terça-feira, 14 de setembro de 2010

Servidores Públicos da UGT realizam Seminário Nacional em São Paulo

Seminário Nacional das Entidades Sindicais de Servidores Públicos Filiadas à UGT

(Postado por Lineu Neves Mazano) A União Geral dos Trabalhadores – UGT, promove amanhã, dia 15 de setembro, o "Seminário Nacional das Entidades Sindicais de Servidores Públicos Filiadas à UGT – Propostas de Regulamentação da Convenção 151 da OIT", onde serão discutidas questões relativas a Organização Sindical, Negociação Coletiva e Direito de Greve do servidor público.

Na programação estão confirmadas as palestras do Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. Da Secretária Nacional de Relações do Trabalho, Zilmara David de Alencar e do Desembargador Federal do Trabalho, Douglas Alencar.

O seminário será realizado das 9h às 16 horas, nas dependências do Teatro da Academia Paulista de Letras (Largo do Arouche, nº 312/324 – Centro, São Paulo/SP).

Informações do evento e confirmação de presença dos representantes de entidades sindicais de servidores públicos filiadas à UGT, poderá ser efetuada através dos contatos: UGT - e-mail servidor@ugt.org.br / fone/fax: (11) 2111-7300, da Secretaria Geral. Do Sisstesp - e-mail presidencia@sisstesp.org.br – fone/fax(11) 3242-4124, Secretaria Geral, ou (11) 8934-2623 com Lineu Mazano

Transmissão ao vivo — O seminário contará com transmissão simultânea e poderá ser acompanhado em tempo real pelos endereços: www.ugt.org.br/evento2.asp e www.sisstesp.org.br

Leia o clipping do dia:

Investimentos no País devem chegar a R$ 2,9 trilhões até 2013, diz BNDES

Deste total, R$ 1,3 trilhão serão aplicados na indústria de transformação, no setor de petróleo e gás natural e em obras de infraestrutura, com destaque para a área de energia

O chefe do Departamento de Acompanhamento Econômico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fernando Puga, afirmou nesta segunda-feira,13, que os investimentos no País de 2010 a 2013 devem acumular um total de R$ 2,9 trilhões, valor próximo ao tamanho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Deste total, R$ 1,3 trilhão serão aplicados na indústria de transformação, no setor de petróleo e gás natural e em obras de infraestrutura, com destaque para a área de energia. "Esse volume total de recursos no período deve ser suficiente para elevar de 20% neste ano para 22,2% em 2013 a participação dos investimentos em relação ao PIB", comentou.

De acordo com Puga, é até possível que esse montante volumoso de recursos possa gerar efeitos positivos ainda maiores na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) no País, a ponto de atingir eventualmente 23% do PIB em 2013. Segundo ele, a ampliação de mecanismos de financiamento em longo prazo no Brasil junto ao setor privado, como o governo tem defendido, deve colaborar para que a participação do BNDES nos empréstimos desses empreendimentos passe de um montante pouco superior a 20%, que é registrado atualmente, para um patamar levemente acima de 10%.

Recentemente, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, em palestra realizada em São Paulo, comentou que "é importante que diminua de forma gradual a participação relativa do BNDES nos financiamentos de projetos de longo prazo no Brasil, sobretudo em infraestrutura - e também que aumente a participação do setor financeiro privado, especialmente com o fortalecimento do mercado de capitais nos próximos anos".

Puga destacou dois polos de investimento dinâmicos que vão colaborar de forma expressiva na FBCF no Brasil até 2013. Um deles são os investimentos em petróleo e gás, realizados em boa parte no pré-sal, pela Petrobrás. O outro são obras de infraestrutura que, com avanço significativo da aplicação de recursos de longo prazo na área de energia, duplicaram em valores absolutos nos últimos cinco anos.

De acordo com estimativas do BNDES, o setor de petróleo e gás deve registrar investimentos de R$ 340 bilhões nos próximos quatro anos. "Além dos projetos relativos ao pré-sal, há uma agenda extensa de investimentos no Brasil nos próximos anos, que inclusive estão relacionados com a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016", afirmou Puga, que fez as declarações em lançamento do relatório "Recursos Naturais na América Latina: Indo Além das Altas e Baixas", realizado pelo Banco Mundial, em parceria com a Fiesp, na capital paulista.

