quarta-feira, 20 de julho de 2011

Brasil crescerá com mais vigor e com mais harmonia com o exercício continuado da democracia. Em todos os sentidos. Em todos os eventos. Todos os dias.

UGT renova e fortalece democracia interna com 2o. Congresso


Por Ricardo Patah, presidente nacional da UGT


A União Geral dos Trabalhadores (UGT) sai mais unida e democratizada do seu 2o. Congresso, que reuniu mais de 3.500 lideranças do Brasil todo em São Paulo. Confirmamos nossa inserção na classe trabalhadora, na sociedade e junto ao Poder Público.

Detalhamos as estratégias de interesse da classe trabalhadora brasileira em torno da defesa das 40 horas semanais, sem redução dos salários; pelo fim do Fator Previdenciário; pela regulamentação da terceirização sem precarização dos salários e das condições de trabalho; pela aprovação da Convenção 158, da OIT, para gerenciarmos a sangria desatada das demissões arbitrárias. E por uma mobilização permanente em torno das campanhas salariais para conquistar aumentos reais e ampliar a distribuição de renda, através dos salários, para a classe trabalhadora brasileira.

Tivemos a honra de compartilhar nossos debates e posições diante do cenário político e econômico com interlocutores de grande projeção nacional como o ministro Gilberto Carvalho, secretário da presidência da República que esteve no evento representando a presidente Dilma Rousseff. Nos honraram com a presença o ex-presidente Lula e o ex-governador de São Paulo, José Serra. Presentes também Geraldo Alckmin, governador de São Paulo e o vice governador Afif Domingos. Além de uma centena de autoridades do mundo sindical e político, presidentes e representantes de centrais sindicais, deputados federais e estaduais.

Contamos também com a presença do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do presidente da Fiesp, Paulo Skaff, do presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D'Urso.

Transformamos o 2o. Congresso num evento cívico no qual confirmamos na prática o acerto dos últimos quatro anos quando trabalhamos, a duras penas, para estabelecer o modelo de sindicalismo ético e inovador, com respeito às diferentes opiniões, nos esforçando de maneira continuada para buscar a harmonia que só o exercício árduo da democracia permite.

O esforço compensou. Hoje temos a UGT plural como ficou provado em nosso 2o. Congresso. Na plateia, lideranças sindicais literalmente vinculadas a todas as tendências políticas brasileiras. Em nossas fileiras temos o orgulho de contar com a participação ativa de líderes sindicais vinculados ao PC do B e ao DEM, ao PV e ao PPS, ao PMDB, PMN e ao PT. Somos uma amostra do Brasil real que pulsa nas fábricas e nos escritórios, nas fazendas, nos barcos de pesca e nas lojas.

Que aprende no dia a dia a construir a democracia brasileira com muito diálogo e muita tensão mas sem desistir, jamais, do projeto de um Brasil mais justo e mais igual que nos une e dá sentido aos nossos projetos de Nação.

Agora, estamos prontos para dobrar de tamanho, depois de termos saído dos 361 sindicatos na nossa fundação e chegado a mais de mil no 2o. Congresso. Sem perder a grande qualidade que nos caracteriza que é a independência política, a unidade na ação, o respeito às diretorias dos sindicatos que sustentam e apoiam a UGT.

A democracia ugetista é construída e renovada todos os dias. Para nos ajudar a manter o foco nos grandes problemas nacionais que fazemos questão de interferir, como são os investimentos em Saúde, em Educação e na Infra-estrutura do País.

Cada dirigente da UGT sabe a importância de sua atuação democrática, de respeitar os pontos de vista dos demais companheiros e companheiras, de agir sem personalismo e sem os nefastos e defasados golpismos que, infelizmente, ainda fazem parte da agenda dos que só acreditam nos interesses pessoais e se esquecem, de maneira impatriótica, que o Brasil crescerá com mais vigor e com mais harmonia com o exercício continuado da democracia. Em todos os sentidos. Em todos os eventos. Todos os dias.


