quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Otimista, comércio de SP mostra disposição para contratar funcionários


Otimista, comércio de SP mostra disposição para contratar funcionários
O otimismo do comércio de São Paulo quanto às vendas de fim de ano deve resultar no aumento de contratações de funcionários, segundo o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Em novembro o indicador registrou alta de 1,4%, chegando a 126,3 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos – acima de 100 a interpretação é de que há otimismo. Pela pesquisa, 77,99% dos empresários afirmam que aumentarão o quadro de funcionários.
O levantamento mostra que 56,19% dos entrevistados acham que as condições da economia melhoraram; houve melhora no setor de comércio para 57,92% e 65,3% consideram que a situação de suas empresas evoluiu. E a maioria espera cenário positivo nos próximos meses, com aquecimento da economia.
Dos que preveem o mercado mais aquecido, 47,23% apontam para melhora suave e 36,72% apostam em avanço expressivo. E 42,65% acreditam que o setor terá alta acentuada em suas vendas nos próximos meses. Cenário ruim é previsto por apenas 1,87% dos pesquisados. Quanto ao desempenho de suas empresas, 48,47% jogam suas fichas num resultado muito melhor.  
Os estoques, porém, estão em nível inadequado (acima ou abaixo do ideal) para 30% dos empresários do comércio. Quanto a isso, o índice registrou 89,4 pontos, o que comprova a insatisfação. (Valor)

Pescadores vão à Justiça contra Chevron
Liminar determina que perito independente avalie eventuais danos à atividade pesqueira causados por vazamento. Impactos podem ser de mortandade de peixes a baixa aceitação de produtos; empresa não se pronuncia.
A Justiça do Rio acatou pedido da Feperj (Federação Estadual dos Pescadores do Rio de Janeiro) para que um perito independente avalie eventuais danos à atividade pesqueira causados pelo vazamento de óleo no campo de Frade, operado pela Chevron.
Problema ocorrido durante a perfuração de um poço no início de novembro resultou no derramamento de cerca de 2.400 barris de petróleo na bacia de Campos. Segundo a empresa, a origem do vazamento já foi contida, mas o óleo que ficou infiltrado na rocha ainda sai por fissuras.
O advogado da Feperj, Leonardo Amarante, diz que, após a conclusão da perícia, pretende entrar com outra ação judicial pedindo indenização por danos morais e materiais para os cerca de 10 mil pescadores associados à federação em oito municípios do norte fluminense próximos à bacia de Campos.
São eles São Francisco de Itabapoana, São João da Barra, Campos dos Goytacases, Macaé, Quissamã, Rio das Ostras, Cabo Frio e Arraial do Cabo.
Amarante diz que o objetivo da "ação de produção antecipada de provas" é facilitar a mensuração dos danos e, depois, agilizar o andamento da ação indenizatória.
Ao conceder a liminar determinando a perícia, o juiz Ricardo Cyfer, da 10ª Vara Cível do Rio, considerou que a espera levaria à dispersão do óleo e poderia "inviabilizar ou dificultar a constatação de eventual diminuição dos frutos da atividade pesqueira".
Segundo Amarante, os impactos do vazamento para os pescadores vão desde a mortandade de peixes e crustáceos até a baixa aceitação pelo mercado consumidor dos produtos oriundos da região.
Ele diz, porém, que só será possível definir o valor do pedido de indenização após a conclusão da perícia.
OUTRO LADO -- Procurada, a Chevron não se manifestou sobre a ação judicial até a conclusão desta edição.
A empresa informou, porém, que instalou equipamentos para capturar o "óleo residual" que continua saindo de fissuras no leito do mar. (Folha)