O PIB no Brasil atingiu, em 2009, R$ 3,143 trilhões, destacou o economista Cristiano Souza, do Santander. Para este ano, com a projeção de crescimento de 7,8%, o PIB deve subir para R$ 3,578 trilhões. (Estado)

ONU prevê 2,3 milhões de 'empregos verdes' até 2015

A chamada economia verde - modelo de negócio em que as atividades são realizadas de acordo com padrões de sustentabilidade, com baixo nível de impacto ambiental - vai empregar um total de 2,3 milhões de pessoas até 2015, de acordo com dados apresentados hoje em São Paulo por Pavan Sukhdev, assessor especial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Segundo ele, 500 mil vagas (21,7% do total) serão ocupadas somente no Brasil, no setor de energia de biomassa, cujo carro-chefe é o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar.

"Os ''empregos verdes'' já começaram a ser criados e são uma grande oportunidade, principalmente para países em desenvolvimento. É possível aprimorar o uso da economia para combater a pobreza", afirmou Sukhdev, que também coordena o estudo internacional Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade (Teeb, na sigla em inglês), encomendado pelos grupo dos países desenvolvidos e emergentes (G8+5).

Outro país citado nesse levantamento como promissor para os empregos verdes é a China, onde 10% da população já utiliza aquecedores solares nas casas. Esse mercado da energia solar permitiu a criação de 600 mil empregos, além de reduzir as despesas residenciais com energia e a queima de combustíveis fósseis, uma das principais fontes de gases causadores do efeito estufa.

Segundo Sukhdev, os investimentos mundiais no campo da economia verde aumentaram US$ 119 bilhões entre 2004 e 2009, o que contradiz, na sua avaliação, o argumento de que não existem recursos para projetos sustentáveis. "O financiamento é essencial, mas também precisamos de uma fase pré-financeira. Muitos bancos, por exemplo, não conhecem os mecanismos existentes para financiar tecnologias sustentáveis", disse.

O assessor especial do Pnuma alertou sobre a necessidade de se preservar a biodiversidade e o meio ambiente, sob o risco de comprometer a subsistência de comunidades e atividades econômicas baseadas na exploração da natureza. Dados do Pnuma indicam que 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil dependem dos "serviços ambientais", termo utilizado para designar os serviços oriundos do equilíbrio dos ecossistemas, como a fertilidade dos solos e a qualidade das águas, essenciais para a agricultura. Na Índia e na Indonésia, esses índices são de 16% e 21% respectivamente. (Estado)

Nova classe B deve consumir R$ 1 tri

Consumo de grupo com renda média de R$ 2.950 e R$ 5.350 deve crescer 30%; segmento é mais forte em Sudeste e Sul. Itens "não básicos", como carros, viagens e refeições fora de casa, detêm parte maior no orçamento das famílias.

Após o boom de consumo da classe C, o Brasil vive uma forte expansão das compras da classe B -é o que mostra estudo da consultoria IPC Marketing.
Segundo o levantamento, feito a partir de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o potencial de consumo das classes B2 e B1 (renda média familiar de R$ 2.950 a R$ 5.350, respectivamente) soma, neste ano, R$ 970 bilhões, 30% mais do que em 2009.
Em relação à população total, o potencial de compras também cresceu, mas em ritmo menor. De 2009 para 2010 passou de R$ 1,8 trilhão para R$ 2,2 trilhões -expansão de 22%.
"Está ocorrendo uma segunda migração. Após o crescimento da classe C (renda média familiar de R$ 1.100 a R$ 1.650), agora pessoas desse grupo estão entrando na classe B2 (renda média de R$ 2.950)", afirma Marcos Pazzini, diretor da IPC.

