quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Ano letivo com 220 dias, se tiver Educação de qualidade, ajudará na distribuição de renda

Investir na Educação é melhorar distribuição de renda

Por Ricardo Patah, presidente nacional da UGT

A UGT apóia a iniciativa do MEC e do Ministro Fernando Haddad de ampliar para o total de 220 dias letivos ao ano. Trata-se de uma decisão que responde aos anseios da sociedade civil brasileira, especialmente, dos pais dos alunos. Desde que a ampliação dos dias letivos seja sustentada com qualidade no ensino e com motivação dos professores, através de salários dignos. Porque para a UGT todo e qualquer investimento em Educação resulta em mais inclusão social, através do aumento da distribuição de renda e no amadurecimento político da população.

Leia o clipping de hoje, por favor:

MEC quer aluno mais tempo na sala de aula
Proposta de Haddad é aumentar de 200 para 220 total de dias letivos ao ano ou o de horas na escola por dia. Educadores cobram mais mudanças; sindicato da rede particular prevê mensalidade maior.
O MEC quer ampliar a jornada escolar obrigatória nas escolas públicas e particulares do país. Pela proposta, ou os colégios aumentam o número de dias letivos (de 200 para 220) ou o total de horas de aulas por dia.
O anúncio foi feito ontem pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, um dia após a divulgação dos dados do Enem -conforme a Folha mostrou, houve redução da presença de escolas públicas entre a elite do ensino médio.
Se a mudança for implantada, haverá alterações no sistema educacional, como contratação ou ampliação de jornada de docentes e, provavelmente, aumento nas mensalidades na rede privada.
"Ou ampliamos o número de horas por dia ou, caso não haja infraestrutura para isso, aumentamos o número de dias letivos. Mas essas alternativas não são excludentes", afirmou ontem Haddad.
"Estudos têm correlacionado o aprendizado com o tempo que a criança fica exposta no ambiente escolar", disse o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo em evento do Todos pela Educação.
O MEC pretende dar quatro anos para as escolas se adaptarem. Dados do Censo Escolar 2010 mostram que só 6% dos alunos têm ao menos sete horas diárias de aula -a jornada obrigatória é quatro.
Escolas particulares bem posicionadas no Enem, como Vértice, em SP, ficam perto dos 200 dias letivos, mas possuem jornadas maiores que as quatro horas diárias.
O ministrou afirmou que o plano ainda está em fase inicial, pois será preciso formar consenso antes de enviar um projeto ao Congresso, onde já tramita projeto que prevê ampliação da carga horária de 800 para 960 horas anuais. A ideia do MEC já foi discutida com entidades como Consed (Conselho Nacional de Educação) e Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação).
APOIO, COM RESSALVAS -- Presidente da Undime, Cleuza Repulho diz que a ideia é positiva, mas defende mudar por etapas. "Podemos, por exemplo, aumentar cinco dias letivos a cada ano."
Educadores consultados pela Folha dizem que a proposta não necessariamente garante melhoria no ensino. "Como a escola vai ocupar esse tempo a mais?", alertou o pesquisador da USP Ocimar Alavarse. "Não sou contra. Mas os recursos deveriam ser destinados a outras prioridades, como melhoria na formação de professores."
Pesquisadora da Fundação Lemann, Paula Louzano diz que, para ter efeito, o aumento da jornada deveria ser acompanhado de mudança na organização das escolas, como fixação dos docentes em um só colégio.
Dirigente do sindicato das escolas particulares de SP, José Augusto Lourenço teme reajuste nas mensalidades. "Se aumentar o número de dias letivos, teremos de chamar professores no recesso. Se aumentar a jornada, precisaremos construir unidades."
Para a educação pública, Haddad afirmou que os recursos necessários poderiam vir com a destinação de 7% do PIB para a educação. Hoje são cerca de 5% para a área. (Folha)

Kassab cria braço sindical do PSD

Em meio à pressão dos opositores para impedir a liberação do registro do Partido Social Democrático (PSD) junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, lançou nesta terça-feira, 13, o braço sindical da nova legenda. De olho na capilaridade dos movimentos sociais e na força das entidades sindicais, Kassab assinou a ficha de filiação de Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), considerada a terceira maior central sindical do País.

