quarta-feira, 6 de julho de 2011

Mobilizar classe trabalhadora brasileira para direcionar investimentos na Educação e na Saúde

UGT deve ampliar interferência nas ações de governo

Por Valdir Vicente

Após o 2o. Congresso, a UGT será uma central sindical absolutamente consolidada, com apoio de um congresso de massa, que orientará a direção nacional sobre as principais agendas que deveremos nos dedicar nos próximos quatro anos. Acredito, também, que devemos produzir um documento de referência para servir de guia aos encaminhamentos das principais decisões que vamos adotar, para podermos avaliar mês a mês, o desempenho da UGT rumo aos interesses máximos da classe trabalhadora brasileira.

Como uma central sindical consolidada, a UGT avançará para interferir, diretamente, nos principais problemas nacionais, estaduais e municipais. Priorizar as ações em torno dos investimentos diretos em Educação. Enfrentar, com determinação, a precariedade da Saúde Pública. Com o apoio de grupos de trabalho que terão que debruçar nos orçamentos públicos dos Municípios, dos Estados e da União para denunciar eventuais desvios e exigir aplicações específicas dos recursos disponíveis. Sempre, claro, de acordo com os interesses da classe trabalhadora brasileira.

No cenário internacional temos que ampliar ainda mais a presença da UGT junto às centrais sindicais europeias e asiáticas, criando um intercâmbio de lideranças e uma troca acirrada de conhecimentos.

No Mercosul, avançamos bastante (e esse avanço deve servir de referência para as demais regiões do planeta) ao termos assumido a Secretaria Geral da Coordenadora do Mercosul.

Leia, por favor, o clipping do dia:

Tombini diz que negociações salariais devem olhar inflação apontando para baixo

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, admitiu que as negociações salariais que estão por vir no setor privado são mais um desafio para evitar que a inflação volte a subir, como aconteceu no início deste ano. Segundo ele, as negociações devem levar em conta uma inflação com trajetória de baixa, "sem olhar apenas o retrovisor".

Em maio, em entrevista à colunista Míriam Leitão, Tombini já havia defendido que as negociações levassem em consideração uma inflação convergindo para a meta de 4,5%, em um cenário em que os reajustes salariais são apontados como um dos principais fatores de pressão inflacionária, porque podem elevar o consumo e os preços.

Tombini, que participa de uma audiência pública, nesta terça-feira, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, afirmou que o governo continua trabalhando com a expectativa de a inflação fechar 2011 o mais perto possível do centro da meta, de 4,5%.

- O que o Banco Central pode fazer para reduzir esse desafio é mostrar claramente seu comprometimento no sentido de trazer a inflação no horizonte proposto ao centro da meta - disse ele, acrescentando: - É importante que nas negociações fique claro que a trajetória de inflação estará apontando para baixo, 4,5%, sem olharmos para o retrovisor.

Tombini também afirmou que o crédito ao consumidor evolui "em bases mais prudentes" do que no início do ano, em consequência das medidas de freio. Apesar de estar em elevação, a inadimplência bancária medida por atrasos superiores a 90 dias "deve estabilizar e começar a cair daqui para frente", avaliou Tombini.

Na CAE, o presidente do BC fez longa apresentação sobre as perspectivas para a economia brasileira em 2011.

- Temos um crédito crescendo a um ritmo mais moderado. O Banco Central acompanha isso cotidianamente, é sua função. A evolução do crédito, principalmente ao consumo, se dá hoje em bases mais prudentes em relação ao inicio do ano.

Mais inclusão bancária e mais endividamento -- Tombini informou aos senadores que cresceu a inclusão bancária. E também o endividamento. O universo de brasileiros com empréstimo bancário em valores acima de R$ 5 mil saiu de 8 milhões em 2004 para 27,9 milhões ao fim de 2010.

O número de contas abertas nos bancos soma 90,7 milhões, ante 55,7 milhões em 2002. A contagem de clientes subiu a 161,8 milhões, dobrando ante os 87,6 milhões há dez anos. As agências bancárias estão ao redor de 19,8 mil, mais 58,9 mil postos de atendimento; 165,5 mil máquinas de atendimento automático (ATMs) e 159,5 mil correspondentes bancários. Praticamente todos os 5.566 muncípios do país são atendidos por serviços bancários, segundo o BC.

Tombini disse ainda que o crédito imobiliário representa hoje 4,2% do PIB brasileiro, enquanto na Inglaterra, Holanda e Suíça está ao redor de 100%. Em média, os financiamentos correspondem a cerca de 60% do valor do imóvel, completou.

