em fevereiro de 2009, essa fatia era de 40,7%.

Base monetária — A base monetária (papel moeda emitido acrescido das reservas bancárias) teve contração de 2,1% em fevereiro na comparação com janeiro na média dos saldos diários, segundo o Banco Central. Com essa evolução, o saldo da base por esse conceito recuou de R$ 165,388 bilhões em janeiro para R$ 161,879 bilhões no mês passado. Em 12 meses, essa cifra teve expansão de 19,2%.

No conceito de ponta, que leva o saldo no final do período, a base monetária teve retração de 0,8% entre janeiro e fevereiro, quando o saldo passou de R$ 155,650 bilhões para R$ 154,334 bilhões. Em 12 meses, o valor teve expansão de 13,3%. (Estado)

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Crédito imobiliário alcança 3% do PIB em fevereiro

O crédito imobiliário registra alta de 41,6% nos 12 meses acumulados até fevereiro deste ano, taxa recorde de expansão de acordo com o Banco Central (BC). A relação com o Produto Interno Bruto (PIB) subiu de 2,2% em fevereiro de 2009 para 3%.

O estoque de financiamentos habitacionais era de R$ 96,76 bilhões no mês passado, com uma alta de 2,7% sobre a posição de janeiro.

Os dados do BC mostram ainda que o ritmo de crescimento é maior nas operações com recursos obrigatórios, como a captação em caderneta de poupança, com alta de 47,1% no acumulado em um ano. E o financiamento em operações a taxa livres tinha aumento de 34,9% no mesmo período.

Para o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, apesar da forte expansão vivida pelo mercado imobiliários, o volume "ainda é muito baixo" na relação com o PIB.

"As razões para isso podem se resumir no fato de que, para emprestar a longo prazo, tem que captar também no longo prazo. E só agora estão surgindo os instrumentos para isso", explicou ele, citando a recente criação da Letra Financeira (LF) para captação acima de dois anos, pelos bancos. (O Globo)

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Empresários têm a melhor expectativa de Páscoa em 4 anos

Os empresários parecem estar bem mais otimistas em relação aos negócios que serão fechados na Páscoa deste ano. Pesquisa da Serasa Experian aponta a que 58% esperam aumento do faturamento na data comemorativa em comparação com a Páscoa de 2009, "período mais crítico da crise no Brasil", diz o levantamento. Trata-se do melhor resultado desde 2006, quando a análise teve início.
O estudo, divulgado nesta segunda-feira (22), mostra ainda que 32% dos empresários entrevistados acreditam que o desempenho durante a data será igual, e 10% apostam que cairá. "A expectativa empresarial sobre a Páscoa de 2010 mostrou confiança no ambiente econômico e na resposta do consumidor às promoções do varejo", afirma a entidade, em nota.
As mais otimistas são as grandes empresas do varejo: 88% delas esperam a alta. Entre as médias e pequenas empresas o percentual cai para 68% e 55%, respectivamente.
Na média, os empresários como um todo - desde os que esperam o aumento até os que aguardam a queda - apontam um crescimento de 4,5% no faturamento da Páscoa deste ano na comparação com a de 2009.
Por região, os empresários da Região Sul são os mais otimistas: 63% deles acreditam no aumento do faturamento. Na sequência aparecem as Regiões Norte e Nordeste, com 61%, e a Centro-Oeste e Sudeste, onde 55% apostam em alta.
Pagamento — Quanto à forma de pagamento, 50% dos entrevistados acreditam que os pagamentos serão feitos à vista, e 50%, a prazo. Na opinião dos executivos, o meio de pagamento mais utilizado deverá ser dinheiro (40%), seguido por cartão de crédito (23%), cheque (18%), cartão de débito (17%), cartão de loja (2%) e outros (1%).
No tocante a vendas parceladas, as opiniões ficaram entre cartão de crédito (40%), cheque pré-datado (33%), financiamento ou crediário (18%), cartão de débito parcelado (3%), cartão da própria loja parcelado (3%) e outros (3%).
O levantamento foi realizado entre os dias 22 e 26 de fevereiro deste ano, com 1.010 executivos que trabalham no setor do comércio. [DCI)