terça-feira, 8 de junho de 2010

Os 185 mil guardas civis municipais do Brasil querem mudar Constituição para melhorar segurança pública

Guardas municipais pedem aprovação da PEC 534

(Postado por Rogério Chagas, presidente do Sindicato da Guarda Municipal do Rio de Janeiro e da Federação Nacional dos Servidores da Guarda Municipal, na foto ao lado de Nilson Duarte Costa, presidente da UGT-RJ) — Hoje, no Brasil, 185 mil profissionais estão ocupados nas guardas municipais. E é a nossa grande preocupação a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 534/2002 que está em andamento dentro do Congresso Nacional.

Já entregamos na Câmara um abaixo assinado com mais de dois milhões de assinaturas, no evento que ficou conhecido como a “Marcha Azul Marinho”, que teve a participação de mil companheiros e companheiras do Brasil todo.

Nossa reivindicação é alterar a Constituição Federal, por isso o encaminhamento através de uma Proposta de Emenda Constitucional para garantir poder de polícia às guardas municipais.

A situação de insegurança nacional, especialmente nas cidades e nos bairros aonde vivem as populações mais humildes e que têm grande concentração da classe trabalhadora, é um tema que nos preocupa enquanto representantes das guardas civis municipais e que faz parte da pauta da União Geral dos Trabalhadores que nos têm como a única entidade filiada vinculada diretamente à segurança pública.

Os guardas civis ganharão o status de polícia e além de poderem trabalhar armados estarão vinculados diretamente à população e vão trabalhar na prevenção dos crimes, na orientação das populações e na educação comunitária a favor da segurança pública.

Leia o clipping do dia, por favor:

País não cresce tão rápido desde o Real

Projeção média do mercado para PIB no primeiro trimestre é de 2,5% (10,2% anualizado), com salto em três trimestres de pelo menos 6%

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta terça-feira, 8, o resultado do PIB do primeiro trimestre, com a projeção média do mercado apontando um crescimento de 2,5% comparado ao trimestre imediatamente anterior (na série expurgada de variações sazonais), o que significa um ritmo anualizado de 10,2%.

Com esse anúncio, o Brasil deve registrar, a partir do segundo semestre de 2009, o período de crescimento econômico mais rápido desde o plano Real. Mesmo que a expansão do PIB de janeiro a março, comparado com o trimestre imediatamente anterior, em bases dessazonalizadas, venha no piso das expectativas de mercado, de 2,2%, a economia terá dado um salto de 6,1% em nove meses – isto é, na comparação com o PIB do segundo trimestre de 2009. No plano Real, o PIB do primeiro trimestre de 1995 foi 10% superior ao do segundo trimestre de 1994.

Segundo as estimativas das 30 instituições financeiras ouvidas pela AE Projeções, da Agência Estado, a economia acelerou-se ante o forte ritmo já alcançado o último trimestre de 2009, e deve ter crescido entre janeiro e março de 2,2% a 3,1% (9,1% a 13%, anualizado), ante o trimestre anterior, em base dessazonalizada. A mediana das projeções da AE Estado para esse indicador é de 2,5% (10,4% anualizado). No último trimestre de 2009, o crescimento ante o terceiro foi de 1,7%.

Já em relação ao crescimento no primeiro trimestre comparado a igual período de 2009, a AE Projeções colheu 28 projeções, que variaram entre 7,74% e 9,20%, com mediana de 8,55%.

"Na verdade, qualquer número de 2% a 3% significa um ritmo muito forte", comentou Alexandre Pavan Póvoa, diretor do Modal Asset Management, referindo-se à comparação ante o trimestre anterior.

Pavan, que tem projeção de 2,2% para o crescimento do PIB no primeiro trimestre, acha que a definição de um número mais próximo de 2% ou de 3% vai depender basicamente dos investimentos. No caso do Modal, a projeção é de um crescimento do investimento de 2,5% ante o trimestre anterior, o que dá um ritmo de 10,4% anualizado.

Já o Santander tem uma previsão bem mais agressiva para a expansão do investimento no primeiro trimestre, de 5,1%, naquela mesma base, o que dá mais de 20% anualizado. Alexandre Schwartsman, economista-chefe do Santander no Brasil, ressalva que a sua projeção com resultados mais consistentes é a que compara com o mesmo período do ano anterior – nessa base, e previsão para os investimentos é de um salto de 19% no primeiro trimestre.

As instituições também projetam a continuidade do forte desempenho do consumo das famílias. "São dois motores, investimento e consumo", diz José Márcio Camargo, da gestora Opus. A mediana das projeções de mercado para o crescimento do PIB em 2010 já é de 6,6%. (Estado)

Lupi volta a prever 2,5 milhões de novas vagas em 2010

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, reafirmou hoje no Rio que devem ser gerados 2,5 milhões de empregos formais no País em 2010. A expectativa é de que, em maio, sejam abertas entre 270 mil e 280 mil vagas. As declarações de Lupi foram dadas durante a cerimônia de abertura das novas instalações da Central de Apoio ao Trabalhador no Rio (CAT-RJ), em São Cristóvão, na zona norte.

De acordo com o ministro, a geração de novos empregos está sendo puxada pela indústria, em especial a de produtos alimentícios, de metalurgia e metalomecânica. Lupi afirmou que estes dois últimos setores já recuperaram as perdas do ano passado. O ministro também destacou os bons resultados no comércio e no setor de construção civil neste ano. (Estado)

Poupança tem captação líquida de R$ 2,12 bi em maio, a maior desde 1995

Segundo dados do BC, o saldo da aplicação atingiu R$ 334,87 bilhões ao final do período

As aplicações em poupança superaram os saques em R$ 2,12 bilhões em maio, informou nesta segunda-feira, 7, o Banco Central (BC). Este foi o melhor resultado para meses de maio desde o início da série histórica do BC, em 1995. Foram aplicados R$ 95,910 bilhões, ante R$ 93,789 bilhões em retiradas, que resultaram num estoque total de R$ 334,87 bilhões em todas as cadernetas do País.