Entre os dados sobre crédito, Tombini destacou que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) informou que, no início deste ano, o endividamento das famílias brasileiras correspondia a 42% da renda mensal. Em outros países, como o Reino Unido, o patamar é de 171%; no Canadá, está em 148%; no Japão, 126%; nos Estados Unidos fica em 104% e na França, 126%.

Juros e inadimplência -- Cobrado por alguns senadores CAE em relação às elevadas taxas de juros, Tombini frisou que o desafio de curto prazo é a inflação. Ele destacou que existe uma clara tendência de queda do juro real e, ao ser lembrado que a Selic brasileira é uma das mais altas do mundo, Tombini afirmou:

- Não fazemos política monetária por analogia internacional. No futuro, o Brasil tem boas perspectivas de baixar o juro real. Não se pode reduzir juros de forma irresponsável.

Tombini disse também que a inadimplência, que caracteriza o não pagamento de prestações por 90 dias ou mais, está diminuindo. Enfatizou que a expansão do crédito imobiliário ocorre em bases sólidas.

Ele justificou a decisão unânime do Conselho Monetário Nacional (CMN) de manter a meta de inflação para 2013 em 4,5%. Ele lembrou que o mundo não se recuperou da crise financeira internacional que começou no fim de 2008 e disse que ainda há dúvidas em relação à inflação mundial.

- Em 2013, a economia ainda sofre os efeitos da maior crise financeira dos últimos 80 anos. Alguns países chegaram à conclusão de que a meta de inflação deve ser elevada. Nós decidimos que a nossa meta deve ser mantida - afirmou. (O Globo)

Câmara aprova correção de 4,5% da tabela do Imposto de Renda

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória que corrige em 4,5% ao ano a tabela do Imposto de Renda até 2014 e incluiu na proposta deduções para incentivar a formalização de empregados domésticos. O projeto segue agora para a análise do Senado Federal.

As mudanças para incentivar a formalização de empregados domésticos foram incluídas pelo relator, Maurício Trindade (PR-BA). Ele prorroga até 2014 a dedução da contribuição patronal à Previdência, que acabou em 2010, e permite ainda uma dedução de até R$ 500,00 para quem pagar plano de saúde do funcionário que trabalhar em sua residência.

Trindade estima que essa medidas podem proporcionar a formalização de 2 milhões de empregados domésticos.

A discussão no plenário foi norteada pelo porcentual do reajuste. A oposição defendeu uma correção maior. O líder do PSDB, Duarte Nogueira (SP), argumentou que nos 16 anos e meio de Plano Real a inflação foi de 220% enquanto a correção da tabela ficou em pouco mais de 80%. "Nós achamos que isso está muito aquém daquilo que poderia ser classificado como uma verdadeira justiça tributária".

Trindade, porém, defendeu a proposta do governo, de reajustar a tabela pelo centro da meta de inflação, que é de 4,5%. Ele argumentou que um percentual maior poderia gerar "pressões inflacionárias'.

Pelo texto enviado pelo governo e aprovado pela Câmara, estará isento do IR em 2011, cuja declaração será entregue no ano que vem, quem tiver renda mensal de até R$ 1.566,61. Quem recebe entre este valor e R$ 2.347,85 entra na alíquota de 7,5%. As pessoas com rendimento mensal entre R$ 2.347,85 e R$ 3.130,52 ficam na faixa de 15%. Quem recebe entre R$ 3.130,52 e R$ 3.911,63 pagará 22,5% de IR. Acima deste valor a alíquota é de 27,5%. (Estado)

Petroleiros fazem greve e prometem parar plataformas
Funcionários prometem parar parcialmente ao menos 35 plataformas na bacia de Campos hoje. Eles reivindicam mais ganho na PLR (Participação nos Lucros e Resultados).
Amanhã, o protesto será nas refinarias da estatal, e, na sexta, em terminais, termelétricas, usinas de biodiesel e unidades administrativas.
Os trabalhadores afirmam que a Petrobras propôs de 12% a 13% do valor distribuído aos acionistas. Eles afirmam ter direito a até 25%. Segundo a Petrobras, será mantida a "continuidade operacional, a segurança e o abastecimento do mercado". A empresa diz que "a mesa de negociação é o caminho adequado para um entendimento". (Folha)

Tombini: economia real mostra maior moderação

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou hoje que a economia real tem demonstrado maior moderação na comparação mensal. "Temos algumas indicações de que a demanda vem se moderando, que a economia vem crescendo em níveis mais compatíveis com a capacidade de oferta. Isto vai ajudar no processo de convergência da inflação para a meta de 4,5%", afirmouTombini em entrevista após a audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. "Os resultados já estão aparecendo. O Brasil tem adotado políticas consistentes e vem atuando para trazer a nossa inflação do consumidor para o nível de 4,5%. Isso tem ocorrido e vai continuar ocorrendo ao longo do tempo", disse.