Com a entrada de Patah - e mais 20 sindicalistas ligados à entidade, além de representantes de movimentos sociais -, Kassab se alia às bases que deram origem ao PT e segue o exemplo do PSDB, que recentemente criou um núcleo sindical para estreitar suas relações com a base dominada até então pelos petistas.

Como presidente da UGT, Pattah comanda 1.013 sindicatos que representam mais de 7 milhões de trabalhadores. No PSD, o sindicalista presidirá o núcleo responsável pelas políticas sociais do partido e terá à disposição 50% dos recursos da sigla provenientes do fundo partidário. "Será uma organização de mobilização, de ação", explicou Kassab.

De acordo com o prefeito, idealizador e presidente nacional do partido, 25% dos recursos do PSD serão destinados à direção executiva e os outros 25% para formação doutrinária, esta última sob a responsabilidade do vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos. "É um passo consistente que o partido dá para ter representatividade. Isso mostra a importância que estamos dando para os movimentos sociais", comemorou Kassab, ao dar as boas-vindas ao sindicalista.

Até pouco tempo, Patah orgulhava-se de não ter vínculos com nenhum partido e de presidir uma entidade sindical pluripartidária. Após ser procurado por vários partidos, ele mudou de ideia quando o prefeito de São Paulo ofereceu a coordenação das ações sindicais e sociais, mais duas vagas na executiva nacional da sigla. (Estado)

Saúde: de 2002 a 2011, desvios de dinheiro público no setor somaram R$ 2,3 bilhões

Nos últimos nove anos, o governo federal - que tem defendido novas fontes de financiamento para a Saúde - contabilizou um orçamento paralelo de R$ 2,3 bilhões que deveriam curar e prevenir doenças, mas escorreram pelo ralo da corrupção. Esse é o montante de dinheiro desviado da Saúde, segundo constatação de Tomadas de Contas Especiais (TCEs) encaminhadas ao Tribunal de Contas da União (TCU), entre janeiro de 2002 e 30 de junho de 2011. A Saúde responde sozinha por um terço (32,38%) dos recursos federais que se perderam no caminho, considerando 24 ministérios e a Presidência. Ao todo, a União perdeu R$ 6,89 bilhões em desvios.

São números expressivos, mas refletem tão somente as 3.205 fraudes ou outras irregularidades identificadas pelo Ministério da Saúde ou pela Controladoria Geral da União (CGU). Para o Ministério Público Federal (MPF), recuperar esse dinheiro é tarefa difícil. Mais dramática é a persecução criminal de quem embolsa o dinheiro. Na maioria dos casos, são prefeitos, secretários de Saúde ou donos de clínicas e hospitais que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS).

A procuradora Eliana Torelly, da Procuradoria Regional da República da 1ª Região, avalia que é difícil punir porque os processos, tanto administrativos quanto judiciais, demoram a encerrar. Em 2004, o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus) levantou um mar de desvios em Paço do Lumiar (MA), município de cem mil habitantes na Região Metropolitana de São Luís (MA). O processo aponta saques milionários da conta da Saúde, entre 2001 e 2003, que jamais se reverteram em ações à população. Só em 2010, o processo administrativo chegou ao TCU. Em valores corrigidos em 2010, a fraude soma R$ 27.927.295,70.

- A probabilidade de recuperar o dinheiro é muito baixa - diz Eliana.

No Piauí, má aplicação de R$ 258 milhões -- Apenas entre janeiro e junho de 2011, a União encaminhou ao TCU o resultado de 193 processos, que totalizam um passivo de R$ 562,3 milhões. A expressiva maioria é de casos antigos. Na lista, há cobranças até de 1991, como uma tomada de contas que aponta o governo do Piauí como responsável pela má aplicação de R$ 258,5 milhões, em valores corrigidos.

Especialista em financiamento da Saúde, o pediatra Gilson Carvalho diz que o dinheiro escorre pela falta de protocolos e rotinas, falta de informatização do controle financeiro, de pessoal e de transporte de pacientes. E lembra que os empresários da Saúde são parte do processo de corrupção:

- Não existe corrupção que não tenha participação do privado.

