terça-feira, 24 de agosto de 2010

Lideres sindicais, alguns da UGT, participam de evento a favor de Marina Silva em São Paulo, confirmando a pluralidade e independência da UGT

Marina Silva recebe líderes sindicais nacionais que apóiam sua candidatura

(Postado por Miguel Salaberry, da UGT) — Hoje se confirma em evento na rua Fidalga, 521, em Pinheiros, São Paulo, promovido por lideranças sindicais (algumas delas ligadas à UGT) e dos movimento populares, que a UGT é plural e vinculada com suas lideranças de base e com os movimentos populares do Brasil. Ao apoiarmos a candidatura Marina Silva, do PV, que temos como representante na UGT o vice-presidente Roberto Santiago que é deputado federal pelo PV, confirmamos também que as mudanças políticas que ocorreram no Brasil ampliam as práticas políticas para muito além dos partidos politicos e das centrais sindicais. Hoje, quando centenas de sindicalistas e de lideranças do movimento popular brasileiro abraçarem a candidatura Marina Silva provaremos que os sindicatos conversam, trocam idéias e participam da organização popular no Brasil. O que é uma conseqüência natural do Sindicalismo Cidadão que tem em Roberto Santiago o seu criador e estimulador. O futuro do Brasil é muito maior do que as previsões contidas nos programas partidários. Assim como a vontade de mudança vai muito além do que registram as pesquisas de intenção de votos. Precisamos de lideranças como Marina Silva preparada para ouvir o que quer o Brasil real e que respeita as aspirações de seus trabalhadores e trabalhadoras, seus cidadãos e cidadãs, seus consumidores e consumidoras elevando as políticas a serem adotadas pelo Partido Verde para um patamar muito mais amplo do que o ambientalismo, em que as pessoas sejam protegidas e respeitadas. É por isso que hoje além da minha filiação ao Partido Verde, outros companheiros e companheiras sindicalistas também se filiarão. Com a única intenção de participar da construção da democracia brasileira, em moldes que respeite o meio ambiente, os recursos naturais e as necessidades das pessoas por mais saúde, mais oportunidades e, principalmente, mais salários e empregos decentes.

Leia o clipping de hoje:

Motoristas do Samu mobilizam-se contra demissões

A UGT (União Geral dos Trabalhadores) e a Amcaesp (Associação dos Motoristas Condutores de Ambulância do Estado de São Paulo) pediram uma audiência com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e o secretário Januário Mantone, da Saúde, para tratar da situação dos 409 motoristas do Samu, que estão ameaçados de perder o emprego no dia 17 de novembro, quando vencem os contratos emergenciais com a prefeitura.

Segundo Alex Douglas dos Santos, presidente da Amcaesp, que entregou nesta segunda (23) um ofício pedindo a audiência, a UGT e a associação querem negociar com o prefeito duas propostas para evitar demissões: prorrogação dos contratos por mais um ano e o compromisso da prefeitura de realizar concurso público nesse período.

A audiência foi solicitada devido a uma reportagem publicada no jornal “Agora S.Paulo”, no último sábado, dia 21 de agosto, informando que a prefeitura não prorrogará mais os contratos emergenciais, e que os bombeiros vão conduzir as ambulâncias como “bico”.

Alex diz que os bombeiros, como policiais militares, portam armas, um procedimento que não é adequado para quem conduz uma ambulância, com pacientes e auxiliares de enfermagem em seu interior.

Os motoristas de ambulâncias vêm trabalhando desde 2004 sob contratos de emergência renovados anualmente. Até foi realizado um concurso público, mas foi cancelado sem a contratação de nenhum concursado.

Diante desse quadro, o Ministério Público do Estado e o Ministério Público do Trabalho entraram com uma ação contra a prefeitura, exigindo a regularização com a realização de concurso público para efetivar os motoristas. (Redação da UGT)

Consumo de energia da indústria cresce 13,7% em julho e bate recorde

Segundo a EPE, resultado puxou aumento do consumo de energia no País, que subiu 8,4% no mês em comparação a igual período de 2009

O consumo total de energia elétrica no Brasil somou 34.382 gigawatts-hora (GWh) em julho, o que significa um crescimento de 8,4% na comparação com o verificado em igual mês de 2009, segundo o boletim mensal divulgado nesta segunda-feira, 23, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). No acumulado em 12 meses, o consumo atingiu 410.144 Gwh, o que representa alta de 6% ante o período imediatamente anterior. No período de janeiro a julho, o consumo aumentou 9,7% em relação ao apurado na mesma etapa do ano passado.