Sobre o fato de as projeções do próprio BC, divulgadas no relatório de inflação na semana passada, estarem apontando o IPCA acima de 4,5% em 2012, Tombini enfatizou que as projeções indicam que o processo de convergência já está em curso. "Obviamente, no plano internacional temos um cenário de grande incerteza. Tem havido revisões do crescimento da economia global para baixo. Isso pode no futuro próximo ser traduzido por preços de commodities que ajude no processo de controle da inflação no País", disse.

"No plano interno, as políticas que estão sendo adotadas têm defasagem para atuar sobre a economia e sobre a inflação. Essas defasagens, o impacto máximo das nossas políticas, serão sentidos agora no terceiro e quarto trimestres. Portanto, há grande chance de uma convergência maior das projeções para 4,5%", acrescentou.

Reservas -- Tombini avaliou que o nível das reservas internacionais do País é adequado, mas moderado na comparação com outros membros dos chamados BRICS. Segundo ele, as reservas brasileiras equivalem a algo entre 14% e 15% do PIB, enquanto na Índia essa proporção ultrapassa os 20%, na Rússia supera os 30% e, na China, chega a um patamar superior a 50% do PIB.

"Temos um colchão de liquidez moderado em relação ao tamanho da nossa economia", afirmou Tombini. "A economia brasileira continua seu processo de inserção internacional, mas tomando precaução com fluxos intensos, devido à liquidez excessiva no mercado mundial que procura se capitalizar no país", acrescentou. (Estado)

Ibope projeta consumo de R$ 7,18 bi com livros em 2011

Pesquisa Ibope projeta que o brasileiro deve gastar R$ 7,18 bilhões em livros e publicações impressas neste ano. De acordo com o estudo, o Sudeste é o mercado com maior potencial: a região, sozinha, deve responder por 57,9% das vendas em todo o País em 2011, com gasto médio de R$ 55,08 por habitante. Em segundo lugar no potencial de vendas, mas bem atrás do Sudeste, está a Região Sul, com 15,28% da comercialização de livros e impressos, com consumo per capita de R$ 46,70. De acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os sete Estados destas duas regiões estão entre os dez mais alfabetizados do País. A pesquisa inclui todos os tipos de livro, inclusive os didáticos. É a primeira vez que o levantamento é realizado, por isso não há base de comparação.

De acordo com a pesquisa Ibope, o potencial de consumo de livros e publicações impressas no Sudeste em 2011 é de R$ 4,16 bilhões, enquanto no Sul é de R$ 1,1 bilhão. O Nordeste aparece como terceiro maior mercado, com potencial de R$ 1,03 bilhão e consumo per capita de R$ 26,34, seguido pelas regiões Centro-Oeste, com potencial de R$ 560 milhões e gasto médio de R$ 44,33 por habitante e Norte, com potencial de R$ 330 milhões e consumo per capita de R$ 27,43.

O Ibope aponta que na classe B está o grande filão do mercado editorial. Mais da metade, ou 51,97% dos consumidores de livros e impressos em 2011 está nessa faixa, que corresponde a 23,51% dos domicílios do País. Isso significa, conforme a pesquisa, um potencial de consumo de R$ 3,73 bilhões. A classe A deve gastar até R$ 1,52 bilhão (21,15%). 'Juntas, as classes A e B são responsáveis por 73,12% dos gastos com livros', afirma o estudo.

