terça-feira, 20 de julho de 2010

Semana de definição da taxa Selic que a UGT quer que seja drasticamente reduzida para o bem da nossa economia e pela geração de empregos

Crédito imobiliário da Caixa cresce 95% e atinge R$ 34,1 bilhões no 1º semestre

Do total liberado, R$ 16,48 bilhões foram destinados ao programa Minha Casa, Minha Vida

A Caixa fechou o primeiro semestre com um volume recorde de R$ 34,1 bilhões em crédito imobiliário, em mais de 5,75 mil contratos. O volume é equivalente a um crescimento em valor de 95,1% ante o mesmo período de 2009, informou a instituição nesta segunda-feira.

Segundo o vice-presidente de governo da Caixa, Jorge Hereda, do total liberado, R$ 16,48 bilhões foram destinados ao programa Minha Casa, Minha Vida.

Ainda de acordo com o banco, o montante liberado no primeiro semestre superou todo o volume destinado a moradias no ano de 2008, quando foram emprestados R$ 23,3 bilhões.

Até o final deste ano, a Caixa estima que a aplicação de recursos em crédito imobiliário supere R$ 60 bilhões.

"O desempenho da Caixa em financiamento habitacional é compatível com o atual ciclo de desenvolvimento econômico e de inclusão social do país", explicou a presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho.

No Estado de São Paulo foram financiados no 1o semestre 128.874 imóveis, em relação as 110.450 unidades em igual intervalo no ano passado.

Em termos de valores houve um aumento de 71,7% em São Paulo, passando de R$ 5,3 bilhões no primeiro semestre de 2009 para R$ 9,1 bilhões na primeira metade deste ano.

Segundo a Caixa, se este ritmo for mantido, até o final do ano o volume de financiamentos habitacionais em São Paulo ultrapassará os R$ 12 bilhões registrados em 2009. (Estado)

Abono salarial começa a cair na conta de 4,5 milhões de trabalhadores

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou que aproximadamente 4,5 milhões de trabalhadores com conta na Caixa Econômica Federal vão receber a partir de segunda-feira o abono salarial de um salário mínimo (R$ 510). Serão pagos R$ 2,3 bilhões com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Quase um quarto dos cerca de 18,4 milhões de trabalhadores com direito a receber o benefício começam a receber o pagamento a partir da semana que vem. O abono representará, no total, um dispêndio estimado em R$ 9,4 bilhões ao FAT.
O pagamento dos demais identificados será feito entre 11 de agosto e 30 de junho de 2011 nas agências do Banco do Brasil (BB) e da Caixa.
Para receber o abono, os trabalhadores devem estar cadastrados no Programa de Integração Social (PIS) ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) há pelo menos cinco anos.
Também é necessário ter trabalhado pelo menos 30 dias no ano-base (2009) e ter recebido até dois salários mínimos de média nesse período, além de estar cadastrado corretamente na Relação Anual de Informações Sociais/ 2009 (Rais).

Magazine Luiza vai investir em Rio e Espírito Santo

O Magazine Luiza, terceira maior empresa do setor de varejo, espera chegar em 2015 com um faturamento de R$ 15 bilhões, quase duas vezes maior que o previsto para este ano: R$ 6 bilhões. A empresária Luiza Trajano, dona da rede, disse nesta segunda-feira que a meta é crescer e adquirir novas lojas, inclusive no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Para isso, não descarta a possibilidade de abrir capital em bolsa de valores e fechar uma parceria com um novo sócio. Atualmente, a Capital Group tem 12,4% de participação no Magazine Luiza.

Na semana passada, o Magazine Luiza fechou um contrato de compra da Lojas Maia, com sede em João Pessoa, na Paraíba. O negócio foi avaliado em mais de R$ 290 milhões. Segundo Luiza, a compra foi realizada com capital próprio. Ela disse que 40% foram pagos em dinheiro. Os outros 60% se referem a dívidas que os antigos controladores tinham e que serão agora renegociadas.

A empresária revela que não se sentiu pressionada a fechar um negócio rapidamente, depois de perder a disputa com o Pão de Açúcar pela compra do Ponto Frio. Ela explicou que teve oportunidade de adquirir outras empresas, mas acabou não concluindo os negócios porque estava interessada na compra de um grupo do Nordeste:

- Há dois anos eu tenho interesse na Lojas Maia. Só não fechei negócio antes porque estava entrando em São Paulo. É uma rede muito parecida com a nossa em valores e cultura.

Luiza vai focar o atendimento das 141 lojas que adquiriu da família Maia nos públicos C e D. Em um ano, todas as lojas com bandeira Maia adotarão o nome Magazine Luiza. Nos próximos três meses, Maia e Magazine Luiza já aparecerão juntas nas fachadas das lojas. A previsão é que a rede encerre este ano com 611 lojas, distribuídas em 16 estados. A receita bruta da empresa cresceu 35% no primeiro semestre desse ano. A expansão anual ficará em torno de 30%. A ideia é que o faturamento avance 15% ao ano a partir de 2011. O superintendente do Magazine Luiza, Marcelo Silva, explicou que essa projeção leva em consideração um cenário de manutenção do crescimento da economia.

