sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Valor do mínimo poderá ficar em pelo menos R$ 560, diz ministro do Trabalho

UGT protesta contra violência da Policia Militar baiana praticada contra líder religiosa

(Postado por Magno Lavigne, Secretário para Assuntos da Diversidade Humana da UGT) — Estarrecida com a violência e os e os atos de barbárie explícita praticados por agentes do Estado da Bahia contra a mulher negra e líder religiosa, Bernardes Souza Ferreira, no último dia 23 de outubro, no Assentamento D. Hélder Câmara, em Ilhéus, a direção da União Geral dos Trabalhadores (UGT) torna público o seu repúdio à selvageria praticada pela PM baiana e conclama a todos os segmentos da sociedade brasileira, que não perderam a capacidade de se indignar com a injustiça e com a violência, a exigirem exemplar punição dos responsáveis pelas atrocidades. O caso de violência extrema e de desrespeito aos direitos humanos e valores religiosos, que são garantidos pela Constituição do país, aconteceu no último dia 23 de Outubro, quando policiais militares, sem ordem judicial, invadiram o Assentamento, área administrada pelo Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), onde ocorreram os atos de violência policial e de desrespeito aos valores constitucionais e religiosos.

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Valor do mínimo poderá ficar em pelo menos R$ 560, diz ministro do Trabalho

Segundo Carlos Lupi, valor do salário mínimo em 2011 deverá variar entre R$ 560 e R$ 570.

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmou nesta quinta-feira, 4, que o aumento do salário mínimo, que passará a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2011, será fruto de negociações do governo com partidos políticos e centrais sindicais, mas que deve variar, segundo ele, num nível entre R$ 560 e R$ 570. "Menos que esse patamar não deve ser", afirmou. Por enquanto, a proposta do governo é de R$ 538, que poderia ser arredondado para R$ 540. As centrais sindicais já pediram, contudo, para que a remuneração suba para pelo menos R$ 580.

O ministro disse que defende o reajuste proposto pelo governo federal, mas destacou que sua posição pessoal é por aumento acima de R$ 560. Na avaliação de Lupi, a presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), que também deve participar da definição do novo salário mínimo, vai respeitar parâmetros técnicos para o novo reajuste. Segundo ele, a petista "sempre vai trabalhar com o equilíbrio das contas públicas".

Lupi lembrou que um aumento pouco superior a R$ 560 no salário mínimo seria viável, pois o vencimento pauta boa parte da evolução do nível de atividade do Brasil, o que por sua vez aumenta a arrecadação dos Poderes Executivos em níveis municipal, estadual e federal.

O ministro chegou a mencionar que uma parcela da boa velocidade de crescimento que a economia registra nos últimos anos está relacionada à melhora da distribuição de renda e ao aumento real ao redor de 70% do salário mínimo concedido pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele ressaltou, contudo, que a questão precisa ser vista com cuidado para que o reajuste não comprometa o caixa de todas a instâncias governamentais, inclusive o da Previdência Social. (Estado)

Desigualdade tira pontos do Brasil em ranking do IDH

Índice perde 27,2% quando ajustado pela distribuição de renda, educação e saúde. Brasil ocupa 73ª posição entre 169 países em lista divulgada pela ONU, atrás de Chile e Peru; Noruega lidera.
O Brasil perde mais de um quarto de sua pontuação no Índice de Desenvolvimento Humano, da ONU, quando o indicador é ajustado para contabilizar a desigualdade na distribuição de renda, educação e saúde.
Segundo o relatório 2010 do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), o IDH brasileiro é de 0,699 -quanto mais próximo de 1, melhor. No entanto, o índice ajustado pela desigualdade, chamado de IDH-D, é de 0,509 -uma redução de 27,2%.
O relatório, o 20º da série, foi intitulado "A Verdadeira Riqueza das Nações" -referência irônica à obra de Adam Smith (1723-1790) sobre o livre mercado.
Levando em conta o IDH sem desconto da desigualdade, o Brasil fica na 73ª posição num ranking de 169 países, liderado pela Noruega e com o Zimbábue em último. É classificado entre os 42 países com "desenvolvimento humano elevado", mas fica atrás de sete latino-americanos, entre eles Chile e Peru.
O relatório não traz um ranking do IDH-D, calculado só para 139 dos 169 países, mas projeta que o Brasil perderia 15 pontos em sua colocação na lista do IDH se desigualdade fosse considerada.
"NOVO IDH" — Variáveis de cálculo do IDH foram modificadas. Foi mantida a expectativa de vida como variável de saúde, mas, na educação, taxas de alfabetização e matrícula foram substituídas por anos médios de estudo de pessoas com 25 anos ou mais e anos esperados de escolaridade.
Na renda, o PIB per capita foi trocado pela Renda Nacional Bruta per capita, que leva em conta remessas e ajuda ao desenvolvimento. Portanto, o IDH deste ano não é comparável aos anteriores.
Usando a metodologia do "novo IDH", foi calculado o índice do Brasil a partir de 2000. No período, o país teve avanço anual de 0,73%, superior ao da maioria.
Em relação a 2009, o Brasil subiu quatro pontos, mais do que qualquer outro dos 169 países -a maioria ficou estagnada. Mas sua 73ª posição é a mesma de 2005, o que mostra a flutuação na lista.
O IDH brasileiro levou em conta 7,2 anos médios de estudo, 13,8 anos esperados de escolaridade, expectativa de vida de 72,9 anos e Renda Nacional Bruta per capita de US$ 10.607 ajustados pelo poder de compra. Flávio Comim, coordenador do relatório no Brasil, defendeu atenção à educação.
A perda brasileira entre o IDH e o IDH-D, de 27,2%, é maior do que a média mundial (21,7%) e latino-americana (25,1%), mas inferior às do sul da Ásia (30,2%) e da África subsaariana (32,8%).
O relatório afirma, no entanto, que a queda no IDH brasileiro quando a desigualdade é considerada vem caindo -era de 31% em 2000 e de 28,5% em 2005.
Entre os 42 países de "desenvolvimento humano muito alto", EUA, Coreia do Sul e Israel estão entre os que mais perdem na proporção entre o IDH e o IDH-D, e a República Tcheca é a mais igualitária. A China, no grupo de "desenvolvimento humano médio", perde 23%. Namíbia e Moçambique lideram perdas.
GÊNERO — O relatório também traz o IDG (Índice de Desigualdade de Gênero). Apesar de ter mais mulheres (48,8%) que homens (46,3%) adultos com ensino médio completo, o Brasil perde 63% do IDH geral devido a itens como mortalidade no parto e presença feminina no Legislativo.
No IDG, o país está em 80º lugar entre 138 países. (Folha)

