segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Consolidar e ampliar as vitórias de interesse da classe trabalhadora brasileira

2011 da Educação e distribuição de renda através do salário

por Ricardo Patah, presidente nacional da UGT

A família trabalhadora brasileira aproveita a mudança de ano para avaliar as lutas, as vitórias e se fixar nos desafios à frente. Tivemos um 2010 excepcional, com vários setores econômicos beirando o pleno emprego. Atingimos um dos mais baixos índices de desemprego da história recente brasileira.

Mas também fomos obrigados a conviver com altíssimas taxas de rotatividade, com o crescimento tímido da massa salarial e com enormes gargalos na Educação e na Qualificação dos trabalhadores.

Como um povo em esforço permanente para a sobrevivência, a necessidade nos pauta e nossa determinação busca a superação das dificuldades à frente. Por isso, a UGT que continua a ser a central sindical que mais cresce vai mobilizar seus sindicatos filiados e as respectivas diretorias e categorias profissionais para buscar soluções políticas de curto prazo para a Educação e a Qualificação no Brasil.

Muito mais do que os desafios visíveis da Copa do Mundo e das Olimpíadas, hoje precisamos de equacionar a Educação como no passado recente, em 1994, resolvemos o problema da inflação. Temos muitas vagas boas sem o pessoal devidamente qualificado para ocupá-las. Temos muito brasileiro disposto a se entregar para melhorar nossa economia mas, ainda, sem ter a oportunidade de se qualificar devidamente.

A Educação terá que ser universalizada. Desde a pré-escola até as universidades. Com a busca, permanente, de ajustes que ajude cada cidadão brasileiro a ter a visão social, cultural e cidadã de suas atuações. Para participarmos da construção do Brasil com nosso jeito, com mais justiça social, com muito mais distribuição de renda, com a consolidação do nosso mercado interno que se dará, como já pudemos experimentar na crise recente, através da oferta de emprego com a melhoria significativa da renda dos trabalhadores e trabalhadoras.

Por isso, saudamos 2011 que chegará com a nova presidente eleita, Dilma Rousseff. A UGT continuará pronta, e como sempre, independente, para ajudar e para buscar os ajustes políticos e econômicos que se fizerem necessários, com o salário mínimo de R$ 580,00, com a redução da jornada para 40 horas, sem redução dos salários e com a assinatura pelo governo brasileiro da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), para conter a sangria desatada que a rotatividade da mão-de-obra impõe à renda dos trabalhadores.