A presidente da União Nacional dos Auditores do SUS, Solimar da Silva Mendes, diz que a estrutura de controle do dinheiro do SUS é mínima em comparação com o volume de recursos auditado. Ela contabiliza cerca de 500 auditores na ativa, sendo que a metade está em idade de aposentadoria. Calcula que são necessários outros mil servidores:

- Paramos de atender pedidos do MP. Agora, só fazemos levantamentos a pedido da presidente Dilma Rousseff, como levantamento de mamógrafos.

Em nota, o Ministério da Saúde afirma que, desde 2002, o orçamento federal da Saúde soma R$ 491,1 bilhões. "Deste modo, o valor apontado corresponde a 0,045% deste montante. Todas estas medidas administrativas foram solicitadas pelo próprio ministério aos órgãos de controle, tanto interno quanto externo". Ele cita ainda realização de 692 auditorias, economia de R$ 600 milhões na compra de medicamentos e aperto no controle dos repasses a estados e municípios.

Mostrando a demora nas ações de controle do dinheiro aplicado na Saúde, só este ano o TCU decidiu sobre casos envolvendo irregularidades descobertas pela Operação Sanguessuga, iniciada em 2006 pela Polícia Federal. Pelo menos dez decisões do TCU este ano são sobre Tomadas de Contas Especiais que tratam de desvios em convênios com prefeituras de todo o país, como São João do Meriti (RJ), Cromínia (GO), Campinápolis (MT) e Ponta Porã (MS). Entre as irregularidades, superfaturamento na aquisição de ambulâncias, ausência de pesquisa de preços em licitações e erros em notas fiscais. Muitos dos casos envolveram ainda contratos em que "a empresa fornecedora do veículo adquirido consta da lista de firmas participantes do esquema de fraudes em licitações identificado na 'Operação Sanguessuga'". É o caso, por exemplo, de contratos das prefeituras de Sousa (PB) e Alegre (ES) com a empresa Santa Maria, e da prefeitura de Pesqueira (PE) com a Planam.

Para Alcides Miranda, um dos titulares do Conselho Nacional de Saúde e vice-presidente do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, a discussão sobre a necessidade de mais fontes de recursos para o setor precisa passar pela transparência e garantia da aplicação dos recursos, sejam os já existentes ou outros que eventualmente surjam. Além dos desvios de recursos apontados por órgãos de controle como CGU e TCU, Miranda lembra mais uma fonte de desperdício no setor, o Cartão SUS:

- Já foram gastos pelo menos R$ 500 milhões desde o governo Fernando Henrique, e esse projeto de informatização (criando um sistema com o número de identificação dos usuários do SUS) não anda, por motivos como brigas na Justiça de empresas que disputavam licitação.

- A própria estrutura do ministério é deficitária - completa a professora da UFRJ Ligia Bahia, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva. - São vários programas, um para criança, outro para hipertenso, outro para a mulher. Só que uma mulher já foi criança um dia, um hipertenso também pode ser diabético... Não há integração dessa árvore de Natal cheia de programas pendurados. Falta uma política única para a Saúde no país.(O Globo)


Funcionários dos Correios do Rio decretam greve

Os funcionários da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) do Estado do Rio de Janeiro decidiram, em assembleia, decretar greve, a partir das 22h desta terça-feira. Os trabalhadores cruzam os braços, por tempo indeterminado, após 42 dias de negociações com a empresa sobre as propostas de reajuste salarial para 2011/2012, sem sucesso.

Os grevistas farão uma passeata, nesta sexta-feira, com concentração a partir do meio-dia, na Candelária. A saída está marcada para 14h e eles caminharão até a Cinelândia, onde haverá nova assembleia. Também estão marcadas reuniões diárias, às 10h, para discutir novas ofertas dos Correios.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro (Sintect-RJ), os trabalhadores querem um aumento real de R$ 400. Além disso, a categoria ainda pede um piso salarial de R$1.635 e o aumento do vale-alimentação para R$30 por dia.