Leia, por favor, o clipping de hoje:


Desemprego cai apesar de ações para frear economia
Em junho, taxa teve a menor variação para o mês e renda continuou subindo. Indicador mostra que mercado continua forte; Banco Central deve subir taxa de juros hoje para conter a inflação.
Apesar do esforço do governo para esfriar a economia, o mercado de trabalho continua bastante aquecido, com o desemprego no menor nível em nove anos e o rendimento crescendo mais.
Tal cenário mostra que ainda há combustível para alimentar o consumo e a inflação, e indica que o Banco Central deve voltar a elevar a taxa básica de juros hoje.
Segundo especialistas, o mercado de trabalho sempre demora mais a responder às medidas de esfriamento econômico-a indústria sente primeiro, o que já ocorre.
Além disso, a renda em alta, dizem, estimula o consumo e gera ainda mais empregos em ramos como serviços.
Sem contar um efeito estatístico: como o rendimento sobe, algumas pessoas param de procurar emprego para complementar o orçamento familiar. Isso reduz a taxa do IBGE, calculada com base no total de pessoas em busca de colocação.
Graças à menor procura, o desemprego ficou em 6,3% na média do primeiro semestre, taxa mais baixa para o período desde 2003.
Para Thaís Zara, economista da Rosenberg & Associados, o mercado desacelerou "muito pouco" frente às medidas do governo para conter o crédito, e se manteve como "importante fator de sustentação do consumo."
Ela avalia que o desemprego baixo também revela a falta mão de obra no mercado, um dos fatores que explicam parte do aumento da renda: as empresas têm de elevar salários para contratar.
Este desequilíbrio entre oferta e demanda se intensificou com a expansão da economia nos últimos anos.
Outra explicação para o fenômeno da renda são as contratações com carteira assinada, já que o setor formal tem salários melhores.
O rendimento do trabalhador cresceu 3,8% de janeiro a julho, acima dos 1,7% em igual período de 2010.
Um dos poucos sinais de freada no mercado é o crescimento menor do número de pessoas empregadas: 2,4% no primeiro semestre de 2011, contra 3,5% em 2010.
REDUÇÃO DE VAGAS -- Considerando apenas o mercado formal, foram criadas 1,414 milhão de vagas com carteira assinada no primeiro semestre, segundo o Ministério do Trabalho.
O número mostra redução de 13,44% no número de novos postos ante 2010.
"É um crescimento menor, não uma desaceleração. Em 2010, houve antecipação de contratações no primeiro semestre por conta do processo eleitoral", afirmou o ministro Carlos Lupi (Trabalho).
Para Fábio Romão, da LCA, o desaquecimento da economia tende a chegar ao mercado de trabalho.
"É muito provável que a geração de postos de 2011 seja menor que em 2010. A atividade econômica, apesar de estar em ritmo de crescimento, tem perdido força."
JUROS -- Hoje, o BC deverá elevar a taxa básica de juros de 12,25% para 12,50%.
O impacto dos juros na produção já influencia na confiança de empresários, que está abaixo da média histórica. É um sinal de alerta, já que o investimento menor reduz a oferta de produtos -e pode pressionar a inflação. (Folha)

Setor de serviços é destaque no ano

Os números de criação de emprego continuam fortes, sem sinais claros de desaceleração. Em junho foram criados 215,4 mil vagas, com leve alta de 0,6% em relação ao mesmo mês de 2010. É o segundo melhor resultado para o mês da série histórica, e deve ainda sofrer um ajuste para cima, quando forem incorporados os dados que chegam apenas no fim do mês. "Ainda vai aumentar bem", disse o ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Carlos Lupi.

Todos os oito setores da atividade econômica apresentaram elevação no mês, na comparação com junho de 2010. A maior geração de empregos veio da agricultura, com 75 mil vagas, alta de 4,6% no período, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do MTE.

O destaque, no entanto, continua sendo o setor de serviços, com 53,5 mil vagas, o terceiro maior saldo, fruto da expansão de cinco dos seis ramos que compõem o segmento. Serviços de alimentação (21,9 mil vagas) e serviços médicos (9,1 mil vagas) foram os que mais criaram empregos formais.

O Banco Central (BC), que decide hoje a taxa Selic, expressou sua preocupação com relação ao mercado de trabalho no último Relatório de Inflação, divulgado no mês passado. Para a autoridade monetária, esse é um dos maiores fatores de risco à convergência dos preços, já que o mercado de trabalho permanece aquecido, com desemprego em nível historicamente baixo e ganhos salariais elevados. Além disso, uma série de datas-base de importantes categorias está programada para este segundo semestre, o que pode pressionar mais os custos de produção.