"NÃO BÁSICOS" — O estudo mostra que, com o aumento da renda, gastos com itens "não básicos" ganham peso no orçamento doméstico neste ano.
Entre esses itens estão veículos, alimentação fora de casa, viagens e mesmo saúde (inclui planos e consultas médicas particulares).
"Com mais mulheres no mercado de trabalho e expansão dos gastos com lazer, cresce o número de refeições em restaurantes", observa Pazzini.
"Em relação à saúde, o envelhecimento da população também contribui para o consumo maior", completa.
Já os itens de consumo que são considerados básicos devem agregar uma parte menor da renda das famílias, aponta a consultoria IPC.
O percentual de despesas com transporte urbano, vestuário, refeições em casa e manutenção do lar deve cair neste ano.
Ainda segundo a consultoria, os gastos com higiene devem permanecer estáveis.
NORDESTE — A IPC destaca também que, justamente por causa da migração dos consumidores da classe C para a B, a participação do Nordeste no potencial de consumo total do país diminuiu de 18,8% (em 2009) para 17,7% neste ano.
Mesmo assim, a região continua sendo o segundo maior mercado consumidor do Brasil, atrás apenas do Sudeste.
Por outro lado, houve aumento do potencial nas regiões Sudeste (de 51,4% para 52,7%) e Sul (16,3% para 16,5%).
"Como a renda no Sul e no Sudeste é maior, essa mudança de classe dos consumidores ocorre primeiro nessas regiões. Em dois anos, devemos perceber esse movimento no Nordeste", analisa.
DESAFIO — Reynaldo Saad, sócio e responsável pela área de varejo da consultoria Deloitte, ressalta que, com o crescimento "consumado" do poder de compra da população, o desafio das empresas, agora, é fidelizar o consumidor.
"É preciso que as companhias entendam que o pós-venda [atendimento ao cliente em caso de problemas com o produto ou serviço, por exemplo] é essencial, assim como a inovação", diz.
"Só assim as companhias irão se diferenciar em meio à concorrência", completa. (Folha)

ONU critica trabalho escravo no Brasil

Documento destaca, porém, conhecimento do governo sobre o tema e elogia políticas públicas implantadas. Relatório afirma que punições previstas não intimidam e também lança suspeitas de conivência de políticos.

Falta de punições, número insuficiente de policiais e assassinatos de defensores dos direitos humanos são alguns dos obstáculos para a erradicação do trabalho análogo ao escravo no Brasil.
A informação é da relatora especial da ONU sobre formas contemporâneas de escravidão, Gulnara Shahinian, que veio ao país em maio. As críticas estão em relatório que será divulgado hoje no Conselho de Direitos Humanos, em Genebra.
"O uso continuado do trabalho escravo, evidenciado pelo número dos libertados, sugere que as multas (pagas diretamente ao Estado) e as sanções criminais não são meios de intimidação suficientes", diz o documento.
Uma das recomendações do relatório é a aprovação da proposta de emenda constitucional que prevê a expropriação de terras onde for encontrado trabalho forçado.
O documento também sugere que há participação de políticos nessa prática, o que explicaria, segundo o relatório, o fato de a emenda ainda não ter sido aprovada.
O relatório também elogia o governo brasileiro por reconhecer o trabalho análogo à escravidão como um problema e pelas políticas públicas aplicadas, como os grupos móveis de fiscalização.
Procurado, o Ministério do Trabalho afirmou que só se manifestará após a divulgação oficial do relatório.
O governo avalia o relatório como positivo pelo destaque dado a programas de combate à prática. Parte das críticas recebidas, como o longo tempo de tramitação de processos, deverá ser encaminhada ao conhecimento do Judiciário. (Folha)

Governo estuda incentivo para crédito de longo prazo

Nelson Barbosa, secretário de Política Econômica da Fazenda, disse que isso depende de "espaço fiscal".
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse ontem que o governo estuda incentivos tributários para estimular o mercado a financiar investimentos de longo prazo -tarefa que tem sido exercida quase exclusivamente pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Ele afirmou que a discussão é complexa e depende de "espaço fiscal", mas explora uma combinação de duas vertentes: reduzir o Imposto de Renda sobre títulos de empresas segundo seu prazo de vencimento ou segundo seu direcionamento.
"É para fazer hidrelétrica, ponte, ferrovia? Está desonerado, não importa prazo, ou tem um prazo mínimo de dois anos", exemplificou.
A desoneração se juntaria a outras medidas, incluindo o lançamento, já iniciado, da Letra Financeira do sistema bancário, para captação em médio e longo prazo, e a criação da Agência Brasileira de Garantias, que vai operar dois fundos de cobertura de riscos -um para obras de infraestrutura e outro para comércio exterior.
O projeto da agência está pronto e depende da "decisão política" do governo de enviá-lo ao Congresso, o que deve ocorrer em outubro, disse Barbosa. A mesma medida inclui a criação do Exim, subsidiário do BNDES para as operações de financiamento às exportações.
Além disso, afirmou ele, o governo analisa estímulos à securitização do crédito imobiliário, isto é, à transformação de dívidas em títulos de investimento, que podem ser negociados.
Barbosa participou na sede do BNDES, no Rio, de homenagem à economista Maria da Conceição Tavares, que foi sua professora na UFRJ e completou 80 anos em abril passado.
Um dos temas em discussão no evento foi o desenvolvimento de um mercado de capitais que financie investimentos de longo prazo. (Folha)