A proposta rejeitada pelos funcionários dos Correios inclui reajuste de salário de 6,87%; incorporação de R$ 50 ao salário; abono de R$ 800 pago até a próxima sexta-feira; vale-alimentação de R$ 25; vale-cesta de R$ 140; vale-extra de R$ 575 a ser pago até dezembro; e reembolso creche e babá de R$ 384,95. (O Globo) ( ((

Emergentes podem imitar o Brasil, diz 'Financial Times'
Reportagem do jornal britânico "Financial Times" de ontem afirmou que os países emergentes estão acompanhando atentamente a "aposta" brasileira de reduzir os juros. O diário financeiro afirma que polêmica decisão de reduzir a taxa Selic em 0,5 ponto percentual em um momento em que a inflação atingiu seu maior nível desde 2005 pode levar outros países emergentes a tomar a mesma medida, caso o Brasil tenha êxito. "No fim pode ser que tudo saia bem para o Brasil", disse o economista Alberto Ramos, do banco Goldman Sachs. "Mas há um elemento de aposta e de otimismo nesta decisão." (Folha)

FGC já deu R$ 7,5 bi a bancos pequenos

Entidade que tem como objetivo proteger depósitos dos clientes assume função do BC e socorre instituições que enfrentam risco de quebra

Os bancos de pequeno e médio portes já receberam R$ 7,5 bilhões este ano para se capitalizarem e evitar problemas de solvência - levando em conta apenas as operações de socorro com ajuda do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) - entidade mantida pelos bancos para garantir os depósitos da clientela em caso de quebra de uma instituição.

Fraudes. Com o maior rombo até agora, o Banco Panamericano precisou ser socorrido com uma injeção de R$ 4,2 bilhões

A operação mais recente envolve o resgate do banco Matone, comprado pelo Grupo JBS, que recebeu em julho R$ 1,85 bilhão. O FGC emprestou cerca de R$ 850 milhões, o equivalente ao rombo encontrado nas contas do Matone, e o JBS capitalizou a instituição com R$ 1 bilhão, para fazer o novo banco funcionar.

O banco mineiro BMG será capitalizado em R$ 1,5 bilhão, principalmente para cobrir o rombo do banco Schahin, comprado em abril. Desse total, R$ 800 milhões entraram no capital dia 11. Segundo fontes de mercado, o dinheiro veio do FGC, que intermediou a negociação. O novo aporte, de R$ 700 milhões, será concluído este mês.

Discretamente, o FGC vem exercendo o papel de bombeiro que o Banco Central teve no passado, quando era preciso salvar bancos em dificuldades. A diferença é que agora o dinheiro é dos próprios bancos, que avaliam a situação, fazem as contas e assumem o risco das operações que levam adiante. O resgate do Panamericano, o maior de todos, foi autorizado pessoalmente pelos presidentes dos maiores bancos do País.

De acordo com fontes que participam dessas operações, sempre que o custo de resgatar um banco é igual ou não muito maior do que o custo de reembolsar os clientes, o FGC escolhe a operação salvamento. No caso do Morada, do Rio, a escolha era entre cobrir um rombo de R$ 700 milhões ou desembolsar com os clientes R$ 150 milhões. Nesse caso, o FGC ficou fora.

Embora não apareça na linha de frente, o BC acompanha todas as negociações. Troca informações e ideias com o FGC. Pelo menos quatro razões explicam as dificuldades dessas instituições. A primeira é que os empréstimos entre bancos ficaram mais difíceis desde a quebra do banco Lehman Brothers, em 2008.

O segundo ponto é a dificuldade de os bancos menores venderem suas carteiras de crédito para os grandes. As instituições maiores passaram a ser mais criteriosas após o escândalo do Panamericano. A fraude contábil, que totalizou R$ 4,2 bilhões, se concentrou na contabilização das carteiras vendidas no mercado. Em terceiro lugar, bancos pequenos e médios especializados em crédito consignado perderam espaço para os grandes, que viram no segmento um filão relevante de lucros.