Brasileiro usará o 13º para pagar dívida
Pesquisa mostra que o número de consumidores que planeja quitar débitos é o dobro em relação ao que pretende fazer compras
O número de brasileiros que planeja gastar a segunda parcela do 13º salário para pagar dívidas neste ano é o dobro em relação ao que pretende usar esse dinheiro extra para ir às compras de Natal. Isso reforça a expectativa de que o resultado de vendas por ocasião das festas de fim de ano deve ser moderado em 2011. De setembro para outubro, as vendas do comércio varejista ficaram estagnadas, informou ontem o IBGE.
Pesquisa do Instituto Ipsos e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), com cerca de mil consumidores de todas as classes sociais em nove regiões metropolitanas e 70 cidades espalhadas pelo interior do País, revela que 36% dos entrevistados vão usar a segunda parcela do 13º salário para pagar dívidas. Já a fatia dos que pretendem gastar com consumo é de 18%.
O porcentual dos que pretendem quitar dívidas é o maior em três anos, quando esse quesito começou a ser pesquisado. Em 2009, por exemplo, 22,5% dos consumidores revelaram que iriam gastar os recursos com dívidas, a mesma parcela dos que pretendiam gastar com compras. No ano passado, 26,5% dos consumidores informaram que quitariam débitos já assumidos e 22,4% destinariam esses recursos para compras. A novidade neste ano é que a diferença entre a parcela dos que vão quitar dívidas e a dos que vão gastar aumentou muito.
"Isso mostra que o consumidor irá às compras neste Natal, mas não como no ano passado. O Natal será morno", diz o economista da ACSP, Emílio Alfieri. Ele destaca, por exemplo, que maior destinação dos recursos da segunda parcela do 13º para quitar débitos reflete o elevado endividamento da população e a preocupação de se livrar das pendências. Em novembro, por exemplo, pela primeira vez neste ano, o porcentual de crescimento de dívidas vencidas quitadas (10,4%)superou o de crediários com prestações em atraso (9,7%), na comparação com o mesmo mês de 2010.
Além do pagamento de dívidas, a pesquisa mostra que essa receita extra do trabalhador está sendo disputada por outros segmentos da economia. Neste ano, por exemplo, 10% dos entrevistados informaram que vão gastar esses recursos com viagens. É exatamente o dobro do registrado em 2009 (5%).
Otimismo -- Apesar de mais cauteloso, o otimismo do consumidor atingiu níveis recordes no mês passado. Em novembro, o Índice de Nacional de Confiança (INC) bateu 170 pontos, a maior marca desde dezembro de 2010 (163 pontos). Numa escala de zero a 200, o INC revela otimismo quando está acima de 100 pontos e pessimismo, abaixo de 100. Em outubro, o INC estava em 157 pontos e em 159, em novembro de 2010. O aumento da confiança foi puxado pelas variáveis sobre a situação econômica e financeira futura, não a atual, indica a ACSP. (Estado)

Sem reforma, déficit da Previdência crescerá 10% ao ano, diz Garibaldi
Se a reforma do modelo de previdência dos servidores públicos não for aprovada pelo Congresso Nacional o déficit da Previdência Social irá crescer num ritmo de 10% ao ano. A informação foi utilizada nesta terça-feira pelo titular da pasta, Garibaldi Alves, como argumento de defesa do projeto de lei que cria o Fundo de Previdência Complementar do Servidor Público (Funpresp), cuja votação na Câmara dos Deputados está prevista para esta quarta-feira.
Para Garibaldi, a reforma da Previdência precisa começar por este ponto, considerado por ele “um dos maiores tumores da Previdência Social" no Brasil.  “Não dá para aceitar que 960 mil servidores gerem um déficit previdenciário maior que os demais 28 milhões de trabalhadores no Brasil”, enfatizou o ministro, acrescentando que o saldo negativo promovido pelo regime público de aposentadorias foi de R$ 57 bilhões em 2010, diante do déficit de R$ 42 bilhões do segmento privado.
O ministro ainda destacou que se a Previdência Social se concentrasse no meio urbano seria superavitária em R$ 7,8 bilhões, contando com R$ 207,2 bilhões em receitas e R$ 199,4 bilhões em despesas, considerando dados de 2010. Esse resultado positivo é anulado pelo meio rural, que no ano passado gerou R$ 4,8 bilhões em receitas e R$ 55,5 bilhões em despesas, totalizando déficit de R$ 42,9 bilhões. Garibaldi, entretanto, ressaltou que essa questão não deve ser motivo de indignação, já que milhares de produtores rurais que não têm condições de contribuir para o sistema previdenciário.
“A Previdência Social no Brasil hoje é inviável. Se os parlamentares aprovarem (a reforma) será possível dar a volta por cima”, disse o ministro durante encontro com empresários em São Paulo, nesta terça-feira. O objetivo do governo é fixar um teto de R$ 3.691 para as aposentadorias do setor público, similar ao do segmento privado, acabando com as aposentarias integrais. Para receber acima desse valor, os funcionários públicos teriam que aderir ao fundo de previdência complementar, que contaria com uma contribuição de até 8% por parte do governo.
O novo regime seria válido para os servidores que fossem contratados após a aprovação da medida. Atualmente o governo contribui com 22% e os funcionários públicos com 11% sobre o valor do salário para o sistema de aposentadorias. (Valor)