A classe C, que se expandiu nos últimos anos com o crescimento econômico do Brasil, deve ser responsável por R$ 1,65 bilhão de vendas (22,94% do potencial de consumo). 'O grande desafio do setor editorial é fazer o livro crescer na classe C, que já consome informações pela internet, mas não investe tanto em livros', diz o diretor de Geonegócios do Ibope Inteligência, Antônio CarlosRuótolo, no site da instituição. As editoras devem arrecadar com as classes D e E R$ 280 milhões em livros, o que corresponderá a 3,93% das vendas em 2011.(Agência Estado)

"Índice de miséria" segue baixo no país, ainda estimulando o consumo

A soma da taxa de desemprego e da inflação segue no mesmo nível desde dezembro do ano passado, mantendo-se em patamares baixos para padrões brasileiros. O recente aumento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 12 meses foi compensado pelo recuo da taxa de desocupação, feito o ajuste sazonal. Em maio, o chamado "índice de miséria" ficou em 12,4 pontos, resultado da combinação de um desemprego de 5,8%, em termos dessazonalizados, e de um IPCA de 6,6% em 12 meses, segundo números da MB Associados.

Nos últimos seis meses, o indicador tem oscilado entre 12,2 pontos e 12,4 pontos. É um pouco acima da mínima atingida em agosto e setembro de 2010, de 11,1, mas confortavelmente abaixo da média de 16,9 observada entre 2002 e 2009. Para o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, é um patamar que ainda tende a estimular o consumo, embora com menos intensidade do que no melhor momento do ano passado.

"O 'índice de miséria' é um conceito tradicional que mede a percepção da população em relação a sua situação econômica", diz Vale. A queda mais significativa do número se deu a partir de 2006, período a partir do qual a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu com força, até atingir níveis recordes, superando os 80% de aprovação.

No começo do governo Lula, porém, o "índice de miséria" alcançou números bastante elevados, chegando a beirar 30 em maio de 2003. O desemprego chegou a 12,5% e o IPCA em 12 meses, em 17,2%, com o forte impacto inflacionário provocado pela desvalorização do câmbio ocorrida no ano anterior.

Com a redução da inflação para níveis mais próximos do centro da meta perseguida pelo Banco Central, de 4,5%, e a progressiva queda do desemprego, o "índice de miséria" caiu bastante nos anos seguintes. No terceiro trimestre de 2009, chegou à casa dos 12 pontos.

Vale não acredita em novas reduções expressivas do indicador daqui para frente. Ele espera que o índice termine o ano em 11,9, considerando que o IPCA fecha 2010 em 6,3% e a taxa de desemprego em 5,6%, na série com ajuste sazonal. Desse modo, a percepção da população em relação à situação econômica tende a ficar estagnada, um quadro que pode se repetir até 2014, acredita Vale, por não ver uma redução significativa da inflação ou do desemprego nos próximos anos.

O economista José Márcio Camargo, da Opus Gestão de Recursos, vê com ressalvas o "índice de miséria", por ser um indicador composto que atribui pesos iguais às taxas de inflação e de desemprego. Ele chama a atenção também para o fato de que um número baixo não necessariamente reflete uma situação favorável. Um país pode ter um desemprego mais alto e uma inflação bastante baixa, mas num ambiente recessivo, que resulte numa soma modesta dos dois indicadores.

No caso brasileiro, houve uma combinação bastante virtuosa entre maio e agosto de 2010, quando ocorreu uma diminuição simultânea da taxa de desemprego e da inflação em 12 meses. No terceiro trimestre de 2010, o consumo das famílias cresceu 1,7% sobre o trimestre anterior, na série livre de influências sazonais, uma alta considerável. No ano, houve alta de 7% do principal componente da demanda.

Para os próximos meses, Camargo acredita que a taxa de desemprego pode cair ainda mais, em termos dessazonalizados. "O segundo semestre tende a ser sazonalmente mais aquecido no mercado de trabalho", diz ele. A questão é que, ao mesmo tempo, o quadro favorável para o emprego e a renda mantém a inflação sob pressão. Hoje, os analistas esperam que, o IPCA siga em alta no acumulado em 12 meses até alcançar a casa de 7% no terceiro trimestre, para só então recuar e fechar o ano um pouco acima de 6%. Em resumo, a aposta dominante dos economistas aponta para pouco espaço para uma queda relevante do "índice de miséria" neste ano. (Valor)

Santander compra parte de empresa de sustentabilidade

O banco Santander firmou um acordo de investimento para a compra de participação acionária minoritária na Greenvana, empresa do segmento de consumo sustentável, por meio de uma operação proprietária de private equity. A plataforma de negócios da Greenvana abrange comércio eletrônico de produtos sustentáveis, geração de conteúdo e site de busca especializado. Os próximos projetos envolverão comercialização de crédito de carbono para pessoas físicas, além de atuação nos setores de construção e de cultura.