O desempenho observado no mês passado foi puxado principalmente pelo setor industrial, cujo consumo apresentou uma expansão de 13,7%, totalizando 15.915 GWh em julho de 2010. A EPE nota que o valor representa um recorde histórico para a classe, que havia registrado seu valor máximo no mês de agosto de 2008 (15.823 Gwh). Na análise regional do segmento, o destaque foi o crescimento no Sudeste, que respondeu por 57% do consumo total desta classe no mês e apresentou alta de 18,3% frente a igual período de 2009.

O consumo residencial foi de 8.447 GWh, com crescimento de 4,2% em julho. O número total de consumidores residenciais atingiu a marca de 57,1 milhões, o que representa uma expansão de 3,5% frente a julho de 2009. O consumo médio residencial em 12 meses totalizou 155,9 KWh/mês, um aumento de 3,8%. O consumo médio entre janeiro e julho, de 157,2 KWh/mês, é o maior desde 2001, conforme a EPE.

O consumo comercial somou 5.220 GWh em julho de 2010, alta de 4,5%. Segundo a EPE, esta é a primeira vez neste ano que o crescimento mensal desta classe assume patamar inferior a 5%. A taxa acumulada até julho é de 6,7%. A intensificação das atividades de comércio, ressalta a EPE, vem se dando em diversos ramos, como veículos, motos e peças; móveis, eletroeletrônicos e informática; e materiais de construção. (Estado)

Trabalho estrangeiro no País cresce 18,8% no semestre

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) concedeu 18,85% mais autorizações de trabalho a estrangeiros no primeiro semestre deste ano do que no mesmo período de 2009. Foram 3.519 concessões a mais de janeiro a junho de 2010, que registrou ao todo 22.188 autorizações, sendo 20.760 temporárias e 1.428 permanentes. No último mês analisado, junho, o ministério concedeu 3.497 autorizações - o maior número observado para este mês em cinco anos.

Das concessões temporárias, a maior parte foi dada aos que trabalham a bordo de embarcações ou em plataformas estrangeiras (8.244). Depois, com 3.724, estão as autorizações relativas a serviços de assistência técnica por até 90 dias. Artistas e esportistas estrangeiros foram o terceiro grupo que mais teve permissão liberada pelo MTE, foram 3.270 ao todo.

Por prazo, a maior parte das concessões (8.417) é de até dois anos a profissionais sem contrato de trabalho no País. Além disso, o balanço do ministério divulgado hoje revela que apenas 1.714 autorizações foram concedidas a especialistas com vínculo empregatício.
Em relação às autorizações permanentes, 711, ou quase a metade delas, foram concedidas a administradores, diretores, gerentes e executivos com poderes de gestão e concomitância, segundo o documento. Investidores pessoa física ficaram com 431 permissões de trabalho permanentes.

No comparativo de três anos fornecido pelo ministério, os dados mostram ainda que enquanto as autorizações temporárias no período de janeiro a junho cresceram de 16.821 em 2008 para as 20.760 deste ano, as permanentes ficaram praticamente estáveis. Há dois anos foram 1.437, apenas nove a mais que em 2010.

Gênero e escolaridade — O levantamento do ministério revela ainda que a maioria dos vistos de trabalho concedidos no primeiro semestre deste ano foi para homens. As concessões para eles somaram 20.558, enquanto para as mulheres foram 1.630.

Por escolaridade, o documento mostra maior número de trabalhadores com ensino superior completo. Esse grupo somou 12.846 de todas autorizações. Os com o ensino médio completo ou técnico profissional foram 8.638 do total. (Estado)

Bancos ainda emprestam pouco no país

Folga em índice de solvência mostra que instituições financeiras têm potencial para elevar carteira de crédito. Para economista, embora sólido e estável, sistema bancário ainda é relativamente ineficiente no país.