Luiza Trajano disse que não se importa de ficar em terceiro lugar no ranking de varejo, liderado pelo Pão de Açúcar. A rede perdeu o posto de segundo lugar com a união da Insinuante com a Ricardo Eletro. (O Globo)

Mercado passa a apostar em alta moderada para os juros

O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne a partir de hoje para decidir se altera ou não a taxa básica de juros (Selic). Amanhã será anunciado o resultado. Enquanto isso, as divulgações recentes de importantes dados econômicos modificaram as previsões de alguns especialistas, o que favoreceu o abandono do consenso de qual será a elevação da taxa Selic pelos diretores do Banco Central (BC).
De acordo com o relatório Focus divulgado ontem, os consultados pelo BC prevêem que a taxa de juros termine 2010 a 12% ao ano. Porém, algumas informações recentemente divulgadas como o índice de atividade IBC-Br calculado pelo BC, que apresentou retração de 0,02% em maio, e a piora dos indicadores de atividade nas principais economias do mundo causaram a mudança das percepções.
O economista-chefe do Bradesco, Octavio de Barros, divulgou ontem que sua nova previsão para a elevação da Selic é de 0,50 ponto percentual, de modo que a taxa fique a 10,75% e não mais a 11%, conforme previsão anterior. A explicação do economista é que os sinais de que não haverá um superaquecimento da economia e indicadores menos intensos das atividades da economia internacional colaboraram para a alteração da perspectiva.
Com as mesmas considerações, o Sindicato das Financeiras do Estado do Rio de Janeiro (Secif-RJ) também informou ontem que prevê elevação de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros. "Mesmo se o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) chegar aos 7% este ano, será reflexo do crescimento pífio de 2009", avalia o presidente do Secif José Arthur Assunção.
O economista-chefe do banco Schahin Silvio Campos Neto cita ainda que na nota de divulgação do resultado, caso revele divisão de votos, "o que tem grandes chances de acontecer", o Copom poderá dar sinais de que o ciclo de aperto poderá estar perto do fim.
Já a economista-chefe da Rosenberg Consultores Associados Thaís Zara afirma que as desacelerações dos índices econômicos já eram esperadas e, portanto, ela estima que não haverá surpresas na reunião do Copom desta semana. "A demanda continua aquecida e a postura do BC deve permanecer relacionada a um aperto monetário", explica. Para ela, nesta quarta-feira, os diretores da autoridade monetária devem aumentar a Selic em 0,75 ponto percentual. Na opinião de Thais, deve haver mais uma elevação de 0,75 ponto percentual, a alcançar 11,75% ao ano em 2010.
Da mesma forma projeta o economista da LCA Consultores Homero Gizzo. "Prevemos elevação de 0,75 ponto percentual nesta reunião e 0,75 ponto percentual na próxima. Não vemos que é necessário mudar isto porque já aguardávamos essas desacelerações há muitos meses", diz. Para ele, "é natural que ocorra mudanças nas previsões". "Os dados da atividade econômica e a inflação até nos surpreenderam, mas não o suficiente para reavaliarmos nossas expectativas. Até mesmo o ambiente externo não deve afetar a decisão do Copom neste primeiro momento", acrescenta.
O presidente do Conselho de Administração do Ibef-SP, Walter Machado de Barros, também avalia que a taxa Selic chegará ao fim do ano em 11,75%. "Segue muito forte a possibilidade de o BC manter o ritmo de elevação em 0,75 ponto percentual na reunião deste mês", analisa.
Diferentemente dos demais especialistas, o professor de finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP), Fabio Gallo Garcia, acredita que a Selic se manterá estável. "Os dados anunciados mostraram a desaceleração da expansão da economia, o que leva à perspectiva de que o Copom, nesta reunião, deverá optar pela estabilidade da taxa em 10,25% ao ano".
No entanto, o consenso entre os especialistas é de que é muito prematuro afirmar que as desacelerações dos fatores econômicos podem indicar um desaquecimento da economia. A expectativa da maioria é de que o aumento da massa salarial, o crédito em ritmo de expansão e os investimentos em curso devem favorecer a continuidade da alta demanda interna e, assim, em mais elevações da taxa básica.
Inflação — A estimativa do mercado para a projeção de inflação (IPCA) deste ano foi reduzida de 5,45% para 5,42%, segundo o relatório Focus divulgado ontem. Para 2011, o mercado projeta a mesma alta do IPCA há 14 semanas (4,80%).
Com relação aos demais índices de preços, todas as previsões foram reduzidas para 2010. A estimativa para o IGP-DI passou de 8,68% para 8,58%, para o IGP-M, passou de 8,89% para 8,79% e o IPC-Fipe, de 5,15% para 5,12%.
A projeção do PIB em 2010 não sofreu alteração no relatório, ao se estabilizar em crescimento de 7,20% há duas semanas. (Valor)