sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Revolução na Educação para garantir oportunidades para todos os trabalhadores brasileiros

Educação e Qualificação ajudarão a gerar oportunidades para jovens e mais velhos

Vivemos um dilema na geração de oportunidades para jovens e trabalhadores mais idosos e a solução passa pela Educação e Qualificação. Os jovens, têm menos oportunidades no mercado. Os trabalhadores mais idosos sofrem discriminação mas já surgem oportunidades, em função da expansão da economia, para os idosos mais qualificados. Ou seja, de qualquer maneira que avaliemos a situação, a Educação e a Qualificação são essenciais para garantir uma vida produtiva mais digna, com a inserção no mercado de trabalho, que alem da renda garante a dignidade e a preservação da auto-estima. A UGT mantém e amplia sua campanha a favor da Revolução na Educação para buscar saídas rápidas para grandes setores da classe trabalhadora brasileira, sejam jovens, de meia idade ou mais velhos, que como cidadãos querem ter o direito legítimo de participar da construção do nosso Brasil. (Ricardo Patah, presidente nacional da UGT)

Leia mais:

Trabalhador mais velho ganha mercado

Em 2009, empresas optaram por trabalhadores com mais de 50 anos e maior escolaridade e melhoraram a remuneração média, segundo a Rais

No ano em que o País ainda sofria os efeitos da crise econômica mundial, as empresas apostaram na contratação de trabalhadores com mais de 50 anos e maior escolaridade e até melhoraram a remuneração média na comparação com 2008.

Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2009, houve um crescimento de 15,11% do emprego formal para pessoas com mais de 50 anos de 2008 para 2009, que avançou de 297.909 para 320.620 postos de trabalho.

Por outro lado, mesmo com as políticas de incentivo do governo federal, foi registrada uma expansão de apenas 4,07% das vagas – de 359.872 para 365.139 – para trabalhadores na faixa etária entre 16 e 24 anos de idade. "Na hora da crise, primeiro foram demitidos os menos experientes", frisou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, durante a apresentação da Rais.

Na avaliação do ministro, a principal dificuldade para o jovem entrar no mercado de trabalho é justamente a falta de qualificação técnica e experiência. "Essa é a realidade do mercado", reforçou. Lupi disse ainda que, mesmo apresentando dados de 2009, ou seja defasados, a Rais é uma fotografia do mercado de trabalho brasileiro.

No ano passado, segundo a Rais de 2009, foram gerados 1,766 milhão de empregos com carteira assinada – pior número desde 2003 (861.014). De 2003 a junho de 2010, foram criadas 13,997 milhões de postos de trabalho. A meta é atingir 15 milhões até dezembro. No total, existem no país 41,207 milhões trabalhadores com carteira assinada. Se considerado o resultado acumulado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), esse número sobe para 42,680 milhões.

Além dos números do Caged, a Rais capta informações de empregados estatutários (servidores públicos), avulsos e temporários.

Pelos dados da pesquisa, os trabalhadores com mais escolaridade, principalmente a mulher, conseguiram um melhor desempenho no mercado.

Em 2009, o rendimento médio dos trabalhadores formais apresentou um crescimento real de 2,51% (corrigido pelo INPC) e saltou de R$ 1.556,15 em dezembro de 2008 para R$ 1.595,22 no final de 2009.

Empregadores

Os governos federal, estadual e municipal foram um dos principais empregadores no ano passado. A administração pública contratou mais de 453,8 mil trabalhadores – número quase quatro vezes maior do que o saldo positivo de 111.740 de 2008 –,perdendo apenas para o segmento de serviços, com 654 mil novos postos de trabalho. (Estado)

Oferta de vagas para jovens cresce bem abaixo da média

Empregos aumentaram 4,5% em 2009, ante 1,5% para jovens de 16 e 17 anos. Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, diz que mercado ainda tem preconceito contra a falta de experiência.