Por fim, em janeiro de 2012, entra em vigor uma nova regra do BC que altera a forma como os bancos devem contabilizar a venda de carteiras de crédito. Hoje, ao repassá-las, elas podem colocar em seus balanços o valor cheio da negociação. A partir do ano que vem, o dinheiro só poderá constar no balanço depois que efetivamente tiver entrado no caixa do banco. O objetivo é que eventuais calotes sejam devidamente computados nos resultados. Os bancos já iniciaram o processo de adaptação, que evidenciou buracos em alguns.

Ajustes. Apesar dos bilhões já colocados, os ajustes devem continuar. Dados do BC referentes ao primeiro semestre mostram que dez bancos têm Índice de Basileia abaixo ou pouco acima do mínimo de 11% exigido pela autoridade monetária. Ou seja, são bancos pouco capitalizados e que vão precisar de recursos para crescer, sobretudo no crédito.

Além das operações que contaram com a ajuda do FGC - pois os bancos estavam com problemas no balanço -, bancos médios que estavam sólidos também fizeram reforço de capital. Um deles foi o Fibra, que recebeu recursos da família Steinbruch e do IFC (braço financeiro do Banco Mundial) em uma operação de R$ 240 milhões. Outro exemplo foi o banco Indusval, que fechou em março um aporte de R$ 200 milhões. (Estado)

Volkswagen estuda nova fábrica no País

Investimento para expansão da produção nacional seria de cerca de R$ 1 bilhão; objetivo é a introdução de um novo modelo de veículo

O presidente da Volkswagen no Brasil, Thomas Schmall, afimou nesta terça-feira, 13, em entrevista a jornalistas brasileiros durante o primeiro dia de prévia do Salão do Automóvel de Frankfurt, na Alemanha, que a marca avalia a possibilidade de dobrar a capacidade de uma de suas duas fábricas no Brasil ou construir uma nova unidade em território nacional para atender à expansão do mercado. Hoje, a montadora produz 3,6 mil carros por dia no País.

De acordo com Schmall, o investimento ficaria em aproximadamente R$ 1 bilhão e seis estados são cogitados, entre eles Paraná - que já abriga a unidade de São José dos Pinhais - e Pernambuco. A decisão levará em conta os incentivos oferecidos pelas unidades da federação. A nova unidade, disse o executivo, teria capacidade para produzir entre 600 e 700 carros por dia em um primeiro momento.

A nova planta viabilizaria a produção de um novo carro de entrada prometido pela marca até 2014 - possível sucessor da quarta geração do Gol (G4). "O segmento de entrada é o que vai crescer mais no Brasil", disse o executivo. "A previsão é que sejam vendidos 600 mil unidades do Gol (G5) em 2015", explicou.

Novo modelo. Schmall assume que é grande a chance de este veículo ser o Up!, compacto mundial que foi apresentado ao mercado na mostra alemã. No entanto, o presidente diz que há alguns entraves em relação à produção local do Up!, primeiro fruto de uma plataforma global que será usada em diversos modelos do Grupo Volkswagen.

Entre os itens que podem impedir que o automóvel caia no gosto do brasileiro estão o porta-malas pequeno, a autonomia e o fato de o carro levar apenas quatro pessoas. "Na Europa o Up! será o segundo ou terceiro carro de uma família, enquanto no Brasil ele será o único para viajar e trabalhar", explicou o presidente. "Os brasileiros também gostam de um design mais alegre, mais vivo."

Questionado sobre a possibilidade de mudar o Up! para atender o gosto nacional, Schmall é categórico em afirmar que, caso o carro venha a ser escolhido parao o País, ele será "bem parecido" com o modelo europeu em desenho e acabamento.