O resultado em maio é 25% maior do que o verificado no mês anterior e 12,8% mais alto que maio de 2009. Este foi o 13º mês consecutivo em que as aplicações superaram os saques; em abril de 2009, a captação líquida foi negativa em R$ 941 milhões. (Estado)

33% dos alunos da rede privada já se embriagaram

Eles relatam que bebedeira ocorreu pelo menos um mês antes da pesquisa

Entre estudantes do ensino fundamental, os que ficaram bêbados ao menos uma vez na vida somam 14%.

Dados inéditos de uma pesquisa sobre o uso de drogas entre os alunos de escolas particulares da cidade de São Paulo revelam que um em cada três estudantes do ensino médio se embriagou pelo menos uma vez no mês anterior ao levantamento.
Os dados mostram ainda que a bebedeira -consumo de cinco ou mais doses na mesma ocasião- é uma prática comum para muitos dos que têm idade entre 15 e 18 anos: 7% dos meninos e 5% das meninas fazem isso de três a cinco vezes por mês.
A pesquisa, do Cebrid (Centro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas) da Unifesp, ouviu, em 2008, 5.226 alunos do ensino fundamental e médio de 37 escolas -os dados só foram concluídos agora.
Entre os estudantes do ensino fundamental (7ª e 8ª séries), o total dos que se embriagaram ao menos uma vez no último mês é menor (14,2%), mas surpreende por conta da idade: geralmente entre 13 e 15 anos.
FATOR DE RISCO — Segundo a pesquisa, o fator de risco mais associado ao consumo excessivo de álcool é sair à noite.
O grupo de alunos que saem ao menos uma vez por semana tinha quase dez vezes mais chances de ter tomado uma bebedeira no mês anterior que os que não saem.
Ricardo (nome fictício), 16, costuma sair à noite três vezes por semana. Sábado, na companhia de dois amigos, estava na rua Augusta com uma garrafa de vinho.
"Não dou mais "PT", mas fico bêbado, lógico. Com seis latinhas já estou "alto'", afirma o rapaz, explicando que "PT" significa perda total: "passar mal, vomitar, ir para casa mal". Experiência que os três dizem ter vivenciado. "Agora só bebo socialmente. Antes, bebia meia garrafa de vodca sozinho", diz João, 15, amigo de Ricardo.
Apesar de a venda de álcool ser proibida para menores, a turma comprou a garrafa num mercado na redondeza, sem mostrar identidade.
DIÁLOGO — "A intoxicação por álcool tem efeito estimulante, no primeiro momento. Isso favorece a agressividade e comportamentos impulsivos e diminui a autocrítica. É o que deixa a pessoa mais em risco", diz Ana Regina Noto, professora da Unifesp e coordenadora da pesquisa.
"Mas não é prendendo o filho em casa que um pai vai evitar que ele beba demais", diz o psiquiatra da Unifesp Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes).
"O ideal é investir em fatores de proteção, como conversar. Perguntar o quanto o filho bebe, como bebe, por que bebe... E aí entrar numa estratégia de redução de danos mesmo", diz Xavier.

Leia mais em http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/747028-controle-de-venda-de-bebidas-deve-ser-melhorado.shtml (Folha)

Banco Mundial defende inclusão de informais na previdência

Um estudo do Banco Mundial apresentado nesta segunda-feira, no Rio, sugere que os países da América Latina façam reformas de seus sistemas da previdência, para dar mais proteção aos informais e para maior portabilidade para os trabalhadores que mudam muito mais de emprego do que há 20 ou 30 anos. Atualmente, segundo o estudo, menos de 50% dos trabalhadores da região são cobertos com previdência contributiva.

- A boa notícia é que a região está pronta para enfrentar estas questões, depois de ter estabilizado a economia e ter avançado muito com programas sociais, como o Bolsa Família, no Brasil e o Oportunidades, no México. Mas esta integração tem de ser pensada, o importante é que o sistema previdenciário seja autossustentável - afirmou Helena Ribe, gerente do setor de Proteção Social, região da América Latina e do Caribe do Banco Mundial.

Ela afirmou que os países da região não podem segregar parte da população que não possui emprego formal. Além disso, segundo ela, a reforma tem de levar em conta a integração com os programas sociais. Ela afirma, também, que isso tem de ser integrado com programas de fortalecimento do mercado de trabalho.

Francisco Ferreira, economista do Banco Mundial, afirma que a redução da desigualdade no Brasil entre 1985 e 2004 foi obtida, quase que integralmente, com programas sociais e previdenciários, muitos dos quais incluídos na Constituição de 1988. Ao contrário dos último anos, segundo ele, quando o emprego teve um papel mais importante.

Entretanto, em sua opinião, o gasto do país com alguns programas previdenciários, que são mais favoráveis a trabalhadores mais "ricos", como os servidores públicos, poderia ser mais eficiente na redução da pobreza:

- O déficit da previdência é elevado e poderia ser melhor aplicado, como na melhoria efetiva da educação, principalmente nos primeiros anos das crianças -- disse.

Ele também afirmou que o sistema previdenciário deve ser integrado com os programas sociais para evitar incentivos à informalidade. Ou seja, os benefícios nunca podem ser tão elevados a ponto de compensar, e acabarem desmotivando a população a trabalhar. (O Globo)