Apesar dos programas de governo para inserção de jovens no mercado de trabalho, a oferta de empregos para essa faixa da população foi a que apresentou resultados mais modestos na geração de vagas formais em 2009.
Enquanto o número de empregos formais cresceu 4,5% em 2009, o aumento de vagas para jovens de 18 a 24 anos só aumentou 2,6%. A situação foi ainda pior para aqueles entre 16 e 17 anos: 1,5% de crescimento.
Dados divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho sobre a fotografia do emprego formal no Brasil -a Rais (Relação Anual de Informações Sociais)- revelam que as vagas para pessoas acima de 65 anos cresceram muito acima da média: 7,6%.
"É preciso admitir que é difícil aumentar a oferta de empregos para jovens porque ainda há muito preconceito com a falta de experiência. O mercado é ruim, mesmo com programas como o Projovem, que busca inserir 400 mil jovens", disse o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
Para o governo, o fraco desempenho do emprego para jovens também pode sinalizar que essas pessoas estão optando por permanecer mais tempo na escola.
A Rais é divulgada anualmente pelo governo e traz um retrato mais fiel do mercado de trabalho formal, pois inclui servidores públicos, trabalhadores temporários e avulsos e ainda informações residuais das empresas.
Mensalmente, o Ministério do Trabalho divulga o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, que mostrou que em 2009 haviam sido gerados 995 mil empregos formais. A Rais ampliou o número para 1,766 milhão.(Folha)

País gerou 1,766 milhão de empregos formais em 2009

Resultado é o mais baixo desde 2003, quando foram captados pela Relação Anual de Informações Sociais (Rais) 861.014 empregos

A Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2009 mostra que foram gerados 1,766 milhão de empregos formais no ano passado. O número divulgado nesta quinta-feira, 5, no entanto, é o mais baixo desde 2003, quando foram captados pela Rais 861.014 empregos. Para o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, os números de 2009 refletem o efeito da crise financeira mundial no mercado de trabalho. Porém, Lupi afirma que, entre os países do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), o Brasil foi o único que conseguiu registrar aumento nos postos de trabalho. "O pior resultado desde 2003 é positivo. Veio o crescimento, mas foi menor", disse o ministro.

O número de trabalhadores com vínculos formais - tomando como referência o dados da Rais de 2009 (41,207 milhões) acrescidos do saldo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do primeiro semestre de 2010 (1,473 milhão) - atingiu 42,680 milhões em junho deste ano. No governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 2003 a junho de 2010 a geração de empregos formais - celetistas e estatutários - atingiu 13,997 milhões. Segundo Lupi, será tranquilo cumprir a meta de 15 milhões de empregos formais no governo Lula.

A Rais mostra ainda que o rendimento médio dos trabalhadores formais apresentou um aumento real (descontada a inflação) 2,51%, ao passar de R$ 1.556,15 em dezembro de 2008 para R$ 1.595,22 em dezembro do ano passado. Em 2009, os setores que mais contribuíram para a criação de empregos formais foram os de serviços (654 mil), a administração pública (453,8 mil), o comércio (368,8 mil) e a construção civil (217,7 mil). Em termos relativos, o maior crescimento foi da construção civil, de 11,37%. O ministro explicou que isso é reflexo das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida".

Segundo Lupi, a Rais é uma fotografia do mercado de trabalho brasileiro. Ela mostra que quanto maior for a escolaridade do trabalhador, maior será a remuneração. Lupi disse ainda que a Rais revela que houve uma aumento na contratação de pessoas mais experientes. De 2008 para 2009, houve um crescimento de 7,62% no número de empregos de trabalhadores com mais de 65 anos. Por outro lado, a menor expansão foi verificada entre trabalhadores de 16 e 17 anos, que registraram variação de apenas de 1,46%. (Estado)

Setor automotivo terá mais de 60 mil vagas em São Paulo

Cálculo da Fiesp para o período até 2012 representa uma alta de 23,5% no número de empregos; risco é o de escassez de mão de obra

O setor automotivo deverá ser responsável pela abertura de 59,7 mil postos de trabalho no Estado de São Paulo até 2012. O número representa um aumento de 23,5% no nível de emprego setorial. Se levada em consideração a mão de obra necessária para repor as vagas já existentes e que deverão ficar desocupadas no período por demissões e aposentadorias, o número de contratações deverá ficar ao redor de 102,8 mil.

As informações são de um estudo feito pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para identificar a demanda potencial por mão de obra especializada no Estado. O objetivo é criar condições para que as empresas possam se antecipar e evitar o risco de apagão de mão de obra treinada que ameaça o País.