O interior do carro de 3,54 metros é quase inteiro revestido de plástico em tom claro - inclusive o painel de porta interno -, com alguns detalhes em preto. Para acessar a fileira de trás, os bancos dianteiros correm para frente e o espaço para duas pessoas é satisfatório. O porta-malas é dividido em dois e leva 251 litros, enquanto o tanque tem capacidade para 35 litros de combustível. (Estado)

País gerou 200 mil empregos formais em agosto, prevê Lupi

Resultado supera o de julho (145 mil vagas), mas é menor que o de agosto de

O País gerou cerca de 200 mil empregos formais em agosto, disse o ministro do Trabalho e Emprego Carlos Lupi. Segundo ele, o resultado supera o de julho, que foi de 145 mil vagas, mas é inferior ao registrado em agosto do ano passado, que foi por volta de 250 mil. "Este resultado não é tão bom quanto o de 2010, mas no ano passado, não tínhamos este cenário de crise internacional", disse o ministro, ressaltando que, mesmo assim, considera os números de agosto bastante positivos.

O desempenho de agosto foi influenciado pela indústria alimentícia, construção civil, educação e comércio a contratar para o final do ano, além de outros segmentos de serviços. "O que menos está crescendo é a indústria", disse, culpando a concorrência com importados.

Embora tenha dito que ainda não houve uma revisão formal do Ministério do Trabalho e Emprego sobre geração de empregos formais para 2011, ele afirmou que o Brasil deve fechar o ano abaixo da previsão anterior, que era de três milhões de novos empregos formais. "Vai ficar um pouco menos do que três milhões", declarou.

Ele acrescentou que o mês de setembro deve superar o de agosto em geração de emprego, puxado pela indústria alimentícia; produção agrícola no Nordeste, comércio e construção civil. (Estado)

Pobreza nos EUA atinge o pior nível nos últimos 18 anos
País tem 2,6 milhões de novos pobres, de acordo com o Censo; índice é maior entre jovens, negros e hispânicos. Desde o início da crise econômica, o número de jovens adultos que vive com os pais saltou 25%, para 5,9 milhões.

A crise econômica levou a pobreza nos Estados Unidos a atingir no ano passado seu nível mais alto desde 1993, com 15,1% da população -ou 46,2 milhões de pessoas- vivendo abaixo do limite, informou ontem o Birô do Censo.
São 2,6 milhões de novos pobres, um salto de 6% sobre o ano anterior e a quarta alta desde os primeiros sinais de problemas financeiros no país, em 2007.
O número, que se refere ao primeiro ano completo de medição desde que os Estados Unidos saíram oficialmente da recessão, em julho de 2009, é mais um indício de que a recuperação econômica tem ocorrido de forma letárgica, sem registrar impacto positivo. Reflete também o alto desemprego no país, que resiste a ceder do patamar de 9%.
A linha de pobreza nos EUA, em 2010, indica uma renda anual de até US$ 22,3 mil (R$ 37 mil) para uma família de quatro pessoas. De modo geral, a renda familiar média anual também caiu (2,3% no período), encerrando 2010 em US$ 49.445 para uma família de quatro pessoas (R$ 82.300 pelo câmbio de 31/12/2010, ou o equivalente a R$ 6.858 ao mês -o triplo do Brasil).
Desde 2007, porém, a queda é de 6,4%. Economistas estimam que o americano continuará a ter menos dinheiro em casa neste ano.
CRIANÇAS E JOVENS -- Outro dado que o levantamento reflete é o desalento dos jovens adultos ante a dificuldade de entrar no mercado de trabalho: entre 2007 e o segundo trimestre deste ano, o número de pessoas que têm de 25 a 34 anos e mora com os pais cresceu 25%, para um total de 5,9 milhões.
"É difícil avaliar com precisão o impacto disso nas taxas gerais de pobreza", diz o comunicado do Censo. "A taxa oficial de pobreza entre os jovens adultos que moram com seus pais é de 8,4%, mas quando sua situação é determinada a partir da própria renda, 45,3% deles têm renda abaixo da linha de pobreza para um adulto sozinho", aponta o documento.
Os dados do Censo mostram ainda que pesquisas de centros de estudos já indicavam: a pobreza é mais grave entre as crianças, e entre os negros e os hispânicos.
Para quem tem até 18 anos, o índice neste ano chegou a 22%, um salto de 1,3 ponto, ou 900 mil pessoas. A pobreza também aumentou 0,8 ponto percentual entre os adultos de 18 a 64 anos, chegando a 13,7%, e manteve-se estável em 9% para os que têm mais de 65 anos. Por conta disso, as crianças são hoje 35,5% dos pobres americanos, embora sejam 24,4% da população total, afirma o Censo.
Quando a divisão é por origem e etnia, o abismo é maior. Enquanto o índice entre os brancos não hispânicos bate em 10%, mais de um em cada quatro negros ou hispânicos é pobre nos Estados Unidos hoje. (Folha)

Fiscos embolsam R$ 1 tri em apenas 256 dias
Valor corresponde à carga tributária paga pelos brasileiros aos três níveis de governo.