Comparações de indicadores internacionais confirmam a solidez do sistema bancário brasileiro, mas revelam que as instituições financeiras nacionais poderiam emprestar mais.
O fato de grandes bancos brasileiros se destacarem entre as instituições do mundo com maior nível de capital próprio é um importante indicador da fortaleza.
Essa característica já havia sido constatada por outras pesquisas internacionais. O último relatório de competitividade global do Fórum Econômico Mundial mostra, por exemplo, que, no quesito "solidez do sistema bancário", o Brasil aparece em décimo lugar (entre 133 países).
Por outro lado, diz Roberto Troster, sócio da S/A M e ex-economista-chefe da Febraban, embora sólido e estável, o sistema bancário do país ainda é relativamente ineficiente: "O sistema brasileiro é sólido, tem uma rentabilidade alta, mas seu nível de alavancagem ainda é baixo".
Quanto mais elevado o capital próprio de um banco, maior sua capacidade de emprestar recursos e fazer outras operações no mercado financeiro. É da natureza dos bancos trabalharem alavancados, ou seja, emprestar e "apostar" muito mais recursos do que possuem.
Mas essa capacidade de alavancagem é regulada pelas autoridades do setor e medida pelo chamado índice de Basileia (que determina a quantidade mínima de capital total que um banco precisa ter em relação ao seu ativo para que seu risco de solvência seja aceitável).
SEGURANÇA — O BC brasileiro estabelece um nível de Basileia mínimo de 11% (a norma internacional é de 8%). Mas, segundo dados do BC, os 20 maiores bancos brasileiros (ordenados pelo valor de seus ativos) tinham, em média, um índice superior a 17% em março.
Segundo a "Banker", os 20 maiores bancos do mundo (segundo o valor de seu capital próprio) tinham índice de Basileia médio próximo de 14% no fim de 2009.
A folga exibida pelos bancos brasileiros (tanto em relação à regra do BC quanto em comparação às instituições de fora) indica, segundo Troster, que eles ainda têm potencial para elevar sua carteira de empréstimos apesar do forte crescimento do crédito nos últimos anos.
"SPREADS" ALTOS — Parte do problema continuam sendo os altos "spreads" (diferença entre as taxas de juros de captação e empréstimo dos bancos). Segundo o World Economic Forum, no quesito "spread" bancário, o Brasil aparece em 128º lugar (entre 133 países).
Segundo Troster, o "spread" elevado continua sendo uma das importantes barreiras à expansão do crédito no Brasil. (Folha)

Sigilo vazado por R$ 200: CDs com dados de aposentados e donos de carros são vendidos livremente em São Paulo

Enquanto o Ministério da Justiça começa a discutir uma legislação para regulamentar a proteção de dados pessoais no Brasil, informações sigilosas que deveriam estar protegidas nos computadores do Serpro, o serviço federal de processamento de dados, do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e do INSS estão sendo comercializadas livremente no centro de São Paulo. O repórter do GLOBO adquiriu por R$ 200 dois CDs com dados completos de aposentados da Previdência Social (CPF, número do benefício, endereço, telefone) e do Denatran contendo informações de milhares de proprietários de veículos em todo o país. O vendedor ofereceu ainda, pelo mesmo valor, os dados de correntistas das regiões Sul e Sudeste do banco Itaú Unibanco.

O diretor-presidente do Denatran, Alfredo Peres da Silva, disse que os funcionários do órgão não têm acesso à totalidade do banco de dados, mas apenas a determinadas informações de veículos e seus proprietários quando necessário para alguma investigação. Silva admitiu que recebeu recentemente denúncia de que uma listagem com dados de automóveis (ano 2008, modelo 2009) estava sendo vendida em São Paulo e Brasília. Ele confirmou a autenticidade das informações e disse ter encaminhado a correspondência ao departamento jurídico do Denatran, onde está sendo analisado.

Previdência Social vê risco de falsificação — O cadastro do Denatran possui mais de 60 milhões de dados sobre veículos e, de acordo com Silva, o órgão não tem nenhuma suspeita de como a listagem foi retirada do sistema.

- A primeira coisa que fiz foi mandar o documento para o jurídico e abrir um processo administrativo para, depois, encaminhar à Polícia Federal, que tem competência para investigar. Vazamento é crime - afirmou Silva.

O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, também tem tentado resolver o problema, mas sem grandes resultados. Recentemente, os procuradores foram atrás de empresas que comercializam informações utilizadas em malas diretas, mas não conseguiram chegar à origem do vazamento. O promotor de Justiça José Mario Barbuto, um dos integrantes do Gaeco, disse que a investigação não pode se concentrar apenas nos vendedores de CDs.

- Alguém está tendo acesso ao sistema. É esse cara que temos que pegar - observou Barbuto.

Repórter do GLOBO ligou, aleatoriamente, para um dos pensionistas que constam na relação de beneficiários do INSS. A aposentada V. D., que trabalha como cabeleireira no bairro da Lapa, Zona Oeste paulistana, ficou surpresa ao saber que seus dados estão nas mãos de camelôs. Pedindo para não ser identificada, ela disse não saber o que fazer, mas que estava assustada com a possibilidade de sofrer algum prejuízo.

O Ministério da Previdência, responsável pela guarda das informações de aposentados e pensionistas do INSS, informou que tomou as providências junto à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal. Segundo a assessoria, com esses dados fraudadores têm falsificado documentos para abertura de contas bancárias para pedidos de empréstimos consignados. Entre janeiro e setembro de 2009, pouco mais de mil aposentados tiveram seus dados pessoais usados indevidamente para que estelionatários conseguissem empréstimos utilizando as informações, compradas de vendedores ambulantes. Procurados, Serpro e Itaú Unibanco não deram resposta ao pedido de entrevista. (O Globo)