Preço da cesta básica sobe em 16 capitais, diz Dieese

A cesta básica ficou mais cara em 16 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em outubro.
A maior alta foi registrada em Curitiba. Os preços na capital paranaense subiram 5,78%. Goiânia e Belo Horizonte vieram em seguida, com 5,64% e 5,50%, respectivamente. A única capital a registrar queda nos preços foi Aracaju, onde houve recuo de 0,67% em outubro.
São Paulo, que teve alta de 5,27% nos preços da cesta básica em outubro, mantém a liderança no custo dos produtos alimentícios essenciais. A cesta na capital paulista estava em R$ 253,79.
O custo da cesta básica em Porto Alegre é o segundo mais alto do país. Em outubro, os produtos eram encontrados por R$ 247,21. Aracaju apresentou o menor preço para os componentes da cesta em outubro: R$ 172,04.
Segundo o Dieese, em outubro, os trabalhadores que ganham o salário mínimo tiveram de cumprir jornada de 94 horas e 11 minutos para poder comprar a cesta básica. Em setembro, o valor da cesta correspondia a 91 horas e 4 minutos de trabalho.
Os cálculos do órgão mostram ainda que a cesta básica representou 46,53% do salário mínimo líquido (após os descontos para o INSS).
O feijão foi o maior vilão para o custo da cesta em outubro. O item ficou mais caro em todas as capitais pesquisadas. Em Fortaleza, o reajuste chegou a 38,12%.
A seca atrasou o plantio e houve queda nos estoques. Em 12 meses, o feijão subiu 137,2% em Goiânia.
A carne bovina aumentou em 16 capitais pesquisadas pelo Dieese em outubro.
MÍNIMO DE R$ 2.132 — Para os técnicos, o menor salário em outubro deveria ser de R$ 2.132,09. Esse seria o valor ideal para suprir despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. A cifra equivale a 4,18 vezes o valor do mínimo atual, de R$ 510. (Folha)

Captação da Caixa é a maior em dez anos

O resultado até outubro deste ano é 60% superior ao mesmo período do ano passado. Nos dez primeiros meses de 2010, a captação liquida da poupança foi de R$ 9,8 bilhões. O saldo total da Caixa alcançou R$ 124,3 bilhões, e a participação de mercado chegou a aproximadamente 34%. (Folha)

População brasileira atinge 185,7 milhões, diz IBGE

A população residente no Brasil passou de 169.799.170 em 2000 para 185.712.713 pessoas este ano. Os números constam dos dados preliminares do Censo 2010, divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre as 27 unidades da federação, São Paulo foi o Estado em que a população mais cresceu em termos absolutos, passando de 37.032.403 em 2000 para 39.924.091, uma alta de 2.891.688 pessoas, ou 7,80%.

Em termos percentuais, os três maiores crescimentos da população ocorreram nos três Estados com o menor número de habitantes. No Amapá a população cresceu 35,95% entre 2000 e 2010, passando de 477.032 para 648.553, enquanto em Roraima o salto foi de 31,13%, avançando de 324.397 para 425.398. A seguir veio o Acre, com alta de 26,83%, passando de 557.526 habitantes em 2000 para 707.125 habitantes este ano.

Entre as regiões, a maior parte da população está no Sudeste, com 77.656.762 habitantes, contra 72.412.411 em 2000. No Nordeste a população passou de 47.741.711 em 2000 para 51.871.449 este ano, enquanto no Sul o salto foi de 25.107.616 para 27.022.098. No Centro-Oeste a população, que era de 11.636.728 há dez anos passou para 13.677.475 agora. No Norte, o número de habitantes pulou de 12.900.704 em 2000 para 15.484.929 em 2010.

Os dados completos sobre a população residente em cada um dos 5.565 municípios brasileiros serão divulgados no dia 29. (O Globo)