Os resultados desta sociedade vão impactar grande parte dos 10 milhões de clientes pessoas físicas e mais de 500 mil empresas clientes do Santander. O banco cita como exemplo as linhas de financiamento para consumidores e para empresas fornecedoras da Greenvana. O banco vai oferecer linhas de Crédito Direto ao Consumidor (CDC) sustentável e capital de giro sustentável que já estão disponíveis para clientes Santander, além de cartão de crédito e outros serviços. (Agestado)

BB e Mapfre em busca de parceiro

Após um ano do anúncio do acordo de acionistas, Banco do Brasil e a Mapfre começaram a operar efetivamente de forma conjunta este mês. A associação (que tem duração miníma de 20 anos) criou o segundo maior grupo segurador do país, com faturamento de R$ 8,6 bilhões em 2010, atrás apenas do Bradesco. Anualizando as receitas até maio (R$ 3,8 bilhões), o faturamento deve ultrapassar os R$ 9,2 bilhões em 2011. Em algumas linhas o grupo já tem a liderança do mercado, caso dos segmentos de vida e seguro rural. Em outras, planeja alcançar o pódio em breve - caso de veículos e grandes riscos - e não descarta outras parcerias para isso.

Um dos negócios que tem maior potencial de crescimento dentro da companhia, inclusive, é o de grandes riscos (o que inclui os seguros de engenharia, patrimonial, garantia e responsabilidade civil), diz Marcos Eduardo Ferreira, presidente da holding do grupo que tem foco nos seguros de danos, como apólice de veículos e riscos industriais. Antes da associação, só a Mapfre atuava com grandes riscos.

Neste caso, o grupo já vislumbra uma terceira parceria. "Em grandes riscos devemos fazer uma associação (joint-venture) com algum player que já atua com esses ramos lá de fora", afirma Roberto Barroso, presidente da holding do grupo responsável pelos ramos de vida, habitacional e agrícola. "Sem isso, será difícil alcançar o crescimento esperado pelos acionistas nesse segmento", completa.

Segundo ele, ainda não há conversas com possíveis parceiros, mas a proposta deve ser submetida ao Comitê Executivo do grupo em breve, a tempo da companhia se posicionar para aproveitar as oportunidades que as grandes obras de infraestrutura, Copa do Mundo e Olimpíadas trazem para o mercado segurador. Barroso afirma que o grupo não tem interesse em aquisições.

Já em seguro de automóvel, o grupo é o segundo maior do mercado, com cerca de 2,4 milhões de veículos segurados. O objetivo, num primeiro momento, é diminuir a diferença que a companhia tem com o primeiro colocado, a Porto Seguro (parceira do Itaú Unibanco nessa carteira), que possui 1,5 milhão de veículos a mais na frota segurada.

Para anunciar a empresa que nasceu, no dia 10 o grupo lança sua primeira campanha de marketing. Com o slogan "nasce uma nova geração de seguros", a campanha nacional é protagonizada por lindos bebês. (Valor)

Pagamentos por celular deverão movimentar US$ 670 bi em 2015

O valor total dos pagamentos feitos por celulares deverá triplicar e alcançar a soma de US$ 670 bilhões em 2015, alta significativa em relação US$ 240 bilhões previstos para este ano, de acordo com estimativa da empresa Juniper Research, que apresentou nesta terça-feira o levantamento "Mobile Payment Strategies."

Essa expansão será motivada pela rápida adoção da tecnologia NFC (Near Field Communication) - que promove a troca de informações entre aparelhos com a proximidade dos dispositivos compatíveis, voltada para compras por celular. Nos próximos 18 meses, a NFC deverá ser adotada por 20 países, o que deverá movimentar a soma de US$ 50 bilhões em 2014.

Para se ter uma ideia da aposta do mercado, o Google anunciou em maio parceria com a operadora Sprint - uma aplicação de NFC para permitir o pagamento móvel via smartphones Android.

O total estimado pela empresa inclui pagamentos móveis por bens físicos e digitais, transferências financeiras e transações entre aparelhos. Dessas três modalidades, a de pagamento de bens digitais deverá responder sozinha por 40% do mercado em 2015.

A China, os Estados Unidos e a Europa serão as regiões líderes em pagamento móvel, com 75% do valor total transacionado dentro de quatro anos, diz o estudo.

Com isso, o número de pessoas que utilizará celulares para comprar bens digitais atingirá 2,5 bilhões em 2015 no mundo, o que representa um aumento de 40% na comparação com este ano, cujo volume deve chegar a 1,8 bilhão, segundo o analista sênior da Juniper Research, David Snow. (O Globo)