No consolidado do primeiro semestre, foram criados 1,414 milhão de empregos, o terceiro melhor número da série histórica, levando-se em conta os dados ajustados até maio e ainda sem ajustes em junho.

Na comparação com o primeiro semestre do ano passado (1,634 milhão), houve recuo de 13,4%. De acordo com Lupi, no entanto, essa queda se justifica pela distorção provocada pelas eleições em 2010, já que os governos precisaram concentrar seus gastos nos primeiros seis meses do ano, para não ferir a lei eleitoral, ampliando investimentos e contratações.

"Não vejo desaceleração na criação de emprego", disse Lupi. Segundo ele, a tendência é de continuidade na criação de vagas, que deve chegar a 3 milhões no fim do ano, levando-se em conta os números de empregos com carteira assinada da Rais e do Caged.

O setor de serviços puxou o desempenho, com 564 mil vagas no primeiro semestre, seguido pela indústria de transformação (261,5 mil) e agricultura (235,4 mil).

A renda também continua crescendo. O salário médio de admissão teve aumento real de 3% no semestre, na comparação com o primeiro semestre de 2010.

Para Cristiano Souza, do Santander, a sinalização é de mercado de trabalho ainda aquecido, acima do nível de pleno emprego, estimado pelo banco em 7,2% - a taxa de desemprego em junho, conforme dados do IBGE, foi de 6,2% da população economicamente ativa. (Valor)

Câmara dos EUA aprova plano para reduzir déficit

Medida proposta pelos republicanos prevê aumentar o limite da dívida nacional em US$ 2,4 trilhões, em troca de maiores cortes fiscais

A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou na terça-feira, 18, por estreita margem uma medida proposta pelos republicanos que aumentaria o limite da dívida nacional em US$ 2,4 trilhões, em troca de maiores cortes fiscais.

O projeto, porém, tem poucas chances de prosperar no Senado, Casa que tem maioria democrata.

Com 234 votos a favor e 190 contra, a votação sobre o projeto de lei para "cortar, controlar, limitar" era antes de tudo simbólica, e tinha o objetivo de mostrar a influência dos republicanos e desafiar o presidente Barack Obama, que ameaçou vetá-la.

A medida, impulsionada pelo movimento conservador "Tea Party", também condiciona o aumento do teto da dívida nacional a uma emenda constitucional para exigir um orçamento equilibrado.

A iniciativa foi votada quando restam 14 dias para que os Estados Unidos fiquem sem fundos para cumprir com todas as suas obrigações, embora tanto o Congresso quanto a Casa Branca trabalhem muito para impedir uma moratória.

"Estamos na última hora e não nos resta muito mais tempo. Não podemos nos limitar a gestos simbólicos", disse Obama em entrevista coletiva anterior à votação.

O chamado "Grupo dos Seis", composto por três senadores democratas e três republicanos, propôs na terça-feira uma redução de US$ 3,7 trilhões que inclui cortes nos gastos públicos e receita adicional através de impostos.

Obama imediatamente elogiou a proposta, dizendo ser uma "passagem significativa" para obter um acordo que permita aos EUA elevar o limite de endividamento de US$ 14,29 trilhões antes de 2 de agosto, quando, segundo o Tesouro, ficará sem fundos.

O presidente americano assinalou que o plano concorda com seu enfoque "bipartidário", e reiterou sua disposição em "assinar um complexo pacote que englobe tanto cortes consideráveis nos programas sociais como um componente adicional de receita".

O novo plano, que abre a possibilidade de um acordo amplo, foi igualmente bem recebido por outros líderes do Congresso.

A origem do confronto que ameaça pôr em dúvida a solvência creditícia dos EUA se encontra na oposição dos republicanos, que controlam a Câmara, a qualquer plano de redução de déficit que implique altas de impostos, algo que Obama e os democratas consideram primordial.