Para calcular a quantidade de vagas a serem abertas nos próximos anos, a Fiesp tomou como base a previsão de crescimento do setor: 12,61% para 2010, 6,47% para o ano que vem e 8,76% para 2012. No primeiro semestre, as montadoras produziram 1,75 milhão de veículos no País, 19,1% a mais do que em igual período de 2009.

"É um crescimento significativo", observa o diretor do departamento de ação regional da Fiesp, José Roberto Ramos Novaes, que coordenou o trabalho. "Passada a crise, as empresas estão investindo em novas tecnologias e novas fábricas, e precisam de profissionais mais qualificados", constata.

Raridade. O problema é que esse tipo de mão de obra é um artigo cada dia mais raro no mercado. Quando precisam de trabalhadores qualificados, as empresas ou vão buscar na concorrência, à custa de benefícios e salários mais altos, ou investem na formação de profissionais dentro das próprias fábricas.

"É essa sincronização entre a oferta e a demanda que a gente pretende fazer com esse trabalho", diz Novaes.

Além das montadoras – de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus –, o setor automobilístico engloba a indústria de autopeças e os fabricantes de reboques e carrocerias. Hoje, existem 2.137 empresas dessa natureza no Estado, o equivalente a 41,15% do total nacional (5.193 estabelecimentos).

Só no primeiro semestre, essas empresas abriram 13,5 mil postos de trabalho no Estado, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No mês passado, elas empregavam 267,6 mil pessoas, ante 254,1 mil em dezembro de 2009. Do total de empregos mantidos pelo setor no País, 55,9% estão concentrados no Estado de São Paulo.

A maioria das vagas que serão abertas nos próximos anos é para cargos técnicos, que exigem ensino fundamental ou ensino médio completo, dependendo do caso, além de cursos de especialização. Só uma única ocupação tem como pré-requisito ensino superior, a de engenheiro mecânico.

A preocupação com a formação profissional é tamanha que a montadora sul-coreana Hyundai desenvolveu projeto em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para qualificar mão de obra, antes mesmo do início das obras da sua fábrica em Piracicaba (SP), que só deverá ficar pronta no primeiro semestre de 2012.

Com investimento de US$ 600 milhões e capacidade produtiva inicial programada para 150 mil carros por ano, a unidade vai criar 1,6 mil empregos diretos.

"A ideia é iniciar processo de recrutamento de pessoal no fim do ano, por meio de cadastramento online no site da Prefeitura de Piracicaba", diz o responsável pela área de relações institucionais da fábrica, Valdemar de Oliveira Júnior. A pré-seleção dos candidatos deverá ser feita já no primeiro trimestre de 2011.

Sobram vagas. A escassez de mão de obra especializada faz com que sobrem vagas nas indústrias. Com fábricas no município gaúcho de Caxias do Sul e em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, a Randon, líder de vendas no segmento de reboques e semirreboques, está há alguns meses com 250 vagas abertas por absoluta falta de candidatos qualificados. A maior dificuldade da empresa hoje é em encontrar soldadores, montadores e engenheiros.

"Está difícil de encontrar profissionais prontos no mercado", diz a gerente da área administrativa e corporativa da Randon do Brasil, Maria Cristina Casagrande. "Temos contratado jovens de 18 a 23 anos sem a qualificação que queremos e estamos dando cursos internos de formação para esse pessoal."

Desde o início do ano, foram feitas 130 contratações para a fábrica de Guarulhos, que hoje emprega 780 pessoas. O grupo todo tem 11 mil funcionários, dos quais 1,5 mil foram admitidos este ano. (Estado)

Poupança tem captação recorde para o mês de julho: R$ 6,8 bilhões

A caderneta de poupança fechou julho com captação líquida de R$ 6,837 bilhões, recorde para esses meses desde o início da série histórica do BC, em 1995. O montante é o maior do ano também e, no acumulado de janeiro a julho, as entradas superaram as saídas em R$ 19,079 bilhões. Com o desempenho do mês passado, o saldo da poupança chegou a R$ 349,524 bilhões.

A poupança é a aplicação mais popular do país, cuja remuneração é fixada em 0,5% ao mês mais a variação da Taxa Referencial, hoje praticamente zerada. Apesar de os juros básicos da economia estarem maiores - em 10,75% ao ano, referência das remunerações de fundos de investimentos, como renda fixa -, especialistas têm dito que a caderneta continua atraindo mais aplicadores por causa da melhora do nivel de emprego e renda. (O Globo)