Em apenas 256 dias os brasileiros já pagaram R$ 1 trilhão em tributos aos três níveis de governo: federal, estaduais e municipais.
Esse valor recorde no pagamento de tributos foi alcançado ontem por volta das 11h30, segundo o Impostômetro -painel eletrônico instalado no centro da capital paulista que registra em tempo real o total de tributos que os contribuintes brasileiros pagam aos governos.
Apesar de a economia estar crescendo em ritmo inferior ao do ano passado, a carga tributária não para de crescer. Prova disso é que o R$ 1 trilhão foi alcançado neste ano bem mais cedo do que no ano passado (26 de outubro). Em 2009, essa marca só foi alcançada em 14 de dezembro.
O IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), que monitora o Impostômetro em parceria com a Associação Comercial de São Paulo, estima que os brasileiros pagarão mais de R$ 1,42 trilhão em tributos neste ano -em 2010, R$ 1,27 trilhão; em 2009, R$ 1,09 trilhão; em 2008, R$ 1,056 trilhão.
No ritmo atual, os brasileiros pagam mais de R$ 3,9 bilhões por dia. Isso dá a média de R$ 163 milhões por hora, R$ 2,71 milhões por minuto e R$ 45,2 mil por segundo.
Ontem, a ACSP e o IBPT montaram o "Feirão do Imposto" no Pateo do Collegio para que as pessoas conhecessem o percentual de tributos embutidos nos preços de diversos produtos.(Folha)

Aos 45 anos, Fundo de Garantia deve arrecadar R$ 66,8 bilhões em 2011

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) completa 45 anos nesta terça-feira. Criado em 1966 para proteger o empregado demitido sem justa causa, o FGTS é constituído por contas vinculadas, abertas em nome do trabalhador. O saldo é formado por depósitos mensais feitos pelo empregador, que contribui com 8% do salário.

Segundo dados da Caixa Econômica Federal (CEF), que administra os depósitos do FGTS, foram sacados no primeiro semestre do ano R$ 27,92 bilhões (em 16,7 bilhões de operações de saque). A maior parte do dinheiro, R$ 17,39 bilhões, foi liberada para trabalhadores demitidos imotivadamente, representando 60% dos saques feitos no período.

Os saques por aposentadoria ficaram em segundo lugar, respondendo por 14% das retiradas, totalizando R$ 3,91 bilhões. Na sequência estão os saques para compra da casa própria, que totalizaram R$ 3,67 bilhões (13,1%). O restante, R$ 2,95 bilhões, foi sacado, principalmente, para pagar tratamentos de saúde previstos em lei e para atender aos casos de calamidade pública (10,6%).

Segundo o secretário executivo do FGTS, Quênio Cerqueira de França, o fundo é uma reserva que o trabalhador tem para usar em caso de necessidade. “É uma garantia que socorre os trabalhadores quando há demissão e, também, nos casos de doenças e aposentadoria. Essa reserva pode servir para socorrê-lo nesses momentos. Também há possibilidade de o trabalhador adquirir uma casa própria [usando o FGTS]”, explicou.

Quênio França disse ainda que o trabalhador também é beneficiado indiretamente com o dinheiro do FGTS porque os recursos, enquanto estão depositados, são usados pelo governo para investimento em infraestrutura, habitação popular e saneamento. O secretário informou que a previsão de arrecadação para este ano é de R$ 66,8 bilhões, com uma estimativa de saques de R$ 55 bilhões. Se confirmados os números, a arrecadação líquida do FGTS este ano deve ser de R$ 11,8 bilhões. (Agência Brasil/Valor)