Os republicanos condicionaram todo acordo de elevação do teto do endividamento a agressivos cortes fiscais, mas descartam uma reforma tributária, sob o argumento de que esta danificaria a ainda débil recuperação econômica dos EUA. (Estado)

Planos de Saúde: Empresas dominam debate: associação elabora roteiro para guiar subcomissão na Câmara

Criada para elaborar o marco regulatório dos planos de saúde, a subcomissão de Saúde Suplementar da Câmara dos Deputados está sendo orientada pela Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), entidade que reúne empresas que atuam nesse mercado. Por solicitação da própria subcomissão, a Abramge elaborou um roteiro de trabalho sobre como a subcomissão deve funcionar e os temas a serem tratados. O documento foi distribuído a parlamentares e a dirigentes de outras entidades, durante reunião na Câmara, semana passada.

Na reunião, que ocorreu na última quarta-feira, o advogado e dirigente da Abramge, Dagoberto José Steinmeyer Lima, sentou-se à mesa, ao lado do presidente da subcomissão, deputado AndréZacharow (PMDB-PR), e apresentou o roteiro. Zacharow, na sua campanha eleitoral, teve apoio do setor e recebeu R$ 50 mil da Unimed. O relator da subcomissão, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), dirigiu a Unimed em seu estado.

A Abramge também fez um levantamento de quantos projetos de lei sobre regulamentação dos planos de saúde tramitam no Congresso Nacional, 41, e listou todas essas propostas. No documento, a entidade relaciona as mudanças que precisam ser feitas na legislação e, entre outras propostas, prevê regras para evitar a judicialização dos contratos de planos de seguros de saúde, da participação de empresas estrangeiras nesse mercado e de como deve ser a atuação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Apetite de bancos segue elevado

O Banco Central (BC) já tem em mãos a mais recente pesquisa "Indicador das Condições de Crédito", levantamento trimestral criado no início do ano para tentar medir a expectativa dos bancos para o comportamento tanto da oferta quanto da demanda por novas linhas de financiamento. A primeira pesquisa, relativa ao segundo trimestre, mostrou que as instituições financeiras continuavam com apetite para oferta de empréstimos tanto para o consumo quanto para as pequenas e médias empresas, mesmo depois da série de medidas macroprudenciais adotadas pelo BC desde o fim de 2010.

Os novos dados ainda estão sendo compilados, mas a expectativa de técnicos do BC é que esse novo levantamento já aponte dados mais favoráveis ao processo de desaquecimento da atividade econômica e de controle da inflação. Os dados mais recentes devem servir de referência também para a decisão sobre a taxa Selic, que será tomada hoje pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Até junho, no entanto, a situação permanecia inalterada, apesar do aperto monetário, como mostrou a primeira pesquisa realizada em abril, a partir de consultas aos principais agentes de crédito (cerca de 95% do mercado). A percepção geral era de que mesmo com as restrições impostas pelo BC (alta dos juros e da exigência de capital) o crédito às pessoas físicas permaneceria nos níveis atuais ao longo de todo o primeiro semestre.

Em outras palavras, os bancos permaneceram com grande apetite ao longo do primeiro semestre, com manutenção do ritmo de aprovação de novas linhas. As instituições também esperavam que a procura por empréstimos pelas famílias permanecesse inalterada, mesmo com o aumento dos juros.

No caso das pequenas e médias empresas, a expectativa dos bancos era por um aumento na aprovação das linhas e uma demanda "moderadamente forte", o que indica que as instituições financeiras não esperavam um desaquecimento da atividade. Apenas o segmento de empréstimos às grandes empresas apresentava uma expectativa de crescimento mais fraco para o período de abril a junho.

Parte da manutenção da oferta e da demanda em níveis elevados, apesar do cenário mais restritivo, pode ser explicada pela renda ainda em elevação. De acordo com o estudo, o fator mais importante para a oferta de crédito para as famílias por parte dos bancos é o nível de emprego e as condições salariais, seguido pelo nível de comprometimento de renda. A inadimplência vem em terceiro lugar. No crédito imobiliário, o preço dos imóveis ganha relevância.

No caso das micro e pequenas empresas, o mais relevante na visão dos bancos é a condição dos clientes, seguido pelo nível de inadimplência do sistema. Para as grandes companhias, o mais importante é a condição da economia doméstica e do setor. A percepção de risco do cliente é apenas o terceiro fator mais importante.

A pesquisa é composta por seis grupos de perguntas, três relacionados à oferta de crédito, dois à demanda e um à aprovação de novas linhas de crédito. O BC estuda a divulgação periódica desses dados, que foram apresentados pela primeira vez no último relatório de inflação, publicado em junho. (Valor)

Faxina derruba mais 6 nos Transportes; afastados já são 12
Entre os exonerados estão indicados de Valdemar Costa Neto e de diretor petista do Dnit, que será o próximo a cair. Novo ministro definiu demissões com Dilma, que tenta reduzir as indicações políticas feitas pelo PR na pasta.

Longe de encerrar a crise iniciada há 17 dias, o governo anunciou ontem mais seis demissões no Ministério dos Transportes e no Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre).
As exonerações atingem principalmente nomes ligados ao PR, partido que controla a pasta desde o governo Lula. São esperadas pelo menos mais duas saídas.
Ao todo, 12 pessoas já foram afastadas do governo após denúncias de superfaturamento de obras e pagamento de propina no setor.
Os afastamentos foram decididos pelo ministro Paulo Sérgio Passos, que ocupa o cargo há uma semana, em acordo com a presidente Dilma Rousseff. Os dois têm se reunido diariamente para reestruturar o setor.
Ontem, Passos também submeteu ao Planalto o nome do técnico Deuzedir Martins, que deve ocupar a secretaria-executiva do ministério ou ser remanejado para a direção do Dnit.
Atual gerente da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Martins atenderia à diretriz definida pela presidente Dilma para montar uma equipe técnica, reduzindo as indicações políticas na pasta.
DEMISSÕES -- Foram exonerados ontem José Osmar Rocha, Estevam Pedrosa, Maria das Graças de Almeida e Darcy Michiles.
Rocha era indicado pelo deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP), um dos controladores do partido.
Os outros três eram da cota do ex-ministro Alfredo Nascimento (PR-AM), que deixou o cargo na esteira das acusações de corrupção.
Maria das Graças e Michiles foram exonerados "a pedido", diz o "Diário Oficial".
No Dnit, também foram afastados Mauro Sérgio Almeida Fatureto e Luiz Claudio dos Santos Varejão, indicado pelo PT e ligado ao diretor do órgão Hideraldo Caron, cujo afastamento já foi decidido pelo governo e deve ser efetivado nesta semana.
A situação mais delicada era a de Rocha. Ele pertenceu a um comitê encarregado de gerir a dívida do antigo DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem), que deu origem ao Dnit e é controlado por Valdemar.
Rocha é acusado de dar o aval à contratação de uma empresa de fachada pelo Dnit por R$ 18,9 milhões, de acordo com o jornal "O Estado de S. Paulo".
O novo ministro dos Transportes era secretário-executivo da pasta. Foi efetivado por Dilma na semana passada, apesar das resistências do PR. O Planalto havia convidado o senador Blairo Maggi (PR-MT), mas ele recusou.
A crise teve início no dia 2 com o afastamento de quatro integrantes da cúpula dos Transportes apontados em reportagem da revista "Veja" como operadores de um esquema de corrupção.
Há ainda a promessa de demissão do diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, que formalmente está em férias e volta em agosto.
Frederico Augusto de Oliveira, chamado por Pagot de "boy", foi também afastado, apesar de não estar na lista oficial de servidores. (Folha)

IOF maior não inibe procura por crédito

Apesar da decisão do governo de elevar para 3% ao ano, a partir de abril, a alíquota do IOF sobre as operações de crédito da pessoa física, a arrecadação com esse tributo cresceu 70,76% em junho.

Apesar da decisão do governo de elevar para 3% ao ano, a partir de abril, a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre as operações de crédito da pessoa física, a arrecadação da Receita Federal com esse tributo cresceu 70,76% em junho de 2011 na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O resultado demonstra que a medida não foi suficiente para desestimular a contratação de crédito por pessoas físicas.

O governo tem anunciado várias medidas para reduzir a procura por crédito. O objetivo é conter o consumo e, com isso, reduzir a pressão de alta sobre a inflação. Ontem, um novo setor foi alvo das ações do governo. O Banco Central limitou o uso do cartão para o crédito consignado. A medida restringiu operações com prazo de três anos, modalidade muito usada por aposentados.

Veja abaixo todas as medidas adotadas pelo governo desde o dia 3 de dezembro de 2010 para restringir o crédito:

- Maior exigência de capital dos bancos quando financiam a compra de veículos com prazos superiores a 24 meses e acima de 36 meses para operações de crédito consignado.

- Aumento no recolhimento compulsório sobre depósitos à vista e a prazo.

- Instituição de recolhimento compulsório sobre excesso de exposição cambial de bancos (medida cambial, mas que tem impacto indireto no crédito, já que busca reduzir a oferta de dinheiro no País).

- Aumento no pagamento mínimo de faturas do cartão de crédito para 15% da fatura a partir de junho e 20% a partir de dezembro). (Estado)

INSS divulga na segunda lista de quem se aposentou de 1991 a 2004 e tem revisão
O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) irá divulgar na segunda-feira a lista dos segurados que irão receber o aumento da revisão pelo teto entre 1º e 8 de setembro, segundo o Ministério da Previdência. Para saber se será beneficiado, o segurado deverá ligar para o telefone 135, de segunda a sábado, das 7h às 22h.
Os 117.135 segurados com direito à revisão terão de consultar a lista com o número de benefício -eles começaram a receber do INSS de 5 de abril de 1991 a 1º de janeiro de 2004 e não receberam o reajuste do teto em 1998 e em 2004.
Segundo a proposta de pagamento que o governo enviou à Justiça de São Paulo, terão direito os segurados que, em dezembro de 1998 e em dezembro de 2003, recebiam, respectivamente, R$ 1.081,50 ou R$ 1.869,34.
Segundo a Contadoria da Justiça Federal do Rio Grande do Sul, esses valores correspondem, hoje, a um benefício de R$ 2.589,87 (para aposentados entre 1991 e 1998) ou R$ 2.873,79 (para aposentados entre 1998 e 2004).
Quem recebe R$ 0,20 para cima ou para baixo também poderá ser beneficiado.
Porém, o cálculo considera que o segurado já teve a revisão da URV (Unidade Real de Valor).
O índice de aumento só poderá ser consultado por volta de 20 de agosto, no extrato bancário disponível no sitewww.previdencia.gov.br.
O aumento médio será de R$ 240 e representa um gasto de R$ 28 milhões mensais.
Já os 131.161 segurados com direito a atrasados, que são as diferenças que deixaram de ser pagas nos últimos cinco anos, terão que esperar mais para fazer a consulta.
A ligação para o 135 é gratuita de telefones fixos. (Agora)

Mutirão do CNJ para rever prisões ilegais começa hoje em São Paulo
Começa hoje um mutirão, organizado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), para analisar quase 100 mil processos de presos que cumprem penas em regime fechado no Estado de São Paulo.
A força-tarefa, que deverá acontecer até dezembro, tem como objetivo analisar quais destes presos já cumpriram suas penas e continuam encarcerados ilegalmente, além de encontrar aqueles que poderiam passar para um regime menos rígido e, por falta de organização do poder público, estão em regime fechado.
Não há uma estimativa de quantos devem ser soltos, mas se levar em conta a estatística dos mutirões que já aconteceram em outros Estados, mais de 10 mil presos poderão deixar a prisão durante a análise e outros quase 20 mil poderão ser beneficiados com a progressão de regime. (Folha)

CNC: crédito caro freia intenção de consumo das famílias

Os consumidores brasileiros estão seguros e otimistas em relação às perspectivas de emprego e renda para 2011, mas não estão dispostos a expandir o consumo no mesmo ritmo do ano passado. O motivo para o freio é o encarecimento do crédito, segundo pesquisa divulgada hoje pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), que reúne sete indicadores para antecipar o potencial de vendas do comércio, registrou alta de 2,2% entre junho e julho. Em relação a julho de 2010, o índice se manteve praticamente estável (0,1%).

Para o economista da CNC Fábio Bentes, embora os resultados gerais sejam positivos, a pesquisa mostrou reflexos das medidas restritivas do governo na expansão do consumo. "O crédito se tornou um empecilho para um crescimento mais vigoroso do consumo", disse. "O consumidor está mais cauteloso, colocando o pé no freio."

O economista lembra que o crédito está mais caro, com prazos menores e pode até apresentar prazos mais curtos até o fim de 2011. A CNC ainda prevê um ano com números positivos tanto no mercado de trabalho quanto no consumo. "Os resultados só não vão ser tão favoráveis quanto no ano passado, que foi um ano excepcional", disse.

A previsão de aumento das vendas no ano deve ficar em 6,5%, contra 10,9% no ano passado. Já para as vendas de bens duráveis é projetada alta de 9% a 10%, abaixo dos 16% de 2010.

Este último item é um termômetro para o crédito por englobar produtos comumente comprados a prazo, como geladeiras, fogões e máquinas de lavar. No mês, houve queda de 1,1% no momento para aquisição de bens duráveis, contra julho do ano passado. Outro item ligado a crédito, a compra a prazo, recuou 2,1% na mesma comparação. A satisfação das famílias com o consumo atual também caiu 2,7%.

Bentes diz que a taxa de juros média cobrada do consumidor no maior patamar dos últimos dois anos (46,8%) está influenciando o comportamento na hora das compras. Mostra disso é a queda de 6,8% nas perspectivas de consumo apontada pelos entrevistados para os próximos meses, um dos sete itens que compõem a pesquisa.

O que tem segurado o índice é o mercado de trabalho. A satisfação com o emprego corrente subiu 5,3% em julho na comparação anual e a perspectiva profissional, 7,3%. São esperados 2 milhões de novos empregos formais no ano, menos do que os 2,5 milhões de 2010, mas ainda assim um resultado considerado muito bom. A CNC diz que embora o ritmo de criação de postos venha sendo, em média, 20% menor do que em 2010, apenas 13,1% dos entrevistados se mostraram menos seguros em relação a emprego.

Sazonalmente, o mercado de trabalho melhora no segundo semestre por conta das vendas de fim de ano, acrescenta Bentes. A indústria começa a contratar já em junho e julho, e o comércio, em agosto, setembro e outubro, diz. "O mercado sazonalmente melhora no segundo semestre". (Estado)

Real é a moeda mais valorizada entre as 58 principais economias

O Brasil se consolida como o país com a moeda mais valorizada entre as 58 principais economias do mundo, enquanto o G-20 continua a discutir sobre câmbio e utilização dos instrumentos de controle de capital.

Um índice do Banco Internacional de Compensações (BIS), banco central dos bancos centrais, que acaba de ser atualizado, mostra o avanço da moeda brasileira desde a última reunião de cúpula do G-20, em novembro, em Seul, onde as autoridades brasileiras insistiam na importância de se evitar uma guerra de moedas.

O BIS calcula a taxa de câmbio efetiva real (EER) de 58 países e da moeda única europeia. A EER representa a média cambial da moeda de um país relativa a uma cesta de outras moedas ajustadas pelo preço ao consumidor. Se o ranking da moeda está abaixo de 100, significa que está desvalorizada e tem espaço para se apreciar.

Na cúpula de Seul, há sete meses, a taxa de câmbio efetiva real era de 148,1 por unidade do real. O BIS mostra agora que a taxa pulou para 157,68 em junho, ou seja, o real se valorizou ainda mais.

Já a moeda chinesa continua se desvalorizando em termos reais. Estava em 119,65 e agora caiu para 116,31.

Também no caso do dólar americano, continua se desvalorizando: a taxa efetiva real era de 89,41 em novembro, passando nesta última sondagem a 84,51. O euro estava em 93,95, agora subiu ligeiramente para 97,48.

O BIS mostra que o peso argentino está em 77,8 no índice, menos da metade da valorização da moeda brasileira. A Coreia do Sul, em 83,2, e o México em 93,4, ou seja, todos com amplo espaço para valorizar suas moedas.

Em recente passagem por Paris, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, insistiu que a guerra das moedas está longe de acabar. Mas no G-20 não só um acordo internacional não avança, como as tentativas são de limitar a imposição de controle de capital.

O Brasil, porém, avalia que o G-20 vai, no máximo, dar uma "opinião" sobre o uso de instrumentos para controle de capital. Nada de recomendação ou código de conduta, como propôs o FMI. (Valor)